Angola, mais um ano de (in)dependência

A caminho do 40º aniversário do 11 de Novembro, é hora de fazermos um balanço deste já não pequeno percurso. Normalmente, tenho dificuldades de iniciar este meu processo de revisão e reflexão, começando apenas a 11 de Novembro de 1975. Sinto-me sempre impulsionado e, mesmo sem querer, revejo-me no ano anterior, em 25 de Abril de 1974. Por José Patrocínio (*) P ossivelmente porque fora essa fase, do 25 de Abril ao 11 de Novembro, um momento de importantes, profundas e marcantes mudanças. Foi, acredito, nesta fase onde ficou marcado,…

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Grito de revolta e dor

Ao que parece, os ortodoxos do regime – superiormente dirigidos por José Eduardo dos Santos (Presidente nunca nominalmente eleito e no poder deste 1979) – não conseguem deixar a todos nós algo mais do que a pura expressão da cobardia que, entre outras coisas, faz com que milhões de angolanos tenham pouco ou nada, e poucos tenham muitos milhões. Por Orlando Castro T alvez esses génios, quase todos paridos nas latrinas dessa cobardia, pensem que não é necessário dar corpo e alma à angolanidade. É por isso que alimentam o…

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Um só partido, dois heróis

Em Setembro de 2009, o então ministro da Educação de Angola, Burity da Silva, afirmou que “a construção da angolanidade deve ser edificada com a participação de todas as culturas existentes, sem critérios estereotipados de exclusão”. Por Orlando Castro P rova dessa tese, segundo o regime, continua a ser a comemoração do Dia do Herói Nacional em homenagem, pois claro, a António Agostinho Neto. Com 40 anos de independência, Angola continua a ser o MPLA e o MPLA continua a ser Angola. Foi assim, é assim e – pelos vistos…

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Deixem-nos (continuar a) ser optimistas

Estamos na recta final para a comemoração dos 40 anos da independência de Angola, reconhecida por nós como a Dipanda. É, talvez, uma boa altura para começarmos a fazer – ou tentar fazer – um balanço e perspectivas para Angola para os próximos anos. Por Eugénio Costa Almeida Investigador académico N a realidade é mais correcto escrever “tentar fazer” do que avançarmos para afirmação de um balanço do que já aconteceu nestes 40 anos e, ainda mais difícil, perspectivar, nos actuais tempos de crises económica, política e social, o que…

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Savimbi na História de Angola

Os quadros da UNITA na Alemanha lamentam pela forma como o partido dos camaradas ( MPLA ) em pleno 40° ano da Independência, enquadra a UNITA e o seu líder fundador no lado incorrecto da História de Angola. Por João Kanda Bernardo Embaixador da UNITA na Alemanha É arrepiante em pleno 13° ano desde o calar das armas ainda existir no país políticos que não se conformam com a mudança dos tempos, usando repetidas vezes o factor guerra como exemplo para voltar a terrorizar a consciência dos angolanos e acusando…

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Otelo amigo, o MPLA esteve, está e estará sempre contigo!

Otelo Saraiva de Carvalho, um dos mais determinantes amigalhaços do regime angolano do MPLA, no poder desde 1975, diz que o atraso de Portugal a reconhecer independência de Angola foi “muito grave”. A reconhecer o governo do MPLA, quer ele dizer. “N ão há dúvidas de que o reconhecimento tardio da independência de Angola levou a que nem sempre as relações com Portugal sejam boas. Há coisas que deixam marcas para sempre”, salientou. O “capitão de Abril” Otelo Saraiva de Carvalho considerou “muito grave” que Portugal tenha sido o 83º…

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Censura de facto, não de jure

No período pós-independência em Moçambique “nunca houve formal e oficialmente qualquer censura à imprensa”, mas o governo da Frelimo “sempre” ameaçou prender ou enviar jornalistas para campo de reeducação, diz à Lusa o jornalista moçambicano Fernando Lima. “O regime (da Frelimo — Frente de Libertação de Moçambique) tinha uma mão pesada. Havia sempre ameaça de expulsão, prisão, de ser enviado para campo de reeducação. Isso encorajou muito a autocensura, uma vez que nunca houve formal e oficialmente qualquer censura à imprensa em Moçambique no período pós-independência. Formalmente, não havia o…

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Podem matar os mensageiros, mas a mensagem, essa é eterna

Podem matar os mensageiros, mas a mensagem, essa é eterna - Folha 8

A autonomia para a “província” de Cabinda é uma das teses que a UNITA defende. Seria meio caminho andado… se os donos do poder da potência ocupante, Angola, a isso estivessem receptivos. Mas não estão. O MPLA não vai nisso. Por Orlando Castro A UNITA elegeu a descentralização político-administrativa de Cabinda, por entender que é a via para a resolução da “complexidade dos problemas históricos” do que chama enclave. A UNITA refere que só essa “descentralização” permite “maior agilidade, participação democrática e eficiência” na administração territorial e “consolidação da paz…

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MPLA: De proletários a proprietários vorazes

MPLA: De proletários a proprietários vorazes - Folha 8

Remember 2014, a nossa pobreza e a corrupção deles (II) No dia 11 de Novembro de 1975, data proposta por Álvaro Holden Roberto, então presidente da FNLA, durante os Acordos do Alvor (Portugal), como data para a proclamação da Independência, o MPLA – que tudo fez para evitar a realização das eleições gerais, naquela altura, proclamou o novo ente jurídico internacional, como República Popular de Angola, de orientação socialista. Por William Tonet (*) Q uem reivindicasse a ideologia seguida, mesmo intramuros, tinha uma séria resposta de Agostinho Neto: fuzilamento, sem…

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Uma nova perspectiva para Angola

Uma nova perspectiva para Angola - Folha 8

Angola celebra o trigésimo nono aniversário da sua independência. A efeméride presta-se a uma reflexão: uma breve retrospectiva crítica, à guisa de avaliação, com vista à emergência duma nova perspectiva. Por Francisco Luemba Aindependência é, em última análise, o resultado de 13 anos de luta armada de libertação nacional (1961/1974). Como consequência dessa luta e da resistência de outros povos africanos então sob administração portuguesa, a 25 de Abril de 1974, um golpe militar derrubou o regime colonialista de Marcello Caetano (herdeiro de António de Oliveira Salazar que, por motivo…

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