Sem salários há 57 meses mas… podem manifestar-se

Numa democracia, num Estado de Direito, não seria notícia. Mas como estamos nesta Angola há 43 anos dominado pelo MPLA, isto é notícia. Preparem os foguetes. O governo de Luanda decidiu autorizar, para amanhã, sábado, a marcha de protesto dos trabalhadores da Empresa Nacional de Pontes de Angola, agora sem salários há 57 meses, duas semanas depois de “inviabilizar” a mesma. O secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), órgão que promove a marcha, Francisco Jacinto, confirmou a autorização da marcha, adiantando que a mesma…

Leia mais

O desespero dos lotadores de candongueiros

Quando tentava chegar em casa ao fim da jornada laboral, entrei no primeiro candongueiro da fila organizada à paragem. Era o primeiro passageiro, não tinha de enfrentar o “emagrece aí”, por isso logo sentei-me confortavelmente no banco junto ao do motorista, à porta, deixando o do meio para quem quisesse sentar naquele lugar desconfortável. Por Sedrick de Carvalho Pouco depois subiram duas pessoas atrás. O carro começava a ter pessoas e logo partiria, para a minha alegria. E quando mais clientes entraram, então o motorista apareceu sorridente e fez um…

Leia mais

Venha a nós o que, num país sério, só deveria ser vosso!

Cerca de 100.000 trabalhadores angolanos perderam o emprego desde finais de 2014, devido à crise económica que o país atravessa, segundo estimativa avançada à Lusa pelo secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical (UNTA-CS), Manuel Viage. A “desaceleração” da economia angolana desde 2014, devido à quebra na cotação internacional do barril de petróleo, que garante mais de 95% das exportações angolanas, “concorreu em grande medida” para perda de postos de trabalho em todo país, admitiu o sindicalista. “Na conjuntura económica que o país está a viver, assistimos…

Leia mais

Vergonhosa opção
contra os… pobres

O Titular do Poder Executivo prometeu, durante a campanha eleitoral, mais de 500 mil postos de trabalho, durante o seu mandato, visando baixar o nível elevado de desemprego. No dia 24 de Junho de 2017, João Lourenço disse o seguinte na província do Uíge: “É nossa maior preocupação e grande prioridade do MPLA baixar os índices de desemprego. Queremos ver uma sociedade com os mais baixos níveis de desemprego para que grande parte dos cidadãos em idade laboral tenha emprego”. Por William Tonet O então candidato do MPLA e actual…

Leia mais

Adiada a inauguração
da barragem de Laúca

A inauguração do maior projecto económico desta última década em Angola, o Aproveitamento Hidroeléctrico (AH) da Laúca, que estava prevista para hoje, e que deveria contar com a presença do Presidente José Eduardo dos Santos, recentemente regressado de Espanha, foi adiada para o próximo dia 28. Por Pedrowski Teca A construção da AH Laúca pela empresa de proveniência brasileira, a Odebrecht, emprega mais de 9 mil trabalhadores nacionais e estrangeiros, dos quais, segundo informações obtidas pelo Folha 8, 70% corre o risco de desemprego por causa de situações económicas. Após…

Leia mais

Os angolanos ainda não
sabem viver sem… comer

A venda, montagem e manutenção de antenas parabólicas representa um ganha-pão para dezenas de jovens de Luanda, mas os tempos já foram melhores, por causa da crise que afecta o país desde finais de 2014 e que, recorde-se, resulta da incompetência de um regime que nunca quis diversificar a economia. Uma reportagem da Lusa encontrou alguns destes jovens, com formação básica e que trabalham por norma de segunda a sábado, na zona da Vila Alice, centro da cidade de Luanda, nas imediações de uma empresa de comercializa receptores de televisão…

Leia mais

A economia como factor de revolta iminente

A agência de notação financeira Moody’s estima que Angola vá enfrentar este ano maior instabilidade social, apesar do abrandamento da austeridade graças ao aumento da produção de petróleo, e prevê um crescimento económico de 3%. Eis mais umas razões para o regime reforçar a repressão… democrática. Num relatório sobre os “ratings” (classificação de risco) dos países da África subsaariana, a Moody’s diz que “os países mais expostos ao risco de instabilidade social incluem Angola, Camarões, República Democrática do Congo, Ruanda e Uganda”, recorrendo a indicadores como o tempo de permanência…

Leia mais

FMI tem receitas para todos os gostos e feitios

O director para África do Fundo Monetário Internacional, Abebe Selassie, manteve hoje um encontro com o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, com o qual abordou os novos desafios da economia angolana face à baixa do preço do petróleo. Abebe Selassie ocupa o cargo desde Setembro passado e é (como outros) uma espécie de perito itinerante do FMI capaz de saber tudo sobre as diferentes economias, sejam elas a portuguesa, a do Burkina Faso ou, agora, a de Angola. “Estou aqui para me reunir com as autoridades angolanas, isto…

Leia mais

Juventude de Cabinda
não come petróleo

O Secretário Provincial da J.P.A – (Juventude Patriótica de Angola) organismo Juvenil da CASA-CE em Cabinda, escreveu uma Carta Aberta à Governadora Aldina Matilde da Lomba Catembo, a propósito da crise do emprego no Campo Petrolífero do Malongo e a sua consequência para jovens e famílias cabindenses. Eis o seu conteúdo. “E xma. Senhora Aldina Matilde da Lomba Catembo, Governadora Provincial de Cabinda, O Secretário Provincial da J.P.A – (Juventude Patriótica de Angola) organismo Juvenil da CASA-CE em Cabinda, tem vindo a acompanhar, com grande preocupação, a onda de desemprego…

Leia mais

O jornalismo (ainda) existe!

Gostamos (por defeito de fabrico) de manter viva a peregrina ideia gerada e nascida em Angola, de que não se é Jornalista sete horas por dia a uns tantos kwanzas, dólares ou euros por mês, mas sim 24 horas por dia… mesmo estando desempregado. Por Orlando Castro Reconhecemos, contudo, que essa é uma máxima cada vez menos utilizada e, até, menosprezada por muitos dos que mais recentemente chegaram a esta profissão e, até, pelos que há muito vagueiam pelas redacções mas que só agora estão (se é que estão) a…

Leia mais