Direito à vida, à memória e também a toda a verdade!

Quando ocorreu a tentativa de golpe de Estado de Nito Alves, a 27 de Maio de 1977, acabava de chegar à região militar 65, na província do Cunene. Esta província tinha a Norte, a província da Huila. A sul, a fronteira com a República da Namíbia, sob ocupação da África do Sul, com mandato das Nações Unidas. A Este, a do Cuando Cubango e a Oeste a do Namibe. Por Alcides Sakala (*) Dada a sua localização, a província do Cunene era estratégica, atravessada pelo rio Cunene e por vias…

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27 de Maio (1977). Estava na cadeia e nas mãos da DISA!

Não vivi directamente os acontecimentos de 27 de Maio (de 1977) nem a tragédia que a seguir se abateu sobre Angola. Por várias razões: primeiro, porque eu não estava inserido na sociedade e na ordem jurídica angolana; segundo, porque aquela fatídica data me surpreendeu na cadeia, à inteira disposição e à total mercê da DISA (Direcção de Informação e Segurança de Angola), que para muitos (de nós), foi pior que a PIDE/DGS; terceiro, porque pouco depois, pondo termo a uma breve estadia em território (des)governado pelo MPLA (de Junho de…

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“Solução pacífica”? Sim. Tal como no 27 de Maio de 1977

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (armadas não sabemos em quê?) de Angola diz que o executivo angolano mantém total abertura e disponibilidade para apoiar os esforços e iniciativas que visam a solução pacífica dos conflitos ainda existentes no continente africano. Pois… Solução pacífica de conflitos?! Por Domingos Kambunji Os angolanos que não pertencem à oligarquia cleptocrática continuam a ter necessidade de saber lidar com o recalcamento psicológico de conflitos, passados e presentes, para poderem sobreviver. A oligarquia cleptocrática continua a exigir paz, muita paz, demasiado conformismo aos…

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Ensinar a pescar? Para quê
se o farelo não se… pesca?

Em toda a Lusofonia (ainda alguém sabe o que isso é?), os que têm, pelo menos, três refeições por dia têm razões para cantar e rir. E por isso vão comendo, cantando e rindo. E os milhões que nem um prato de pirão têm? Só em Angola são cerca de 20 milhões… Por Orlando Castro A malária continua a matar as crianças angolanas, sobre as que pertencem a essa “etnia” que o MPLA/Estado/regime considera angolanos de segunda. Ou será de terceira? O que vale, dirá o governo de João Lourenço,…

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Todos dizem que fazem, poucos são os que fazem

Eugénio Costa Almeida acaba de publicar o livro “África Colonial no Centenário da Guerra 1914-1918”, especialmente vocacionado para a análise da participação de Angola e Moçambique neste conflito. É uma obra de leitura obrigatória, não só pelo exímio conhecimento deste autor angolano como pela necessidade pedagógica de explicar aos mais novos o papel dos africanos no contexto mundial. Por Orlando Castro De uma forma geral e desde sempre os africanos foram (em alguns casos continuam a ser) instrumentos descartáveis nas mãos dos colonizadores. Ontem uns, hoje outros. Entre escravos, carne…

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Assassinaram os patriotas
e com eles também Angola

A direcção do MPLA (quantos com as mãos frescas de sangue) continua a assassinar em Maio, através da omissão, extrema arrogância e mentira a memória de milhares e milhares de ex-militantes, órfãos, viúvas e sobreviventes, daquela que foi a maior purga, no interior de um partido político, depois da II Guerra Mundial. Por William Tonet Hitler e Neto, pela dimensão dos crimes cometidos, com as devidas distâncias, tinham muitas semelhanças, quanto à severidade no extermínio de cidadãos e adversários políticos, que discriminavam. Os dados da chacina de Maio 77 flutuam…

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Repatriamento de capitais
– Lei é oração à impunidade

O MPLA valeu-se da sua qualificada maioria para, em golpe de força, fazer passar a Lei sobre o Repatriamento de Recursos Financeiros Domiciliados no Exterior do País, deitando por terra o projecto de Lei do Regime Extraordinário de Regularização Patrimonial (RERP) avançado pela UNITA. Desde logo tornou-se claro que a introdução do projecto do RERP gerou intenso prurido para o MPLA que imediatamente manobrou para anular os efeitos de uma eventual aprovação deste projecto. Por Maurílio Luiele (*) A aprovação da proposta e do projecto em sede da generalidade ocorrida…

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A voz da experiência

De acordo com a Angop, o ministro da Comunicação Social de Angola, João Melo, desencorajou, em Luanda, actos de extorsão praticados por “pseudo-jornalistas”, que se tornaram – disse – comuns na sociedade angolana. Tem razão. Como jornalista que foi, certamente que a sua própria experiência é fundamental para esta análise, para esta lição de “educação patriótica”. Por Orlando Castro “N ão devem ceder à chantagem e à extorsão de pseudo-jornalistas que existem na nossa sociedade. O nosso conselho é não ceder a chantagem, se não ficamos nas mãos dos jornalistas”,…

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Política e corrupção unidas destroem o país

Em Angola, o regime, o peculato, a ladroagem e a corrupção, são irmãos siameses. Irmãos nascidos há já muito tempo. No melhor, torna-se desnecessário acreditar numa cirurgia de “separação”, tão caboucada estão as raízes do mal do unanimismo. Por William Tonet Todos os dias emergem novas denúncias, sobre o desvio de fundos, obras subfacturadas, milhões e milhões de dólares transferidos ilegalmente para o estrangeiro. E, na esquina do cinismo governamental, emerge a justificativa do desconhecimento criminoso sobre os montantes desviados e das lavandarias de destino ou de passagem. E como…

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Quem bem (m)ERCA sempre alcança as graças do rei

Adelino Marque de Almeida, um arcaico sipaio do MPLA, oficialmente galardoado com o cargo de “analista político” e a categoria de “jornalista” é o presidente da ERCA – Entidade Reguladora da Comunicação Social. Todos podemos estar descansados porque o chefe manda e ele debita. Por Orlando Castro Numa das suas emblemáticas diatribes, Adelino de Almeida descobriu que a “Open Society” aplicou em Angola 14,5 milhões de dólares para financiar acções de desobediência civil e sublevação contra as instituições do Estado. Quem melhor do que alguém deste gabarito para presidir à…

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