Ditadura. Vergonha!

“Mas, pai, já não estamos em ditadura”, disse-me a minha filha, hoje ao jantar, quando lhe contei que trabalhadores em protesto tinham sido dispensados pela Casa da Música na sequência da vigília silenciosa que ontem fizemos. Por Marcos Cruz C oibi-me de lhe responder “não, filha, já estamos em ditadura”, porque não a quero assustar e porque eu próprio ainda me recuso a acreditar nisso. A verdade, no entanto, é que a Casa da Música está a ser antidemocrática. Vou contar a história desde o início, eu que tinha prometido…

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“Deus” de Angola foge da voz do Povo de Cabinda!

O bispo de Cabinda, Belmiro Chissengueti, considerou hoje que os protestos no enclave devem-se a “condições sociais precárias” e defendeu que a região precisa de “sinais de desenvolvimento”. A voz do Povo costuma ser a voz de Deus. Mas nem o Povo nem o bispo têm poder para sensibilizar “deus” angolano que dá pelo nome de João Lourenço. “P orque são precárias em Cabinda, e um pouco por todo o país, que está tomado por uma crise desigual, e então há que encontrar soluções sustentáveis para dar resposta às inquietações…

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Visualizações e leitores sempre a bater recordes

Há quase dez anos o responsável da agência económica Bloomberg na China, Eugene Tang, defendeu em Pequim, no âmbito da Cimeira Mundial dos Média, que, “na era da Internet, qualquer pessoa com uma câmara e um telemóvel pode ser jornalista”. Será? Por Orlando Castro Esta é, contudo, uma visão muito estreita e restritiva, sobretudo em Angola. Nestas bandas nem é preciso ter uma câmara e um telemóvel para ser jornalista. Para isso basta ter um cartão do partido no Poder que, no nosso caso, é o mesmo desde 1975. Há…

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Mais tropas em Cabinda só
por causa dos congoleses

O ministro da Defesa de Angola, Salviano Sequeira, disse hoje que a província de Cabinda, do ponto de vista estratégico, precisa do “máximo de atenção” e tropas suficientes para aquela parcela do território angolano. Tudo por culpa dos congoleses já que, tanto quanto parece na óptica de Luanda, a resistência da FLEC não existe. Salviano Sequeira respondia, em Luanda, a questões levantadas por deputados na discussão na especialidade da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, cuja votação final e mais do que óbvia aprovação pelo…

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Opressão, pobreza, escravatura

Ba – si Tchiowa. Bukuluntu e Bana. O F8 e nós, enquanto membro da sociedade civil, pensamos ter chegado a hora do povo desta nobre e rica terra de Cabinda fazer uma análise introspectiva e extrospectiva da conduta que tem assumido relativamente à situação vigente em Angola. Por William Tonet Porquê? Foi com mágoa e muita tristeza que ao voltar a pisar estas terras, constatei o estado degradante que a cidade capital e arrabaldes apresentam, a miséria social, moral e económica reinante. Indignamo-nos ao constatar a falta de gasolina em…

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Seis anos de Bloco Democrático

Foi no dia 4 de Julho de 2010 que um conjunto ainda restrito de indivíduos de várias proveniências políticas e partidárias, animado pelo sentir único de contribuir para o desenvolvimento democrático de Angola, decidiu dar corpo à ideia de criar um partido político capaz de materializar tal objectivo. Assim nasceu o Bloco Democrático, Para o qual o capital político da auto-extinta FpD – Frente para a Democracia – foi decisivo. Desde então, o Bloco Democrático tem sobrevivido a todas as tentativas de o enfraquecer e mesmo até silenciar, desde o…

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Cabinda… em Maio

A libertação, até novas ordens de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos, de Marcos Mavungo mostra que uma nova edição, mais cuidada, do 27 de Maio de 1977 está em cima de mesa do regime. Por Orlando Castro A situação em Cabinda, território anexado em 1975 por Angola, poderá ser o rastilho que o regime quer para, reeditando ou não a tese do fraccionismo, decretar uma limpeza de todos quantos pensam de forma diferente e querem que Angola seja uma democracia e um Estado de Direito. Como os…

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“Luanda oprime Cabinda pela força. A FLEC/FAC defende Cabinda pela força”

Em entrevista exclusiva ao Folha 8, Jean Claude Nzita, porta-voz da FLEC/FAC, fala da realidade actual, da repressão imposta pelo regime de Eduardo dos Santos e das aspirações do povo de Cabinda. Arrasa a posição portuguesa (“Portugal é agora uma colónia sem escrúpulos”) e diz que a CPLP “é uma organização politicamente impotente”. Por Orlando Castro Como vê a actual situação de Cabinda, nomeadamente quanto aos direitos e garantias dos cidadãos? Angola priva o povo de Cabinda do seu direito à autodeterminação. Privando o povo de Cabinda a este direito…

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