É guerra que querem?

Dezenas de desmobilizados das FAPLA e das FALA, muitos deles fardados, juntaram-se hoje perto do Ministério de Defesa, em Luanda, para (“por enquanto pacificamente”) protestar contra decisão, arbitrária e prepotente, do ministro da Defesa – João Lourenço – que mandou suspender o pagamento dos irrisórios subsídios e reformas a que têm direito. Cumprindo ordens superiores do próprio ministro da Defesa, as forças de segurança trataram imediatamente de pôr na ordem os manifestantes, a grande maioria dos quais até agora recebia 20 ou 30 euros por mês. Embora seja uma questão…

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Não gozem com os angolanos

O vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, exortou hoje, em Luanda, no lançamento da Bolsa de Solidariedade Social, ao apoio da sociedade angolana às populações mais carenciadas e em situação de vulnerabilidade. Nada melhor do que haver eleições para o regime se lembrar de quem precisa. Como no passado, depois da votação a memória volta a hibernar. Esta bolsa resulta da iniciativa do Governo angolano, em parceria com as organizações da sociedade civil que se propõem acudir às camadas da população mais necessitadas, sobretudo em tempo de crise como o que…

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Sonangol de volta ao Iraque

A administração da Sonangol admite que a estabilização da situação no Iraque, cujas forças de segurança têm recuperado território antes sob controlo do grupo Estado Islâmico, permitirá recuperar o investimento realizado em campos petrolíferos naquele país. Em causa estão os campos Qayyarah e Najmah, que a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) detém a sul de Mossul desde 2009, num investimento de quase 300 milhões de euros, que voltaram ao controlo das autoridades iraquianas em finais de 2016, mas que permaneceram várias semanas em chamas, por acção daquele grupo…

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Os bestiais e as bestas,
as bestas e os bestiais

O governo que temos há 42 anos, como mandam os manuais (mais hoje do que ontem, é certo), garante de forma categórica a lisura e a transparência nas próximas eleições de Agosto em Angola. Como árbitro, jogador, dono da bola e do campo e, ainda, com poder para escolher como alinha a equipa adversária, o MPLA pode garantir tudo o que bem entender. Pode até, como no passado, estabelecer o resultado final antes de o jogo começar. Por Orlando Castro Esta realidade, visível até por quem for cego, é legitimada…

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A memória de um dos lados

O fotojornalista francês Jean-Charles Gutner publicou, em França, o livro “Era Angola”, com dezenas de fotografias tiradas durante a guerra civil de Angola, num “exercício difícil da memória, por vezes doloroso”. “A guerra não engrandece os homens, ela destrói-os e muito presunçoso é aquele que dela tira glória ou proveito, já que o eco dos mortos ressoará sempre no balançar da sua memória”, escreveu, no preâmbulo do livro, o fotojornalista de 46 anos, num texto que começa com a frase “Exercício difícil este da memória, por vezes doloroso”. Vinte anos…

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Crise? Não. Vamos ter mais alguns navios de… guerra

O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), General Geraldo Sachipengo Nunda, afirmou hoje, na cidade do Soyo, província do Zaire, que a Marinha de Guerra Angolana (MGA) precisa de infra-estruturas e meios adequados para o cumprimento cabal da sua missão. Nem mais. Esta é a melhor altura para os militares reivindicarem tudo o que lhes vier à cabeça. O candidato do regime (João Lourenço) à Presidência do reino é o ministro da Defesa e certamente que ele, como José Eduardo dos Santos, quer que os chefes…

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A islamofobia do regime

O representante da comunidade islâmica em Angola denuncia laivos de islamafobia no país e acusa Angola de ser “o único país do mundo” que “nunca reconheceu” a religião islâmica, apesar de estar implantada desde 1977. Numa altura em que Angola discute o caso de seis jovens angolanos muçulmanos detidos e acusados de associação ao grupo extremista Estado Islâmico, David Alberto Já (foto) afirma que o país “ainda está fechado”, recordando que “ninguém tem o direito de escolher que religião o cidadão angolano deve seguir”. “Repare apenas no pronunciamento de certos…

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País saqueado pode resvalar para nova guerra

Não sei se acredito. Mas não duvido. Não sei se escrevo. Mas escrevo! Não sei o que é ser, em Angola, político do Povo. Mas sei, que os políticos, principalmente os da oposição, atiraram a toalha ao chão, ante o desvario a que estamos votados, por uma gestão económica irresponsável e de, no mínimo, cariz criminosa. Por William Tonet A oposição cala-se. Não vai à rua. Não se mobiliza. Não protesta. Esconde-se… Reclama e reivindica, em “soft”, regra geral, no conforto das poltronas dos gabinetes com ares condicionados ou refastelados…

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Só vão mudar (algum)as moscas

A decisão do Presidente José Eduardo dos Santos de abandonar a vida política activa em 2018 é daqueles acontecimentos da dimensão dos grandes criminosos mundiais. E não adiante o MPLA, com a ajuda de outros pequenos líderes da oposição e políticos amigos de outros países, tentar lavar a sua conspurcada imagem. O maior significado do “abandono” de José Eduardo dos Santos, bem como do desmoronar do seu corrupto regime, é que esta Angola do MPLA consolidou o caminho da instabilidade e da implosão. Melhor do que ninguém, o Presidente sabe…

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A sua bênção… Emérito!

O ministro do Interior de Angola disse hoje em Luanda, certamente com a bênção do putativo presidente emérito, que está agendado um encontro para Julho com os partidos políticos concorrentes às eleições gerais de 23 de Agosto, para abordar questões de segurança. Nem mais. Segurança. Por Orlando Castro  ngelo Veiga Tavares reiterou a prontidão para o asseguramento das próximas eleições gerais, para que “seja um processo sem tumultos”. Em caso de dúvidas e porque, segundo o MPLA, até prova em contrário todos somos… culpados, cá estarão a Polícia Nacional…

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