NOS ESGOTOS CARCERÁRIOS DO MPLA (II)

O importante é resgatar com o tempo o testemunho singular destas vítimas, reconstruir os significados desse passado e integrá-los na memória colectiva. Por Carlos Pacheco (*) oi em clima de consternação e de terror provocado pelo vil “julgamento” de “Sotto” [de que se falou no texto anterior (https://www.publico.pt/2024/05/30/mundo/opiniao/esgotos-carcerarios-mpla-i-sombrasufoca-vida-angola-2092321)] que Angola, sob os ferros do autoritarismo e da violência, iniciou a sua caminhada como Estado emancipado. Como reza a sabedoria árabe, “quando o pastor entra em cumplicidade com os lobos, os cães deixam de ladrar”. Maus presságios se encastelavam nos horizontes…

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CHAMA ACESA ENQUANTO MPLA PERSISTIR NA MENTIRA E COVARDIA

O Maio de 2024 dobra a esquina e, deixa três marcas indeléveis, para os verdadeiros revolucionários e nacionalistas reflectirem: o 27 de Maio de 1977, dia do holocausto em Angola, liderado pelo médico masoquista (lobo na pele de cordeiro), António Agostinho Neto, na França o 30 de Maio 1431 e o 31 de Maio de 1991, com os Acordos de Bicesse. Por William Tonet primeira está ligada a “Nito Alves”, angolano (23 de Julho 1945 – 14 de Julho de 1977), nacionalista, guerrilheiro e comandante de uma das mais aguerridas…

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DO DISA “CAJÓ” AO “CAJÓ” DISA

William Tonet recorda: «Nunca esquecerei aquele inesquecível e triste dia em que o meu algoz, António Carlos Jorge “Cajó” (na foto), num sadismo indescritível, irrompe o local onde os presos estavam a ser espancados e a esvair-se em sangue, dando-me um forte golpe, com um ferro, na parte traseira da cabeça e, no final, manda-me limpar o salão da tortura (cerca de 30 m2), coberto de sangue, com a língua. Este era o masoquismo do DISA “Cajó”, pupilo de um não menos insensível chefe; Agostinho Neto, que sem razões, por…

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NEM A VERDADE, NEM A MEMÓRIA, PRESCREVEM

Há 12 anos, ainda longe de integrar a equipa do Folha 8, publiquei um texto a que chamei “Carta Aberta a William Tonet”. Hoje, a propósito do genocídio de 27 de Maio de 1977, do qual ele foi uma vítima, lembrei-me de repescar o que então escrevi. Por Orlando Castro is, na íntegra, o referido texto: «Meu caro Tonet. Como sabes, ao mesmo tempo que alguns ditadores (ainda poucos, é certo) começam a cair, o mundo dito (nem sempre é verdade, mas…) democrático começa a gerar outros e a aguentar…

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MASSACRAR É FUNDAMENTAL PARA O MPLA

O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria do MPLA, general João Ernesto dos Santos, destacou recentemente, em Cabo Verde, as acções do Presidente João Lourenço em prol do bem-estar dos heróis do país. Desde logo, o herói Agostinho Neto – o único considerado como tal pelo regime – por ter mandado assassinar 80 mil angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977… Por Orlando Castro governante teceu estas considerações durante a celebração dos 50 anos da Libertação dos Presos do Campo de Concentração do Tarrafal,…

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EU, A ESQUERDA, MAIO DE 77 E OS ASSASSINOS

“Miserável país aquele que não tem heróis. Miserável país aquele que precisa de heróis.” (Bertold Brecht). Teimosamente, lágrimas de 1977 ainda escorrem pelas minhas montanhas faciais, em Maio de 2024. Talvez, uma das razões seja a de assistir impávido e sereno, à ascensão de indigentes intelectuais e, muitos assassinos, nos corredores do poder, determinando, negativamente, os destinos do país e, discriminatoriamente, a vida de milhões de autóctones. Por William Tonet mês de Maio é, para uma grande maioria de angolanos, de profunda reflexão. Reflexão, face ao genocídio ocorrido no 27…

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HERÓIS DE JOÃO LOURENÇO

“A grandeza e a dimensão da figura de Agostinho Neto é de tal ordem gigante que, ao longo dos anos, todas as tentativas de denegrir a sua pessoa, a sua personalidade e obra realizada como líder político, poeta, estadista e humanista, falharam pura e simplesmente porque os factos estão aí para confirmar quão grande ele foi”, afirmou em 17 de Setembro de 2016 o então ministro da Defesa de Angola e vice-presidente do MPLA, João Lourenço. om a devida vénia reproduzimos o artigo de Nicolau Santos, publicado no Jornal Expresso…

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27 DE MAIO DE 1977 LEVADO A TRIBUNAL EM 2023

A verdade não pode, não deve sucumbir, principalmente, a verdade sobre o 27 de Maio de 1977. Os sobreviventes íntegros, vítimas do genocídio, ou melhor, do maior holocausto africano, comandado por António Agostinho Neto, não se podem demitir da missão histórica de impedir que a mentira prospere com os ventos da infâmia. Por William Tonet dia 16 de Novembro de 2023 passa a ser um (novo) marco importante na minha intensa, apaixonada e atribulada vida pública, como activista dos direitos humanos, jornalista, professor e jurista. Estou, orgulhosamente, em juízo, na…

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MAGISTRATURA PARTIDOCRATA AO SERVIÇO DOS CARRASCOS

“A não-violência é a maior força à disposição da humanidade. É mais poderosa do que a mais potente arma de destruição concebida pelo engenho humano”. (Gandhi) Por William Tonet instinto da violência, as violências, infelizmente, tem (têm) sido a opção a mão de semear, dos actores ditos revolucionários, substitutos do poder colonial, em todas as relações inter-humanas, desde 1975. Os milhões de autóctones, para desgraça, pese os olhos esbugalhados de alegria ao verem, depois de 500 anos, descer a “heróis do mar nobre povo”, não viram subir, no mesmo mastro,…

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OPRÓBRIO FÚNEBRE

Henrique Santos, o “Onambwe”, alcunha ou nome de guerra, cujo sinónimo ignoro, mas pela conduta que mostrou nos leva a crer ter sido conseguida por uma qualquer canalhice datada da juventude, quem sabe em Porto Amboim, onde consta ter este figurão nascido. Por José Reis É, a par de Lúcio Lara, outra das eminências pardas do MPLA – mais propensa ao regabofe dos copos e da malandragem, diga-se a verdade – que aportou à Luanda já em rebuliço, regressando do exterior graças ao 25 de Abril de 1974. Desde então…

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