UM APRENDIZ DE PAÍS: ANGOLA

O conhecimento mútuo, o amor ao próximo, o respeito pelo outro, são entradas para a unidade na pluralidade. Os saberes dos povos devem ser valorizados e aproveitados para a construção responsável do edifício cultural do país. Quem tem predisposição para escutar tem meio caminho andado para a sabedoria. Por Fernando Kawendimba Escritor Quem conta a História de Angola para a oficializar deve antes escutar milhares de histórias de angolas. A pluralidade, a multiculturalidade e a diversidade unem seres únicos. A nível individual, familiar, tribal, mas também racial, religioso e cultural…

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Ditadura na Imprensa banha os três anos

A liberdade de expressão está em cheque. A liberdade de imprensa caminha velozmente para o precipício. O cenário actual é dramático, quando se esperava uma inversão, principalmente depois do Presidente da República ter idolatrado maior liberdade e pluralidade de informação, com a redução de meios de comunicação social, da esfera privada, mais jornalistas desempregados e, pasme-se, unanimismo informativo. TV Zimbo, TV Palanca, O País, Expansão, Rádio Mais, Rádio Global, agora convertidos à idolatria do DDT (Dono Disto Tudo). Por William Tonet Daí ser hora de se perguntar: Que liberdade de…

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Que 2019 seja o ano de consciência cidadã

Em 2019 o grande desafio será fazer dos seus minutos, horas, dias, meses, aquilo que cada um e todos, irmanados no dever pátrio, determinarmos. O dever de cidadania deve impelir-nos a optar pelo melhor, sem emoções, mas com muito pragmatismo e realismo, exigindo mais dos políticos, além das rotineiras retóricas. Por William Tonet O país não aguenta mais viver do “quase” em falsas promessas, esperanças, tão-pouco em medidas económicas paliativas, dos programas de políticos incapazes de governar para o povo, porque colocam o partido e ambições pessoais e de perpetuação…

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Partido único? Não.
Único partido? Sim.

Embora o discurso de hoje de João Lourenço, na Assembleia Nacional, não tenha sido sobre o estado da Nação mas, antes, sobre a Nação do Estado/MPLA, bem como para chinês (entre outros credores) ver, o Presidente da República conseguiu com extrema facilidade, no contexto da opinião pública, atirar os outros partidos (falar de oposição é um manifesto exagero) ao tapete. Não que a UNITA e a CASA-CE não tenham dito algumas verdades que, contudo, foram ofuscadas pelo idolatria de alguma comunicação social (sobretudo estrangeira) em relação a João Lourenço, bem…

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O estado da Nação
a Nação do Estado

O Presidente da República considerou hoje que o desenvolvimento da agricultura em Angola é um “imperativo nacional”, para garantir a auto-suficiência alimentar e reduzir as importações e os gastos em divisas. Ainda bem que João Lourenço se lembrou de algo que já é um “imperativo nacional” há… 43 anos. Por Orlando Castro (*) Discursando sobre o estado da Nação, que marcou hoje a abertura solene dos trabalhos da segunda sessão legislativa da IV Legislatura da Assembleia Nacional, João Lourenço apelou ao investimento no sector agrícola, lembrando as vantagens para o…

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Uma (outra) Bandeira
para uma (nova) Nação

O MPLA, como dono disto tudo há 42 anos, aprovou sozinho os símbolos nacionais e quer continuar a utilizar esses símbolos como se Angola fosse o seu reino unipessoal, como se fôssemos todos escravos e matumbos. Escravos até vamos sendo. Matumbos é que não. Por Orlando Castro O regime quer que a bandeira nacional seja a bandeira de um só partido, o MPLA. Quer que a ideologia de Angola seja simbolizada pelos símbolos e chavões que mais lhe convém, sejam marxistas-leninistas, socialistas ou capitalistas. Quer, em teoria, que a classe…

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Folha 8 propõe nova Bandeira

Uma bandeira é definida clássica e historicamente como sendo o símbolo dos símbolos que, na sua expressão visual representa um estado soberano, ou país, e até mesmo um estado, município, província, bairro, organização, sociedade etc.. Por William Tonet A origem das bandeiras remonta à Idade Média, quando os exércitos aliados, para não se confundirem uns com os outros, usavam um pedaço de pano hasteado num estandarte, com as cores e sinais de identificação do batalhão ou companhia envolvidos nas contendas. Assim evitavam o temido fogo amigo, terminologia que ainda faz…

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Carta à nação… de todos nós

Amanhã, dia 29 de Março, terá lugar entre as 9 horas e as 10,30, no Restaurante Chá de Caxinde, a apresentação de uma Associação da sociedade civil angolana cuja comissão instaladora é constituída pelos subscritores da carta à nação. Eis o conteúdo dessa carta: “É urgente encontrar uma saída à altura dos desafios que Angola enfrenta. Acreditamos que é chegada a hora de promover a criação de uma plataforma social alargada, capaz de congregar os interesses de todas as franjas marginalizadas e excluídas do pleno exercício da cidadania. Os angolanos…

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Falta-nos um Mandela

As comemorações do dia da independência nacional, 11 de Novembro, continuarão privatizadas pelo MPLA, que se arvora ser o único representante dos angolanos, desde 1975. Por William Tonet O percurso desta gestão teve aspectos positivos, poucos, mas honra seja feita, muitos negativos, ao longo destes 41 anos, onde nem mesmo Agostinho Neto, apresentado como fundador da nação do MPLA, teve a latitude mental de, em função das especificidades dos vários povos, que habitam o território, elaborar um “projecto – país”, capaz de reunir as várias sensibilidades culturais, tradicionais e linguísticas…

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O discurso de Ali Santos

“Nós bombardeámo-los [aos americanos], eles fugiram, nós estamos a ir atrás deles e a dar-lhes caça.” Este era o teor do discurso do ministro Ali, responsável pelo Ministério da Propaganda do Iraque, quando lhe entraram as tropas americanas pela casa dentro. Afinal, foram os iraquianos de Saddam quem fugiu… Por Rui Verde (*) Algo parecido se passou no dia 17 de Outubro de 2016, no discurso que o presidente da República José Eduardo dos Santos proferiu sobre o Estado da Nação. O quadro que pintou foi róseo: “Angola está a…

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