A memória de cada um… de nós

E, agora, é chegado o segundo (horário) de cada um de nós, reconhecer a contribuição, voluntária ou involuntária, sobre o estado vegetativo em que, desgraçadamente, se encontra o país. É o minuto de assumir, se havia consciência-nacionalista do que seria a pedra de cada “eu”, no cabouco independência/1975. Por William Tonet É a hora de reconhecer se houve competência em se elaborar um verdadeiro “projecto-país”, no virar da página colonial ou, apenas, a implantação de projecto partidocrata de viés neocolonial, sob o nosso silêncio cúmplice? É, pois, chegado o momento,…

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Oiça a chuva, Presidente

Senhor Presidente, Não consigo, em quarentena, deixar de manifestar a minha incontida tristeza por terem morrido, em dois dias (19 e 20 de Abril), em Luanda, mais angolanos pobres, pela chuva do que do coronavírus. O senhor, pela primeira vez não é culpado, faço-lhe a vénia. Por William Tonet A descarga vinda dos céus, de forma brutal, principalmente em Luanda, a capital, onde tem o Palácio Presidencial, ultrapassou todas as perspectivas. Certo! A culpa de muitos estragos é mesmo da chuva, que veio de forma desproporcional, pese a sua mais-valia,…

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A (des)ilusão que nos (col)mata

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, quando foi, inesperada e exclusivamente, escolhido por José Eduardo dos Santos (não houve indicação, nem proposta do Comité Central ou do Bureau Político, mas indicação unipessoal), como cabeça-de-lista, o jovem, o novo, aquele que poderia ser capaz de arejar a política do MPLA (não do país, num primeiro momento) e, quiçá do Estado, num segundo momento, com a substituição do longevo Presidente da República (38 anos), parecia a esperança de milhões. Por William Tonet A esperança de um novo olhar, num novo…

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Consumado golpe (de Estado) institucional?

Foi ou não consumado o golpe de Estado institucional? Venceu o autoritarismo ou a humildade republicana? Angola pode ter deixado de ser uma democracia de jure, desde o dia 9 de Abril, com a subtileza, inteligentemente gizada no quadro da carona dada pelo coronavírus, cujo requinte de autoritarismo siamês do regime, foi capaz de subjugar os demais órgãos de soberania; Assembleia Nacional e os Tribunais. A apatia geral de todas as tribos políticas, aquando da primeira violação constitucional, ao não respeitar a al.ª p) do art.º 119.º CRA (Constituição da…

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Decepção!

O Presidente da República, na sua magistratura, conseguiu decepcionar-me, profundamente, com a mais recente rotação (remodelação) ministerial, num momento em que o país vive, um momento sensível. O senhor Presidente tem ou tinha a obrigação, como historiador, de saber, só existir um só povo e uma só nação, no complexado e assimilado conceito do MPLA. Por William Tonet No país plural, somos, orgulhosamente, vários povos e micro-nações (Ovimbundi; Bakongo), que harmoniosamente, coabitam o mesmo espaço geográfico, como casa comum. Nem os colonos portugueses, alguma vez, ousaram, repetidamente, utilizar um refrão…

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De equívoco em equívoco até ao equívoco final

A justiça em Angola tem, na maioria das magistraturas, um vírus denominado “Jutoa” (justiça à toa), que resiste a todos os fármacos para o combater. A OMS, consultada várias vezes a Bayer e outros renomados laboratórios mundiais, já tentaram e fizeram experiências em animais e alguns humanos voluntários mas desconseguiram, ante as resistências dos glóbulos vermelhos do “Jutoa”, que contaminou o sistema judicial e judiciário angolano. Lamentável, realidade! A Procuradoria-Geral da República, o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, ou um dos seus magistrados, ao ter tomado a decisão…

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Angola é país de presente indefinido e futuro finito

O provérbio mais transversal a todos os povos considera o dia 13, como de azar e, ao que parece, o de Março de 2020 não fugiu à regra, para os angolanos. Ante a crítica situação de paralisação económica, desemprego, miséria, inflação, má gestão económica e penúria geral, João Lourenço baixou ao nível da indiferença (tal como os militantes do seu MPLA), ao invés de subir ao pedestal da humildade, reconhecendo ser o programa económico do MPLA, um fracasso total. Por William Tonet Aplaudir, diante da fome geral, o refrão do…

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Advogados mostraram
que não são vira-latas

A advocacia é uma profissão nobre? É. Já terá sido mais e, como em todas as profissões, há bons e maus artífices. Sublime, solene e perene? Sim. Sempre foi. Sempre será… assim queiram os seus profissionais e assim permitam os regimes políticos. Por William Tonet AO advogado emergiu desde a antiguidade, alavancado pelo brocardo romano: “ubis societa ibis jus, ibis jus ubi societa”, com eloquência, capacidade de persuasão, indicado, exigido e reconhecido pela comunidade, para cunhar impressões digitais e identitárias, na gestão de conflitos entre partes desavindas. É uma profissão…

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Maio genocídio. Maio Sempre!

Em memória das vítimas do 27 de Maio de 1977, aquelas sem a sublime voz de indignação, mas com história, dignidade e exemplos de verticalidade, nacionalismo e patriotismo, recuso-me consciente e determinadamente a engrossar, mesmo no aplauso, a comissão criada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, para analisar os conflitos armados. Por William Tonet Primeiro, em se tratando da vida humana, a verdade impõe rigor, respeito e imparcialidade, ao que parece, ausente da partidocracia mental do proponente. O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado!…

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A hora é esta!

O país não aguenta mais a continuidade deste circo de faz de conta, girando e patinando com carretos partidos, que não o tiram do mesmo sítio, em função da aselhice, quer dos mecânicos assucatados quer dos condutores que confundem a gestão da coisa pública com o ego umbilical dos palhaços, trapezistas no… solo. É hora de acabar com a pirotecnia, arregaçar as mangas e trabalhar, criando a unidade na diversidade. Por William Tonet A estratégia do Presidente da República, João Lourenço, de imitar o Ocidente no combate aos crimes de…

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