A sua bênção líder divino!

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, defende que os angolanos devem estar “orgulhosos” pelos 40 anos de independência do país, mas ainda precisam de trabalhar “muito mais” para a construção de uma nação firme. B em nos queria parecer. Temos de trabalhar “muito mais” para, a fazer fé no que se passou nestes 40 anos, continuar a alimentar os poucos que têm muitos milhões. Aliás, reconhecemos, é para isso mesmo que existem os escravos… Georges Chikoti comentava, em declarações à agência Lusa, a passagem dos 40 anos…

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Cultura procura-se… 40 anos depois

O escritor angolano José Eduardo Agualusa considerou que, passados 40 anos da independência de Angola, a educação e a cultura continuam a ter pouco investimento, levando a uma baixa produção cultural, afectada ainda pela falta de liberdade de expressão. “O maior apoio (para os escritores) são os seus leitores, mas para haver leitores é preciso haver, em primeiro lugar, uma aposta na educação básica, na formação, na alfabetização, na formação de leitores. Depois é preciso investir na criação de redes de bibliotecas públicas, na criação de livrarias, no apoio às…

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Só fica a faltar a democracia

O novo edifício-sede da Assembleia Nacional de Angola, construído pela empresa portuguesa Teixeira Duarte, vai ser inaugurado a 10 de Novembro, no âmbito das comemorações dos 40 anos da independência. Só fica a faltar a democracia. Por Orlando Castro A nova sede, em Luanda, representou um investimento público superior a 185 milhões de dólares e está integrada num complexo constituído por três edifícios e dois parques de estacionamento para 503 viaturas. Só fica a faltar a democracia. De acordo com informação do Parlamento angolano, o processo de mudança de instalações…

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Democracia imposta,
ditadura disfarçada

Os partidos angolanos criados após a independência são unânimes, tal como os anteriores, em afirmar que pouco melhorou em 40 anos, colocando a responsabilidade na guerra civil que se seguiu, em que não intervieram, e no partido que lidera Angola desde 1975. F undada a 3 de Abril de 2012, para concorrer às eleições gerais desse ano, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) diz contar com cerca de um milhão de militantes em todo o país “com cartões atribuídos”. Esta coligação, que reúne quatro partidos…

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Nada (a não ser o regime) pressiona os tribunais

O juiz presidente do Tribunal Provincial de Luanda rejeitou hoje a “pressão” sobre a Justiça angolana, através de vigílias e “eventos sociais”, referindo-se à situação dos 15 activistas detidos por suspeita de pensarem em preparar um golpe de Estado. A posição transmitida pelo juiz Domingos Mesquita, que lidera o tribunal encarregue de decidir sobre este processo, surge numa altura em que se multiplicam, em Luanda, vigílias e outras acções pedindo a libertação dos jovens detidos preventivamente desde 20 de Junho, mas também em solidariedade com dois destes, em greve de…

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À grande e à… regime

Um desfile civil e militar com exibição das Forças Armadas Angolanas e integrando 10.000 participantes é o ponto alto das comemorações dos 40 anos da independência de Angola, a 11 de Novembro. O evento consta do programa interno preparado pela comissão interministerial responsável pelas comemorações de 2015, prevendo que assistam a este desfile, em Luanda, 7.000 convidados, entre populares e VIP, e uma centena de convidados “presidenciais”, em representação de vários países. Ainda no dia 11 de Novembro está previsto um almoço presidencial, na baía de Luanda, com 3.000 convidados.…

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“Escolhido de Deus”… indulta

O Presidente José Eduardo dos Santos, nunca nominalmente eleito e há 36 anos no poder, vai conceder indultos a presos condenados até 12 anos de cadeia, que tenham cumprido metade da pena, e a mulheres com filhos menores a cargo, para assinalar os 40 anos da independência de Angola. A decisão consta de um decreto assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, de 15 de Setembro, que alude ao aniversário da independência como “marco histórico de transcendental importância para todo o povo angolano”. O documento invoca as “vitórias alcançadas ao…

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Angola, mais um ano de (in)dependência

A caminho do 40º aniversário do 11 de Novembro, é hora de fazermos um balanço deste já não pequeno percurso. Normalmente, tenho dificuldades de iniciar este meu processo de revisão e reflexão, começando apenas a 11 de Novembro de 1975. Sinto-me sempre impulsionado e, mesmo sem querer, revejo-me no ano anterior, em 25 de Abril de 1974. Por José Patrocínio (*) P ossivelmente porque fora essa fase, do 25 de Abril ao 11 de Novembro, um momento de importantes, profundas e marcantes mudanças. Foi, acredito, nesta fase onde ficou marcado,…

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Grito de revolta e dor

Ao que parece, os ortodoxos do regime – superiormente dirigidos por José Eduardo dos Santos (Presidente nunca nominalmente eleito e no poder deste 1979) – não conseguem deixar a todos nós algo mais do que a pura expressão da cobardia que, entre outras coisas, faz com que milhões de angolanos tenham pouco ou nada, e poucos tenham muitos milhões. Por Orlando Castro T alvez esses génios, quase todos paridos nas latrinas dessa cobardia, pensem que não é necessário dar corpo e alma à angolanidade. É por isso que alimentam o…

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Um só partido, dois heróis

Em Setembro de 2009, o então ministro da Educação de Angola, Burity da Silva, afirmou que “a construção da angolanidade deve ser edificada com a participação de todas as culturas existentes, sem critérios estereotipados de exclusão”. Por Orlando Castro P rova dessa tese, segundo o regime, continua a ser a comemoração do Dia do Herói Nacional em homenagem, pois claro, a António Agostinho Neto. Com 40 anos de independência, Angola continua a ser o MPLA e o MPLA continua a ser Angola. Foi assim, é assim e – pelos vistos…

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