Mudar de colonialistas
não é ser independente

Em Setembro de 2009, o então ministro da Educação de Angola, Burity da Silva, afirmou que “a construção da angolanidade deve ser edificada com a participação de todas as culturas existentes, sem critérios estereotipados de exclusão”. De boas intenções e promessas estão os angolanos cheios. Por Orlando Castro Prova dessa tese, segundo o regime, continua a ser a comemoração do Dia do Herói Nacional em homenagem, pois claro, a António Agostinho Neto. Mas é assim. Se o MPLA é Angola e Angola é o MPLA, herói nacional há só um,…

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Do colonialismo português
ao colonialismo do… MPLA

O MPLA, partido que “só” está no poder em Angola desde 1975, assinalou hoje a passagem dos 56 anos do ataque de nacionalistas às cadeias de Luanda defendendo aquilo que não fez durante os últimos 41 anos: “mais disciplina” e “controlo” nos gastos nacionais para acabar com as “sequelas do colonialismo”. Por Orlando Castro Aliás, devem ser essas “sequelas do colonialismo” que fizeram com que o clã, “lato sensu”, de José Eduardo dos Santos (presidente nunca nominalmente eleito e há 37 anos no poder) represente quase 100% do Produto Interno…

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A escravatura dos angolanos

O ministro da Defesa de Angola, João Lourenço, recusou no dia 17 de Setembro de 2015 as acusações sobre violação dos direitos humanos no país. Agora que parece ir maquilhar-se de Presidente da República (ou cabeça-de-lista do MPLA) o que pensará? Por Orlando Castro Na altura, João Lourenço recordou que os angolanos sentiram essas violações durante 500 anos de colonialismo português. Não precisava de ir tão longe. Bastava-lhe recordar o 27 de Maio de…1977. O governante discursava em Ondjiva, capital da província do Cunene, ao presidir ao acto solene das…

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Avante Angola… para trás

Um dia destes estivemos a reler, com bastante atenção, separando a emoção, o hino Angola Avante. A letra pela qual o Manuel Rui sente tanto orgulho, para além de estar completamente ultrapassada, em termos da realidade angolana, é, poeticamente, muito pouco rica, para não dizer pobre. Por Domingos Kambunji Não é de admirar o fraco valor poético. A ideologia sobrepõe-se à poesia e, quando assim é, a poda passa de moda. A maioria dos hinos nacionais em todo o mundo apelam à guerra e ao sangue, quando os dirigente políticos…

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Urge derrotar o colonialismo do MPLA

Os partidos políticos angolanos desde 1992 que se têm queixado da lei eleitoral que permite a fraude, por parte do MPLA. Mas o que têm feito para inverter tal situação? Pouco. Muito pouco. Lagosta sempre foi melhor do que a mandioca. Por Orlando Castro A Oposição sabe que a democracia assim não vai lá, sabem que assim nunca seremos um Estado de Direito. Mas, alegam, não é possível alterar este estado quando o regime se está nas tintas para a força da razão e, o que é verdade, põe em…

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Nacionalista do MPLA e da PIDE

O membro do Comité Central do MPLA e deputado à Assembleia Nacional, Manuel Pedro Pacavira, faleceu hoje por doença, em Lisboa, aos 77 anos. Lamentando a sua morte e endereçando as nossas sinceras condolências à família, contrabalançamos as louvaminhas do regime com outros dados históricos. A Verdade exige-o. Por Orlando Castro Recordemos, tratando-se de uma relevante figura do MPLA e do regime, alguns apontamentos da sua biografia. Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de Havana, foi Ministro da Agricultura e dos Transportes. Foi, ainda, Representante de Angola na ONU, Governador…

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Somos um país (ir)real

O MPLA, reconheça-se, continua a querer transformar a Angola deles num país desenvolvido e de referência em África e no Mundo. Estão no poder há 40 anos, mas isso é muito pouco. Sua majestade o rei de Angola, José Eduardo dos Santos, ainda tem muito para roubar ao seu Povo. Por Orlando Castro Em abono da sua perpetuação no poder, o MPLA aponta alguns índices que são claros: por cada 1.000 nados vivos morrem em Angola 156,9 crianças até aos cinco anos, apresentando por isso a mais alta taxa de…

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Téte explica (quase) tudo

O embaixador da missão permanente de observação da União Africana junto da ONU, angolano Téte António, descobriu o pólvora para justificar a razão pela qual a economia angolana está dominada pelo petróleo. D iz ele que pouco mais de uma década livre de guerras é pouco para um país como Angola se industrializar e diminuir a sua dependência do petróleo. “Ninguém é condenado ao subdesenvolvimento. O subdesenvolvimento não é uma doença crónica. Todos nós vamos chegar ao desenvolvimento”, disse, em entrevista à Lusa, o embaixador angolano Téte António, em Nova…

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Será só em Moçambique?

Será só em Moçambique? - Folha 8

Os empresários portugueses Miguel Pais do Amaral, Américo Amorim e a Rio Forte são acusados por uma Organização Não Governamental espanhola e pelo sindicato de camponeses de Moçambique de usurparem terras sem indemnizarem os habitantes locais. D e acordo com um relatório preparado pela ONG espanhola Grain e pela União Nacional de Camponeses de Moçambique (UNAC), são vários os empresários portugueses que alegadamente estarão envolvidos num esquema internacional para ficarem com terrenos férteis no norte de Moçambique, principalmente no Corredor de Nacala, uma área de 14 milhões de hectares, sem…

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