O momento em que escrevo estas linhas, carrego um misto de tristeza e indignação, ao tomar conhecimento que morrem de fome, autóctones angolanos na Serra do Moco, no Huambo. Porra! Essa verdade revolta. Por ser inadmissível… Por William Tonet Aquelas gentes, a nossa gente, campesina, sacha (capina) a terra, faz germinar os vários lombis, para com o pirão de milho, ter uma refeição. Se morre, falta o complemento, proteínas que o Estado poderia curar de fornecer, não em gesto de caridade e tantas vezes de vil propaganda, mas na criação…
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Do Morro do Moco “vê-se” gente que morrer à fome
A reabilitação das vias de acesso ao Morro do Moco, o ponto mais alto do país, com 2.620 metros, bem como a implementação, neste mesmo local, de vários equipamentos sociais para torná-lo mais atractivo, figuram entre as principais acções da administração municipal do Londuimbali, âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento dos Município (PIIM). Registe-se, entretanto, que em vários municípios do Huambo há gente a morrer à fome. Quais? Caála, Bailundo, Mungo, Cachiungo e… Londuimbali. Ao confirmar o facto à ANGOP, o administrador do Londuimbali, 92 quilómetros a Nordeste da cidade…
Leia maisMuitos buracos com muito pouca estrada
A exploração dos principais pontos turísticos do município da Caála, a 23 quilómetros da cidade do Huambo, está condicionada devido à avançada degradação das vias de acesso, disse esta segunda-feira à Angop a directora local das actividades económicas, Amélia Chivela. Segundo a responsável, apenas quatro dos 26 principais pontos de atracção turística recebem visitas diárias de turistas nacionais e estrangeiros, enquanto os demais 22 estão “quase que abandonados”, pois que a situação das estradas não permite a circulação automóvel, principalmente na época chuvosa. Amélia Chivela disse que apenas estão a…
Leia maisA Xôvernadora
O Nicolau Chateado andava com um aspecto muito desconfiado, depois de ouvir dizer que no Huambo têm uma nova governadora. Soube desta notícia muito tempo depois da senhora ter-se apoderado do cargo. E porque é que o Nicolau Chateado andava com aspecto desconfiado? Por António Kaquarta É simples. A senhora tomou posse sem ele ter conhecimento da eleição para governador(a) do Huambo. Foi ao Bairro de São Pedro pedir informações sobre a dia em que decorreu a eleição da governadora do Huambo… mas o São Pedro respondeu-lhe: “Não sei de…
Leia maisA lição do Samuel
O relatório de actividades do Grupo de Trabalho para Avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico vai ser hoje apreciado na Comissão de Cultura, da Assembleia da República de Portugal, país onde foi aprovado há 10 anos e implementado com carácter obrigatório há quatro. Por Orlando Castro Em Angola o MPLA criou e adoptou a sua própria ortografia, com a ajuda dos seus amigos cubanos. E assim temos “sexta básica” e não “cesta básica”, “marimbondo na cumeia” e não na “colmeia”, “Repúbica”, “Silvicltura”, “Ectroténica”, “edífico”, “Ogânicas”, “orgãos”, “Senando”… Esta…
Leia maisFome (que não existe) mata
(só) 73 crianças no Huambo
A má nutrição severa (em português corrente significa “fome”) causou já este ano (de Janeiro a Maio) a morte de 73 crianças, em 1.341 casos registados, na província do Huambo, divulgaram as autoridades de saúde locais. Comparativamente a igual período do ano passado é um aumento de 30%. Coisa pouca, dirá o MPLA. De acordo com declarações prestadas hoje à ANGOP pela supervisora de Nutrição no Planalto Central, Cármen Adelaide Agostinho Mossovela, no período em referência faleceram 73 crianças (embora sejam do Huambo presume-se que sejam… angolanas), por malnutrição severa…
Leia maisZetho Cunha Gonçalves vence prémio dstangola
O poeta angolano Zetho Cunha Gonçalves é o vencedor da primeira edição do Prémio de Literatura dstangola/Camões, com a obra “Noite Vertical”. O galardão, no valor de 15 mil euros, será entregue a 10 de Junho, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, pelas 16h30, na União dos Escritores Angolanos, em Luanda, numa cerimónia que conta com a declamação de poemas do livro vencedor A primeira edição da iniciativa registou cerca de duas dezenas de candidaturas e consagrou a obra poética “Noite Vertical”,…
Leia maisQuando só as balas da
UNITA é que… matavam!
Dezassete anos depois, a UNITA continua a evitar reabilitar a “Casa Banca”, onde residiu Jonas Savimbi no Huambo, residência que ficou destruída durante os 55 dias consecutivos de bombardeamentos das tropas governamentais em finais de 2001. Recorde-se que, durante a guerra, só as balas das FALA (UNITA) matavam civis. As do MPLA desviavam-se… Hoje, a casa do líder histórico da UNITA, morto em combate em 22 de Fevereiro de 2002, não é mais do que um “ícone” da guerra que, para o ser, teve de ter dois protagonistas antagónicos, em…
Leia maisAlergia ao Huambo
Quando foi governador provincial do Huambo (2009/2010), Albino Malungo, pediu aos administradores municipais que pautassem o seu trabalho pelo “espírito de humildade e que acima de tudo” soubessem “ouvir as críticas da população para poderem interpretar correctamente as suas necessidades”. Por Norberto Hossi Albino Malungo, que falava na cerimónia de tomada de posse dos novos administradores municipais do Huambo, Caála e Ekunha, pediu empenho de todos no cumprimento das obrigações para corresponderem às recomendações do então Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. Esta referência às recomendações do Chefe do…
Leia mais“Guerra dos 55 dias” (no Huambo) foi há 26 anos
Assinala-se hoje, 6 de Março, 26 anos sobre os «55 dias da Guerra do Huambo» que opôs as forças do Governo (FAPLA) às da UNITA (FALA) pela tomada da cidade capital do planalto central. Foi um dos capítulos mais sangrentos na guerra urbana angolana que se seguiu às eleições de 1992, na qual morreram milhares de pessoas, outros tantas ficaram feridas e a cidade ficou quase que reduzida aos escombros. Muitas vítimas sucumbiram como resultado dos tiroteios, dos bombardeamentos da artilharia, aviação, à fome, de doenças, ou vítimas das perseguições…
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