Assinala-se hoje, 6 de Março, 26 anos sobre os «55 dias da Guerra do Huambo» que opôs as forças do Governo (FAPLA) às da UNITA (FALA) pela tomada da cidade capital do planalto central. Foi um dos capítulos mais sangrentos na guerra urbana angolana que se seguiu às eleições de 1992, na qual morreram milhares de pessoas, outros tantas ficaram feridas e a cidade ficou quase que reduzida aos escombros. Muitas vítimas sucumbiram como resultado dos tiroteios, dos bombardeamentos da artilharia, aviação, à fome, de doenças, ou vítimas das perseguições…
Leia maisEtiqueta: jornalismo
Ordens superiores a quanto obrigam…
O Presidente angolano, João Lourenço, deu uma entrevista à RTP. O enviado da televisão pública portuguesa perguntou o que todos já perguntaram e ouviu as respostas que todos já ouviram. Ora, isso não é Jornalismo. É propaganda. Jornalismo é perguntar o que o entrevistado, neste caso, não quer que seja perguntado. Tudo o resto (como foi o caso) é apenas e só publicidade. Nessa acção de propaganda da RTP (fazendo lembrar os tempos de Paulo Catarro), João Lourenço afirmou hoje que as relações entre Angola e Portugal estão neste momento…
Leia maisA genética estupidez e o conformismo fanático
Alguém disse que “o nosso jornalismo não é profissional e vou deixar de acompanhar”. Ainda bem porque nós escrevemos apenas para alguém que tenha capacidade de raciocinar. Não fazemos parte do grupo dos profissionais da ordenha das verbas do Estado, os que servem apenas para disfarçar ou aplaudir disparates, ambiguidades, contradições e falácias. Por Domingos Kambunji Estes são capazes de defender tudo e o seu oposto, afirmando serem muito coerentes. O única característica que se consegue observar é serem coerentes na incoerência e na desonestidade intelectual. Senão vejamos: sentados na…
Leia maisMerecida estrela Michelin para a culinária da… Lusa
(Quase) todos os jornalistas (sobretudo portugueses e angolanos) estão voluntariamente proibidos, ao abrigo de critérios editoriais (forma simpática para traduzir a censura dos donos dos jornalistas e dos donos dos donos) de falar sobre os crimes, erros, falhanços, mentiras etc. cometidos pelo regime do MPLA, desde Agostinho Neto a João Lourenço, passando de José Eduardo dos Santos. Por Orlando Castro A esmagadora maioria do que aparece na comunicação social (jornalismo é outra coisa) sobre este assunto resulta da reprodução pura e simples do que a Lusa põe em linha e…
Leia maisTeoria da relatividade e
a entrevista ao Expresso
As coisas são relativas. A função de um órgão de comunicação social com um estatuto editorial de comprometimento com a verdade e como tal impelido de alguma forma para a oposição -não uma oposição partidária específica, mas uma oposição genérica e sem distinção de forças políticas – obrigando-o, inevitavelmente, a extremar posições, é cumprir o seu estatuto editorial apesar de ser uma obrigação desconfortável, arriscada e nociva. Por Brandão de Pinho Naturalmente se uma força política tem quase a totalidade do protagonismo numa ainda imberbe democracia, quase plutocracia, na mesma…
Leia mais“Jornalismo” bom só se for servil e por isso patriótico
O ministro angolano da Comunicação Social afirmou hoje que, tendo como pano de fundo as chamadas “fake news”, “parece estranho discutir o tema ‘boas notícias’”, sendo esse um desafio da comunicação social no mundo e também em Angola. E o que são boas notícias? Algo milimetricamente coincidente com a propaganda. João Melo falava, enquanto moderador, numa mesa redonda organizada num hotel em Talatona, arredores de Luanda, pelo Ministério da Comunicação Social, subordinado precisamente ao tema “Boas Notícias”, que contou com um painel de três jornalistas, entre eles o português Ferreira…
Leia maisObrigado Papa Francisco!
O Papa Francisco elogiou ontem os jornalistas que chamam de “injustiça à injustiça” e que realizam um jornalismo de “pessoas para pessoas”. Fê-lo durante uma audiência com um grupo de uma escola alemã de jornalismo. Obrigado, Papa Francisco. A luta é difícil mas, também é verdade, só é derrotado quem deixa de lutar. E é por isso que a nossa luta continua… Por Orlando Castro Ao receber os estudantes, professores e líderes deste centro com mais de 50 anos de história, Francisco agradeceu-lhes porque “como jornalistas se dedicam às pessoas…
Leia maisA gira fã e a girafa da ERCA
De vez em quando (tudo depende das ordens superiores) o Conselho Directivo de uma “coisa” que se chama ERCA resolve dizer, não de sua justiça mas de justiça encomendada, umas palavras que mais não são do que uma prova de vida que justifique o tacho. Por Orlando Castro “N este mês de Outubro em que os órgãos da Comunicação Social Públicos, nomeadamente a Rádio Nacional de Angola, a Televisão Pública de Angola e a Agência Angola Press (ANGOP) celebram aniversário, a Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) aproveita a…
Leia maisDe sipaio a chefe de posto
com alergias à liberdade
A Entidade Reguladora da Comunicação Social do MPLA (ERCA) demarcou-se e condenou aquilo que diz serem (conforme ordens superiores) “as posições reiteradas de desprezo às normas de conduta” de um dos seus membros do Conselho Directivo. Ou seja, quem estiver contra tem estar caladinho e nem pecar em pensamento. Se se atrever a divulgar a sua discordância comete um crime contra a segurança do Estado. Por Orlando Castro Em causa está, segundo um comunicado da “coisa” com a qual o MPLA quer amordaçar a liberdade e formatar, castrando, os Jornalistas,…
Leia maisSIC regressa a Angola
– Será na versão… TVI?
A televisão portuguesa SIC noticiou esta terça-feira que a SIC Notícias e a SIC Internacional “estão em condições de poder voltar a ser vistas em Angola”, após mais de um ano sem transmissões. Tudo graças a mais uma boa jogada (pelo menos) de marketing de João Lourenço. “A SIC recebeu uma comunicação do Ministério da Comunicação Social de Angola, segundo a qual não existe qualquer impedimento em que as emissões dos dois canais sejam retomadas, sendo que o Governo e o ministro João Melo vê com agrado o regresso dos…
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