O aparecimento da imprensa em Angola data de 1845, contando-se 46 títulos na passagem do século passado. Pormenor de nota é a referência a jornais produzidos por “angolenses”, o termo usado na altura para os naturais de Angola, por oposição aos colonos provenientes de Portugal. O primeiro jornal numa língua nacional “o Kimbundu” foi feito em Nova Iorque, em Fevereiro de 1896. O aparecimento do diário A Província de Angola (PA) em 1923 é considerado como o início da imprensa comercial e de circulação regular. Em 1936 surge o Diário…
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Em 24 de Março de 1995
Visualizações e leitores sempre a bater recordes
Há quase dez anos o responsável da agência económica Bloomberg na China, Eugene Tang, defendeu em Pequim, no âmbito da Cimeira Mundial dos Média, que, “na era da Internet, qualquer pessoa com uma câmara e um telemóvel pode ser jornalista”. Será? Por Orlando Castro Esta é, contudo, uma visão muito estreita e restritiva, sobretudo em Angola. Nestas bandas nem é preciso ter uma câmara e um telemóvel para ser jornalista. Para isso basta ter um cartão do partido no Poder que, no nosso caso, é o mesmo desde 1975. Há…
Leia maisO espelho (e os telhados)
do deputado David Mendes
Na quarta-feira, durante o debate que antecedeu a aprovação sobre a Lei de Repatriamento de Capitais, o advogado e fundador da associação Mãos Livres, David Mendes, deputado independente eleito nas listas da UNITA, resolveu fazer um bombástico e selectivo ataque aos portugueses. Não foi a alguns portugueses, não foi a alguns empresários portugueses, foi aos portugueses (“Estou farto dos portugueses em Angola”). Por Orlando Castro As declarações de David Mendes devem ser bem analisadas, porque desde logo não é um pé-descalço. É advogado e deputado. As suas declarações são iguais…
Leia maisCarta aberta (e pública) ao Presidente João Lourenço
Recordando (como se fosse preciso) os métodos de José Eduardo dos Santos durante 38 anos, hoje os “anónimos” servidores de João Lourenço (provavelmente alguns reciclados do governo anterior e outros que o Presidente nem conhece) voltaram a pôr as garras de fora. Não gostaram do texto “Sociedade civil, João Lourenço e nós” e, como os sipaios de outros tempos, partiram para as ameaças, para as acusações. Por Orlando Castro Pela forma, mas também pelo conteúdo e pela escrita, percebe-se que são gente evoluída e que gravita junto de quem tem…
Leia maisSociedade civil, João Lourenço e nós
O Presidente do MPLA e da República (para além, de Titular do Poder Executivo), João Manuel Gonçalves Lourenço convidou vários elementos, grupos de pressão e organizações da sociedade civil, para um encontro, sem agenda, no Palácio Presidencial, no dia 4 de Dezembro (ontem), visando medir a pulsação destes. Por Direcção Editorial do Folha 8 A iniciativa é positiva? É positiva, sim senhor, pese a ausência de um horizonte e comprometimento das partes em relação aos ingentes problemas com que se debate a maioria dos angolanos, desde logo os 20 milhões…
Leia maisUlika, Betinho, nós e os que também deveriam ser… nós
O MPLA tendo ganho as eleições, com fraude ou não (agora pouco importa), e feito empossar, o seu cabeça-de-lista, João Lourenço, como Presidente da República passou também, goste-se ou não, de muitas das suas posições, a ser, o nosso presidente. Por William Tonet Vimos seguindo, como jornalistas e amigos ocultos, na crítica, distante dos bajuladores de ocasião, para o alertar a não optar por ser “assassinado pelo elogio, mas salvo pela crítica”. Manter-nos-emos fiéis a esse princípio, mesmo quando somos incompreendidos e tendo a noção de que a injustiça de…
Leia mais“Jornalismo” bom só se for servil e por isso patriótico
O ministro angolano da Comunicação Social afirmou hoje que, tendo como pano de fundo as chamadas “fake news”, “parece estranho discutir o tema ‘boas notícias’”, sendo esse um desafio da comunicação social no mundo e também em Angola. E o que são boas notícias? Algo milimetricamente coincidente com a propaganda. João Melo falava, enquanto moderador, numa mesa redonda organizada num hotel em Talatona, arredores de Luanda, pelo Ministério da Comunicação Social, subordinado precisamente ao tema “Boas Notícias”, que contou com um painel de três jornalistas, entre eles o português Ferreira…
Leia maisFolha 8 não está contra ninguém. Pelo contrário
O sino tocou. Mais uma vez. O endereço físico e mental é o mesmo. Sempre. Folha 8. O destinatário, na rectilínea defesa de princípios e de dar voz a quem não tem voz, não prescinde dos ideais de liberdade de imprensa e democracia, por mais que sejam os ataques abjectos e covardes. Por William Tonet Os novos, velhos, assessores presidenciais, na senda da perseguição, accionaram arrogantemente, mais uma vez, o ancião recurso, a opacidade numérica do veículo intimidador: o celular. E, na altiva arrogância e petulância alegam “justa causa”, na…
Leia maisResposta à ERCA
O Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) assinalou “com preocupação, a publicação, pelo jornal “Folha 8”, em edições “on line”, de fotomontagens que atentam contra os direitos de personalidade de dignitários do Estado angolano, como o Chefe de Estado, os antigos presidentes da República e outras entidades públicas, expondo-os a situações lesivas à moral e aos bons costumes”. Por Orlando Castro A ERCA refere que “estas práticas não se compaginam com o princípio segundo o qual os conteúdos difundidos pelos Meios de Comunicação Social devem pautar-se…
Leia maisGranada sem cavilha,
jacarés esfomeados!
Ao longo de, pelo menos 46 anos (portanto bem antes da independência) tenho defendido aquilo que considero ser o mais correcto para a minha terra, Angola. Com a chegada de João Lourenço ao trono, os recados e as ameaças pararam. Bom sinal, pensei. Obviamente estava enganado. Por Orlando Castro Uma fugaz participação (enquanto jornalista do Folha 8) no programa “Conversas ao Sul”, da RTP África, fez alguns democratas de pacotilha mandar os sipaios do MPLA retirar a cavilha da granada. Exactamente a mesma estratégia do tempo de José Eduardo dos…
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