«PRETO EXPLORA PRETO, CHEIRA A TEMPO COLONIAL»

O rapper português Valete está disposto a perpetuar a mensagem e o espírito do seu “mano Azagaia”, o artista moçambicano falecido em Março e que foi “a voz das angústias” dos jovens e do povo africano, que o idolatravam. O Folha 8 junta a Azagaia o Jornalista Carlos Cardoso, assassinado em Moçambique em Novembro de 2000. alete, nome artístico de Keidje Torres Lima, um dos promotores do espectáculo que na quinta-feira reúne em Lisboa 22 músicos numa homenagem ao rapper e activista moçambicano, diz que, “muito mais do que músico,…

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MPLA PROMOVE, 47 ANOS DEPOIS, NOVO COLONIALISMO

A esquina 47 é aqui: Fome & Pobreza! A próxima, esquina 47, é ali: Discriminação e injustiças. O ali, qual Morro do Mbinda (Uíge-Norte), pelas três tribos políticas, em disputa (1974-75) para o controlo do Reino do Kongo, com o “vencedor” a esmerar-se, competentemente, no assassínio do bago vermelho (café), 3.º produtor mundial (230.000 ton.) e, mais grave, ainda, foi a desconstrução total da geografia mental do Mbinda do Morro e de todos outros, cuja geografia mental, que sem curvas territoriais geográficas, caboucava nas mentes sonhadas de milhões, canções de…

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A CULPA É (OBVIAMENTE) DOS PORTUGUESES

Angola (é claro!) e Guiné-Bissau estão entre os países do mundo em maior risco de choques ecológicos, segundo o Relatório de Ameaças Ecológicas, divulgado pelo Instituto de Economia e Paz que analisa 228 países e territórios, estando Angola na 10.ª posição e a Guiné-Bissau na 16.ª. O cenário é de escassez alimentar, rápido crescimento populacional e escassez de água. O instituto, sediado na Austrália, sublinha que Angola será um dos países do mundo onde o risco de escassez de água sobe mais até 2040 e cuja população deverá crescer 132%…

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FMI GARANTE QUE QUEM NÃO MORRER… VIVERÁ!

O director do departamento africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie, disse hoje que a previsão de crescimento económico para Angola este ano foi revista em alta, de 2,4% para 3%, elogiando o governo pelas reformas. Com os mesmos dados, perto das eleições o crescimento “será” ainda maior. “Em Angola, prevemos um crescimento de 3% para este ano e cerca de 4% a médio prazo, mas mais do que o ponto de destino, o que estamos a ver é a tendência, o país está a sair de um…

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DOS (CRIMINOSOS) ASSASSÍNIOS COLONIAIS AOS (HERÓICOS) ASSASSÍNIOS DO MPLA

«Os actos cruéis praticados contra muitos nacionalistas angolanos, antes de 1975, na cadeia de São Nicolau, hoje Bentiaba, província do Namibe, por lutarem por uma Angola livre do colonialismo, só podem ser comparados com as cenas de filmes de terror. Encarcerados, muitos eram retirados das celas, na calada da noite, para serem queimados vivos num forno feito de pedra», escreve o Jornal de Angola. Tal como o MPLA fez nas massacres de 27 de Maio de 1977, assassinando milhares de angolanos, escrevemos nós. «O relato dramático vivido por esses nacionalistas…

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A nossa identidade

Uma das componentes da doutrina colonial, para além da ocupação militar, a pilhagem da terra e dos homens, o colonialismo tinha também a missão de “civilizar os indígenas” e transformá-los em gente “bem educada”, dócil, obediente e assimilada, capaz de comportar-se como o próprio colono, capaz de falar bem a língua do colono, vestir-se como o colono com a gravata como símbolo da “civilização ocidental”, comer com a ajuda de garfo e faca, abandonar os usos, costumes, língua tradições autóctones. Por Lukamba Gato Fomos todos, uns mais do que os…

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Do colonialismo português ao colonialismo do… MPLA

O MPLA, partido que “só” está no poder em Angola desde 1975, assinala a passagem de mais um aniversário do ataque de nacionalistas às cadeias de Luanda defendendo aquilo que não fez durante quase 44 anos: “mais disciplina” e “controlo” nos gastos nacionais, luta contra a corrupção (o seu principal ADN) para acabar, é claro, com as “sequelas do colonialismo”. Por Orlando Castro A propósito do 4 de Fevereiro de 1961, data que o partido defende como o início da luta armada pela independência, o MPLA advoga que a libertação…

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Escravatura portuguesa começou há 400 anos. A do MPLA começou há 44 anos!

O Governo angolano vai assinalar os 400 anos da chegada dos primeiros 20 escravos angolanos ao território norte-americano com um conjunto de actividades nacionais e internacionais comemorativas da efeméride, que vão ser preparadas por uma comissão interministerial. Tudo isto numa altura em que o país “comemora” a chegada da escravatura angolana ao reino do MPLA, em 1975. Segundo um despacho presidencial, datado de 9 de Agosto, esta celebração “encerra uma oportunidade singular para Angola projectar a sua imagem e divulgar a sua importância histórica no desenvolvimento dos Estados Unidos da…

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Foi há 58 anos que a luta
de libertação começou

Actividades recreativas, culturais e desportivas, a par de uma manifestação de protesto contra o aumento dos preços dos documentos de identificação, marcam hoje o 58º aniversário do início da luta armada contra a administração colonial portuguesa em Angola. O acto central das comemorações, sob o lema “Honrar os Heróis, Preservando os Valores da Pátria”, decorre em Cabinda, liderado pelo ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, em que o foco passa por “resgatar a História” junto das novas gerações. A efeméride foi aproveitada por um…

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Neocolonialismo religioso

O presente texto não visa causar polémica, apenas rememorar a verdadeira história de um local (Santuário da Muxima), cada vez mais emblemático catolicamente. Não foi sempre assim. Custou o pão que o diabo amassou a muitos dos nossos antepassados, por vezes, sob o olhar cúmplice de muitos padres, imbuídos de um nacionalismo extremista. Por William Tonet Os anos passam e o tempo trata de sarar muitas feridas, daí ser mister dizer-se a verdade, ainda que seja dura, pois ela e só ela liberta. Hoje, pegando nos instrumentos da Igreja Católica,…

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