Restrições em alta,
angolanos em baixa

O preço da botija de gás doméstica não pára de aumentar em Luanda, chegando a custar 2.000 kwanzas (11 euros), com clientes e revendedores a falarem em escassez deste produto, um dos 30 da cesta básica em Angola. Nada de novo, portanto. Os agentes revendedores confirmam a escassez do produto no mercado, com o aumento da procura nos seus estabelecimentos e clientes a comprarem mais de uma botija de gás butano, após horas à procura. Milton Caculo, gerente de uma agência de gás no bairro Hoji-ya-Henda, município do Cazenga, em…

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Estrangeiros, eleições e a educação dos angolanos

A 24 de Abril passado, José Eduardo dos Santos exarou o Decreto Presidencial n.º 78/17, que permite aos trabalhadores estrangeiros não-residentes serem remunerados em moeda estrangeira. No dia seguinte, teve início a greve geral dos professores do ensino primário e secundário. Ao terceiro dia, 26 de Abril, o presidente anunciou a realização das eleições a 23 de Agosto de 2017. Por Rafael Marques de Morais (*) Temos aqui três questões interligadas, em termos de prioridades do regime e de valorização dos angolanos. Em Março passado, José Eduardo dos Santos –…

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Mulheres de Cabinda estão (cada vez mais) revoltadas

Cerca de 200 mulher de Cabinda saíram às ruas para protestar contra o agravamento das condições de vida e os maus-tratos de que são vítimas por parte dos fiscais e dos agentes da Polícia Nacional (PN). As mamães quitandeiras contam que a vida está cada vez mais difícil e não se compreende que ainda fossem vítimas de maus-tratos e de extorsões por parte dos fiscais e dos agentes da PN. Por José Marcos Mavungo (*) “O que os fiscais e agentes da polícia fazem é muito triste. Quando chegam, pegam…

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Raul Tati pela UNITA:
– Colónia ou província?

O antigo vigário-geral da diocese de Cabinda, Raul Tati, vai liderar a campanha eleitoral da UNITA em Cabinda e será assim, como estatuto de independente, o cabeça-de-lista do Gala Negro por aquele círculo. É fortíssima esta aposta de Isaías Samakuva. Para os cabindas será, talvez, o mal menor. Por Orlando Castro S abemos que Raul Tati tem boa memória. Terá Isaías Samakuva também essa característica? Ou esta aposta é uma mera estratégia eleitoral da UNITA? “O estado que temos idealizado nas nossas mentes é o país de todos, de Cabinda…

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Em Luanda, fiscais roubam, violam e matam zungueiras

O cidadão quando ouve falar de fiscal, em Luanda (capital de Angola), associa (por longa e dolorosa experiência) sem pestanejar a actividade deste agente público, à de um reles bandido ou delinquente comum, com a diferença do primeiro portar um colete, com insígnias Fiscalização, cartão de identificação e andar numa carrinha oficial. Por Sílvio Van Dúnem e Victória Balundo Tirando estes elementos de identificação do Estado, a prática quotidiana é de autênticos bandoleiros que actual num não-Estado, como se fizessem parte de uma ampla organização mafiosa de malandros da ladroagem…

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Dia Mundial da utopia
(liberdade de imprensa)

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa comemora-se, isto é como quem diz, a 3 de Maio. Em Angola não há Dia Mundial que nos valha. E não há porque aos jornalistas (pensamos, queremos ainda pensar, que são eles que fazem a informação) restam duas opções: serem domados e manter o emprego, ou o inverso. É claro que, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (repugna-nos comemorar uma coisa que não existe), veremos toda a espécie de gentalha (desde os que trocam jornalistas por fazedores de textos aos políticos que…

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Uma (outra) Bandeira
para uma (nova) Nação

O MPLA, como dono disto tudo há 42 anos, aprovou sozinho os símbolos nacionais e quer continuar a utilizar esses símbolos como se Angola fosse o seu reino unipessoal, como se fôssemos todos escravos e matumbos. Escravos até vamos sendo. Matumbos é que não. Por Orlando Castro O regime quer que a bandeira nacional seja a bandeira de um só partido, o MPLA. Quer que a ideologia de Angola seja simbolizada pelos símbolos e chavões que mais lhe convém, sejam marxistas-leninistas, socialistas ou capitalistas. Quer, em teoria, que a classe…

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Folha 8 propõe nova Bandeira

Uma bandeira é definida clássica e historicamente como sendo o símbolo dos símbolos que, na sua expressão visual representa um estado soberano, ou país, e até mesmo um estado, município, província, bairro, organização, sociedade etc.. Por William Tonet A origem das bandeiras remonta à Idade Média, quando os exércitos aliados, para não se confundirem uns com os outros, usavam um pedaço de pano hasteado num estandarte, com as cores e sinais de identificação do batalhão ou companhia envolvidos nas contendas. Assim evitavam o temido fogo amigo, terminologia que ainda faz…

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A culpa é (sempre) do remador

Os limites impostos pelo Governo de sua majestade o rei de Angola à contratação de trabalhadores estrangeiros não residentes, por um máximo de 36 meses e com pagamentos exclusivamente em kwanzas, duraram pouco mais de um mês, tendo sido revogados esta semana. Em causa está o decreto presidencial de 6 de Março que regularia o exercício da actividade profissional do trabalhador estrangeiro não residente, e que visava, segundo o texto do documento, “regulamentar” esta actividade, “de modo a permitir um tratamento mais equilibrado” entre nacionais e expatriados. A versão inicial…

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Sete meses sem salário

Mais de 100 funcionários da administração municipal do Cacuaco, em Luanda, estão há sete meses sem salários e a administração admite “falta de dinheiro para cobrir com despesas salariais” de nove milhões de kwanzas mensais (49.500 euros). E assim vai o reino de sua majestade o rei de Angola, José Eduardo dos Santos. A situação foi hoje confirmada pelo administrador do Cacuaco, município a cerca de 30 quilómetros de Luanda. Segundo Carlos Alberto Cavukila, trata-se de funcionários administrativos, da área de jardinagem e limpeza, que trabalham em regime de contrato,…

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