A UNITA, o maior partido da oposição angolana, criticou hoje as baixas percentagens que a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) de Angola para 2019 reserva para as áreas sociais, “muito abaixo” da média da SADC. Tudo normal, tudo como no tempo da outra “senhora”. Em declarações à agência Lusa, o porta-voz e também secretário para as Relações Exteriores da UNITA, Alcides Sakala, indicou que o seu partido ainda não recebeu o documento – que hoje foi entregue pelo Governo no Parlamento – na íntegra, e que por isso…
Leia maisEtiqueta: Educação
Índice Mo Ibrahim alerta
para “perigo” em Angola
A governação global dos países africanos continua, em geral, numa numa trajectória ascendente, mas o progresso está a ser impulsionado por um grupo de 15 entre 54 países, indica o relatório do Índice Ibrahim de Boa Governação Africana 2018 publicado hoje. Angola, em 45.º lugar, dá sinais preocupantes. O documento mostra que o índice alcançou a pontuação mais alta dos últimos dez anos, somando 49,9 numa escala de 100, mais um ponto em relação aos 48,8 pontos de 2008. Esta melhoria na governação ao longo da década foi verificada em…
Leia maisEducação está nas mãos
de quadrilhas criminosas
O sector de Educação, importante – provavelmente a mais importante no contexto do subdesenvolvimento em que nos encontramos – ferramenta para o desenvolvimento articulado e assertivo de qualquer país, não pode ser visto como parente pobre, por um governo digno desse nome. Por William Tonet Ademais, se Angola tivesse, desde o início, no leme, verdadeiros dirigentes comprometidos com a soberania dos povos, alavancariam a obrigatoriedade de cada criança, independentemente da sua condição social, receber à nascença, da parte do poder público, um kit, contendo, para além da cédula de nascimento,…
Leia maisMe Too: Confessar
o nosso machismo
É verdade. Também sou machista, confesso. E se são esmagadoramente machistas todos os nascidos na década de 80 do século passado, jovens, portanto, todos os nascidos anteriores à referida época são naturalmente ainda mais. É assim em Angola, em outros países africanos e também nos outros continentes. Por Sedrick de Carvalho Começo por confessar ser machista porque considero ser importante primeiro reconhecer que nós, homens, somos essencialmente machistas para, com coerência, participarmos com afinco na abordagem que visa desconstruir os mitos, subterfúgios e argumentos em volta do papel submisso das…
Leia maisIrritante… irritante: FOME
Vou convidar o meu caro leitor a reflectir apenas no seguinte ponto que é absolutamente vergonhoso e irritante e que quase dá vontade de remeter as culpas em factores exteriores: Porque é que há fome em África? Por Brandão de Pinho Permita-me amigo leitor um pequeno preâmbulo. Nasci num país antigo, bafiento e com caruncho perdido num ideal infantil de superioridade mas cheio de mofo, menos de um mês depois do 25 de Abril que teve aspectos bons e coisas más, a pior das quais foi o oportunismo que propiciou…
Leia maisMuitos milhões continuam
sem saber ler nem escrever
Mais de quatro milhões de angolanos entre os 15 e os 35 anos continuam sem saber ler nem escrever, sendo muitos os factores que justificam o elevado número, assumiu a ministra da Educação de Angola, Maria Cândida Teixeira. Se a estes se juntarem os que da leitura e da escrita apenas têm uma vaga ideia, ficamos com a perspectiva do enormíssimo analfabetismo funcional, onde se incluem os que sabem ler e escrever, mas não lêem nem escrevem. Maria Cândida Teixeira falava, em Luanda, após a assinatura de um protocolo de…
Leia maisÉ tudo para levar a sério?
De acordo com Eduardo Magalhães, Director Nacional de Comunicação Institucional, em artigo publicado no Jornal de Angola, “a recente garantia dada pelo Presidente da República, João Lourenço, ao líder da oposição, Isaías Samakuva, sobre a exumação e inumação dos restos mortais do fundador da UNITA, Jonas Savimbi, ainda este ano, representa um sinal claro de que os compromissos assumidos e reiterados pelo Titular do Poder Executivo, perante o povo angolano aquando da sua investidura, são para serem levados a sério”. Parafraseando João Lourenço, as suas promessas são mais “conhecidas que…
Leia maisNovas promessas escondem montões de crimes antigos
O Governo angolano prevê, promete, idealiza construir quase 13.000 salas de aula para o ensino primário nos próximos cinco anos, tendo como prioridade (diz) a cobertura dos “territórios mais carenciados” e estimando reduzir para metade o abandono escolar. A pretensão consta do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, aprovado pelo Governo e publicado oficialmente a 29 de Junho, contendo um conjunto de programas com a estratégia governamental (similar a tantas outras que nos foram prometidas) para o desenvolvimento nacional na actual legislatura. Para o ensino primário, o Governo do MPLA…
Leia maisA pobreza é (também é)
uma escolha das elites
A literatura académica a que tive acesso, não apresenta uma teoria sobre o garimpo infantil. A maior parte dos pesquisadores tende a estudar o trabalho infantil de forma agregada, colocando todas as actividades que perigam o desenvolvimento da criança e do adolescente, num pacote uniforme e classificá-las como sendo trabalho infantil. Por Domingos da Cruz Isto significa, que dificilmente apresentam estudos sobre grupos e tipos de actividades sectorizadas (especializadas), como por exemplo, crianças que se dedicam somente a trabalhos domésticos em residência de parentes na condição de orfandade, e sem…
Leia maisPiruetar na crista da onda
Está na moda e não há dirigente político do Governo que não dê palpites, que não opine, que não queira dizer de sua justiça, mesmo quando o assunto é de outro âmbito governativo. Desta vez foi o ministro do Interior de Angola, Ângelo Veiga Tavares, que hoje defendeu, em Luanda, uma maior cooperação internacional no combate aos crimes transnacionais, para facilitar a recuperação dos activos financeiros no exterior do país. Por Norberto Hossi (*) Â ngelo Veiga Tavares discursava na abertura do Conselho Consultivo Alargado do Ministério do Interior, que…
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