A tese de João Lourenço passou agora a ser de “o Governo precisa de mais tempo”. Os 44 anos que o MPLA leva de governo não chegaram. O Presidente acredita, diz, que o tempo será uma solução para os problemas. Tem razão, desde logo porque para ser um problema (enorme) para a solução basta ele próprio e o seu partido. Por Orlando Castro Assim, vai ensaiando todo uma irracional enciclopédia de soluções, qual delas a mais irracional. Vejamos um exemplo. Tal como aqui se escreveu no dia 3 de Novembro…
Leia maisEtiqueta: desespero
Crise rebenta (também) com a vida dos portugueses
Para milhares de portugueses, a desvalorização em curso no kwanza significa, por estes dias, a machadada final no que alguns chegaram a apelidar de “El Dorado” angolano. Para muitos, o regresso a casa nunca esteve tão próximo. Só em 15 dias de Janeiro, a desvalorização superior a 25% do kwanza, face ao euro, representa menos 700 euros por mês num salário médio, em Luanda, de 650.000 kwanzas (3.000 euros), recebido em moeda angolana por um trabalhador expatriado. Sónia Silva, gerente de uma agência de viagens angolana com sede em Luanda,…
Leia maisEles “gasosam”. E tu?
A poucos dias do início das aulas no ensino geral em Angola, milhares de pais e encarregados de educação ainda tentam conseguir uma vaga nas escolas públicas, que chegam a ser “negociadas”, ilegalmente, acima de 40.000 kwanzas (175 euros). Com cerca de 10 milhões de estudantes previstos para o novo ano lectivo no ensino geral, que arranca em Fevereiro, as autoridades angolanas admitem a falta de salas e de professores deverá voltar a afastar vários milhares de alunos do ensino público. A situação, que se sente em todo o país,…
Leia maisLuanda está às escuras?
– Sim, mas só à… noite!
Os empresários de Luanda começam a desesperar com os custos acrescidos com combustível para os geradores, de dezenas de euros por dia, necessário para manter o negócio a funcionar, face às poucas horas diárias de electricidade da rede pública. Há mais de um mês que a capital angolana regista restrições diárias no fornecimento da electricidade devido, neste caso segundo a justificação oficial, ao enchimento da albufeira da barragem de Laúca, que particularmente no centro de Luanda é garantida apenas, em regra, entre as 18 e as 24 horas, obrigando os…
Leia maisLuanda sem electricidade
A corrida em Luanda ao abastecimento de combustíveis para geradores, face aos cortes diários de várias horas na electricidade na rede pública, está a gerar filas intermináveis. É a capital do reino (Angola) de José Eduardo dos Santos no seu melhor. Com bidões de cinco a vinte litros, a população de Luanda concorre em pé de igualdade com as viaturas nas bombas de combustíveis, suportando filas de até quase uma hora para conseguirem gasóleo e gasolina para abastecer geradores, conforma se constatou na capital angolana nos últimos dias. “No meu…
Leia maisZango – Militares, tractores e casas abaixo
“No sábado dia 30/07/2016, no Zango 3 apareceram 5 carros da casa Militar, cheios de homens armados e acompanhado com dois tractores. Os militares cercaram a área e os tractores começaram a destruir todas casas. Eu cheguei no local as 6 da manhã e encontrei mas de 100 casas destruídas e pânico na área, porque os militares prendiam toda a gente que tentava filmar. Dois jornalistas da Rádio Ecclesia foram detidos por mas de 12 horas, a TV Zimbo também apareceu com a equipa de reportagem e não conseguiram fazer…
Leia maisA hora da verdade
A maioria dos autóctones angolanos está numa grande encruzilhada, sem alegria, sem esperança. Não têm fé, nem, acredita no milagre de um amanhã melhor. Por William Tonet Mas esta é a hora da verdade! Tudo é desespero, tudo é frustração, pelo desencanto oferecido, por quem tem o leme do país, desde 1975. Os angolanos, para nossa desgraça colectiva, não têm um líder, como Mandela, Luther King ou Mahatan Ghandi, tendo de se contentar com um homem que dirige o território de acordo com o programa do seu partido. A grande…
Leia maisO estertor do MPLA
O bureau político do MPLA (partido que “só” está no poder em Angola desde 1975) criticou hoje duramente o lançamento em Portugal de um livro sobre aquele partido e o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, queixando-se de uma nova “campanha de desinformação”. Depois de estrebuchar chegou a fase do estertor. Por Orlando Castro Em causa está o livro “Agostinho Neto – O Perfil de um Ditador – A História do MPLA em Carne Viva”, do historiador luso-angolano Carlos Pacheco, lançado publicamente em Lisboa a 5 de Julho, visado no comunicado…
Leia maisOlho por olho, dente por dente
Como estadista de elevada craveira, segundo os seus sipaios, José Eduardo dos Santos vai paulatinamente reforçando aquela que foi a emblemática política colonial imortalizada no poema Monangambé de António Jacinto: fuba podre, peixe podre, panos ruins, cinquenta angolares e porrada se refilares. Por Orlando Castro E, pelo sim e pelo não, avisa que o regime não permitirá o direito à indignação aos que pensam que podem incendiar as ruas, trazer tumultos, rebeliões ou atentar contra o “querido líder”. Antigamente os angolanos comiam e calavam. Hoje só calam porque comida… nem…
Leia maisDesespero dos bolseiros em Cuba
«Em nome de todos os estudantes angolanos bolseiros em Cuba, vimos por este meio denunciar e levantar as nossas vozes contra a gravíssima situação que estamos a passar aqui neste país, por causa do excessivo atraso ou melhor da falta de pagamento do estipêndio por mais de 7 meses por parte do INABE (instituto Nacional de Gestão de bolsas de Estudos). F az já praticamente 8 meses que nós não recebemos os subsídios conforme consta no regulamento do contrato que nos foi dado e que assinamos. Nossos pais já foram…
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