Quando um genocida é
(o único) herói nacional

No dia 24 de Novembro de 2018, a conferência de imprensa, em Lisboa, do Presidente João Lourenço, foi interrompida por uma órfã dos massacres, ou genocídio, do 27 de Maio de 1977, que tentava recitar um poema em memória dos pais, vítima da repressão ordenada por Agostinho Neto, presidente do MPLA. Por Orlando Castro O Presidente angolano, João Lourenço, permitiu a intervenção, mas não autorizou que declamasse o poema, considerando, pouco depois, questionado pelos jornalistas, que o caso de 27 de Maio de 1977 é “um dossiê delicado” que ainda…

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A questão LGBT em Angola

Li algures, há poucos dias, e alhures, num jornal angolano, uma entrevista do representante de uma associação LGBT angolana – a Íris – muito sóbria e corajosa, corroborando a dificuldade em ser-se gay em Angola, por comparação com Portugal, por exemplo, mas não se escudando no discurso fácil da vitimização e da auto-comiseração em grandiloquentes lamurias. Por Brandão de Pinho Teve sempre uma postura adequada, realista e não deplorava o panorama angolano face à questão LGBT, tendo em conta, segundo ele, que em África (por vários motivos desde tradicionais a…

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Turismo em Angola? Um
dia… talvez. Está “visto”

Isto ultimamente tem sido cá um corrupio na imprensa angolana. Primeiro foi a facilitação dos vistos, depois inúmeras notícias a falar da necessidade de se implementar uma melhor indústria hoteleira em Angola. Agora são as pancadinhas na bola de Sua Excelência o Senhor Presidente da República num campo de golf, lá para as bandas de Luanda. Por Carlos Pinho (*) Porém o turismo em Angola não avança com pancadinhas na bola. Aliás, nem mesmo com umas pancadas valentes nas cabeças pensantes de muitos artistas que pululam pelo país afora. A…

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Morreu um dos maiores

O Jornalista João Fernandes morreu esta terça-feira aos 81 anos. Pelos sítios por onde tenho andado, e quando me falam de Jornalismo, conto como tudo isto me aconteceu. Tal como recordo algumas das grandes figuras do Jornalismo angolano que na altura, 1972/73, me serviam de referência, de exemplo, e que por isso “apadrinharam” o amor que – apesar de tudo – ainda tenho a esta, e por esta, profissão. Por Orlando Castro Se na rádio recordo, entre outros, Alexandre Caratão, Carlos Sanches, Ribeiro Cristóvão, Fernando Antunes (Congo), Norberto de Castro,…

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Ana de Souza ou Ngola Ndize

Este início de semana foi tão fértil em assuntos para abordar e tão importantes para a nossa jovem democracia – que se quer cívica, participativa, plural e livre – que mais vale deixar a escribas mais prendados e de pena mais ligeira a sua abordagem. Por tal irei debruçar-me apenas e tão somente nos contornos associados à tentativa de roubo do busto da Rainha Nzinga Mbande no Cuanza Norte e curiosamente situado no largo homónimo da província. Por Brandão de Pinho Imagino a complexa logística e requisitos técnicos para levar…

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Entreguismo, corrupção, incompetência & petróleo

A maioria dos políticos são vistos como canalhas, canalhas, canalhas, pelos malefícios, paradoxalmente, causados aos cidadãos, qual maioria ingenuamente cadastrada na estatística eleitoral, que leva ao poder, amiúde, os menos capazes, muitas vezes, os imbecis e piores preparados para a condução do(s) país(es). Por William Tonet A minoria, não acreditando na ladainha de um “país das maravilhas” condiciona o voto irracional, lançando “pranchas” à prudência, ao bom senso, levando o benefício da dúvida, atracando no porto do equilíbrio e da ética republicana, importante arco-íris da democracia. Para estes, nem toda…

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Fome, sede, marimbondices

Estive durante toda esta manhã revoltado, confesso. Hoje estive à conversa com um luso-angolano, mulato das castas privilegiadas – e por mais que me esforçasse, não consegui controlar a minha fúria nem moderar o meu colérico comportamento interior, ante as aleivosias que lhe saíam da boca – e a viver num bom condomínio fechado em Luanda e cheio de dólares e euros e que faz a sua vida entre Angola e Portugal, por sinal num bom local igualmente. Por Brandão de Pinho Para além de ignorante sobre as coisas de…

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Vingança servir-se-á fria?

Não tenho dúvidas nenhumas que se as eleições presidenciais de Angola dependessem dos votos dos portugueses ou até dos restantes habitantes do planeta Terra incluindo os africanos, JLo ganharia com percentagens estalinistas tal a forma eficiente como a máquina propagandista emepeliana trabalha. Por Brandão de Pinho Todavia para já e até ver – mesmo que porventura nem todos possam poder exercer o direito de voto nas autárquicas – só os angolanos inscritos nos cadernos eleitorais poderão participar no escrutínio para eleger o próximo presidente da República de Angola. Muitas vezes…

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A “doentelogia” aritmética

Coitado, o Victor ainda está traumatizado depois de ter participado num debate contra o William Tonet (fundador e director do Folha 8, jornal que desde 1995 dá voz a quem a não tem), no programa radiofónico “Angola Fala Só” da Voz da América. Por Domingos Kambunji Há pessoas que perguntam: Porque será que o governo da Re(i)pública da Angola do MPLA gasta tanto dinheiro com o salário deste bajulador oficial do jornal da Angola do MPLA só para ele publicar banalidades e muitos disparates? O Victor Silva diz que andam…

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Num país sério, regabofe da PGR era punido como crime

Um provérbio popular diz “que é quando a casa do vizinho está a incendiar que devemos colocar a barba de molho”. A justiça angolana está mal, aliás, nasceu mal, cresce mal e com o actual regime, morrerá mal, pois na actuação pirotécnica, lesa milhões de cidadãos, muitas vezes na lógica do espectáculo discriminador de um poder, cuja espinha dorsal assenta no fascismo ideológico. Por William Tonet E quando assim ocorre, mesmo na desproporção e desvantagem de armas, os homens de bem devem lutar para o desabrochar de uma verdadeira justiça…

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