Um até sempre!

Olhei a chuva amarga que batia /tão felina quanto agre e agreste / nas vidraças do meu coração. / Fiquei sem saber se era pesadelo / ou apenas a saudade de uma dor / que fez da oração só um abafo. Por Orlando Castro Olhei a penumbra que vinha do sul como se com ela viessem notícias da minha banda, da outra banda. Fiquei sem saber se a saudade vive ou se apenas é miragem africana num coração que baloiça ao vento. Olhei a madrugada que sonolenta dormia aos pés…

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Um até breve!

A realidade dói. Dói principalmente quando os mortais, vulneráveis, na sua resistência, teimam em não a encarar, mesmo quando a traduzem em sublimes versos. “Um dia quando eu partir, não deixarei mais do que simples lágrimas”, são as mais useiras antevisões, no calor de cada gemido, afago ou acalorada discussão. Por Folha 8 (o de ontem, o de hoje, o de amanhã) Hoje, não é assim, para nenhum dos presentes e, até dos ausentes, pois mais do que simples escorrer de lágrimas, nas faces, o rio giboiando em nossas mentes,…

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Parasitas enquanto Património colonial

O partido português Livre, através da sua ex-deputada (agora chamada de “deputada não inscrita”), Joacine Katar Moreira, quis, quer, queria, quererá, que todo o património das ex-colónias, presente em território português, possa ser restituído aos países de origem de forma a “descolonizar” museus e monumentos estatais. Não fosse a Assembleia da República portuguesa ser um antro de parasitas que se sustentam, e bem, à custa do erário público, e os deputados saberiam que existe uma “coisa” chamada Comissão de Património Cultural da CPLP onde têm assento todos os países de…

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O embala o berço

Não é necessário ler a obra completa de William Shakespeare para ter conhecimento de uma frase que está na memória de toda a gente : “to be or not to be that is the question” (ser ou não ser é a questão). Na realidade João Melo pensa ser aquilo que não é. Um grande intelectual não é um qualquer contratado e assimilado conformista, que muda de ideologia de acordo com os ventos políticos que sopram a esfarrapada Bandeira do MPLA. Por Domingos Kambunji Um poeta angolano diz que os Senhores…

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Uma entrevista bomba proibida em democracia

A rota do país foi, pelos alemães, “belicamente dinamitada”, no passado dia 2, através de um microfone colocado pela DW diante do Presidente da República, João Lourenço. Os estilhaços verbais foram muitos e, voluntária ou involuntariamente, atingiram vários alvos: políticos, parlamentares, judiciais, partidários e da sociedade civil. Por William Tonet A maioria dos cidadãos, até os bajuladores, esperava maior contenção verbal, do mais alto magistrado do país, mas a emoção, numa primeira fase e, noutra, o excesso de poder (todos poderes do Estado), inibiram-no de navegar nas águas da humildade…

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Descanso do mercenário

Julho de 2015. O vice-Procurador-Geral da República angolana garantia que os 15 jovens activistas em prisão preventiva desde Junho, em Luanda, não eram presos políticos e que a detenção se justificou por estarem, alegadamente, a preparar uma “insurreição”. E então quem era o vice-PGR? Quem era? Nada mais do que o general Hélder Pitta Grós. Por Orlando Castro A posição do general Hélder Pitta Grós, transmitida pelos órgãos de comunicação do Estado angolano, surgiu no dia em que estava anunciado um protesto para Luanda, exigindo a libertação destes jovens, considerando-os…

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Normalização da demagogia

Ainda não há muitos dias o Caetano Júnior, um empregado para todo o serviço do Victor Silva, o soba do jornal da Angola do MPLA que obedece às ordens superiores do Departamento de Informação e Propaganda do Bureau Político do Comité Central do MPLA, aconselhou os críticos do “Reigime” do MPLA a “escreverem menos e a lerem mais”. Por Domingos Kambunji Voltamos a abordar esta ruminação deste júnior depois de ter saltado para a ribalta a notícia que diz que, só no Cunene, 50 mil crianças ficaram fora do sistema…

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Acusar, acusar até à acusação final

O país entrou em colisão, numa quase histeria geral, com a caracterização do pensamento diferente, pelos novos arautos do poder, ao considerarem crime (mesmo entre conhecidos, amigos e, até irmãos) o não alinhamento no unanimismo institucional. É (só poderia ser) a doideira total. Por William Tonet Nas esquinas dessa tribo, dedos indicadores, bajuladoramente, erectos, acusam-nos de forma infame, sem provas (nem precisam, no império da presunção da culpa) de, não alinhando na tese, “yes man”, advogarmos a favor do clã Dos Santos, mais concretamente, o pai, José Eduardo dos Santos…

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Um cata-vento Itinerante

O homem tem fraca visão. Idolatra assassinos e ladrões e depois arrepende-se por sofrer de falta de visão e de desonestidade intelectuais. Uau!!!…. O poeta-sipaio do 27 de Maio agora vem dizer que o MPLA não libertou os países da África Austral e, pelo contrário, afundou Angola nesta região do planeta com tanta corrupção? Por Domingos Kambunji O Manuel Rui Monteiro já foi notificado para ir prestar declarações na Procuradoria-Geral da Re(i)pública da Angola do MPLA pela cumplicidade nos crimes praticados com os fuzilamentos do 27 de Maio de 1977?…

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Imbecis e criminosos

Estávamos em 2015. Ainda o Luanda Leaks saltava de um lado para o outro nos testículos dos seus “pais”. A Comissão Parlamentar portuguesa de Inquérito à gestão do BES solicitou a Paulo Morais que lhes enviasse os nomes dos beneficiários com créditos do BES (Angola). O então vice-presidente da associação cívica Transparência e Integridade fez chegar aos deputados vários exemplares do Folha 8. Os parlamentares portugueses foram aos arames. Só costumam ler o Pravda, o Boletim Oficial, do regime. Por Orlando Castro E assim aconteceu. Os deputados receberam o “Anexo…

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