Ministro amordaça a APIEX

Os administradores da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX) foram proibidos pelo ministro do Comércio de Angola, Fiel Domingos Constantino, de prestar declarações aos jornalistas. É uma (mais uma) prova de democracia do regime de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos. A medida, sem adiantar qualquer explicação sobre o seu teor, consta de um despacho de final de Setembro, assinado por aquele ministro, tendo já entrado em vigor. “Doravante, fica condicionado à autorização prévia e expressa do ministro da tutela, todo e qualquer…

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Nada muda sem ousadia

O tempo, infelizmente, corre contra os sonhos e aspirações da maioria autóctone, primeiro por falta de ousadia patriótica de quem dirige, segundo, pela persistência casmurra em políticas sócio-económicas erradas. Por William Tonet Os auto-denominados revolucionários que, unilateralmente, proclamaram a independência nacional, em 1975, converteram-se de proletários em proprietários, mais vorazes que os próprios capitalistas que diziam combater. Nunca o fizeram! Daí que de 1991 a esta parte, pese a adopção da economia de mercado e democracia multipartidária, o regime não se desprendeu da lógica do controlo absoluto da sociedade e…

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FMI: Estagnação.
Fitch: crescimento zero

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em forte baixa a previsão de crescimento de Angola e espera agora uma estagnação durante este ano e uma expansão de 1,5% em 2017. Segue a linha de outros analistas, caso da Fitch que espera que a economia cresça zero em 2016. Segundo as projecções dos economistas do FMI, Angola deverá, em 2021, registar um nível de crescimento de sensivelmente um terço face à média entre 1998 e 2007. Para este ano, o World Economic Outlook aponta uma estagnação, prevendo 1,5% em 2017. “Angola…

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Pobres também são gente?

O líder do MPLA, Titular do Poder Executivo e Presidente da República, José Eduardo dos Santos, disse ainda não há muito tempo, que Angola precisa de crescer 6% ao ano para poder “reduzir significativamente a pobreza”. Por Óscar Cabinda Como o Folha 8 publicou há pouco sob o título “Crescimento? Zero, é claro!”, a Fitch calcula que a economia cresça zero em 2016, descendo dos 3% em 2015 e com a pior performance em 14 anos (desde 2002, fim da guerra civil”. Esta realidade coloca os angolanos, cuja esmagadora maioria…

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Crescimento? Zero, é claro!

O Governo de Angola recebeu da China, desde o final do ano passado, oito mil milhões de dólares em empréstimos para financiar projectos, o que vai elevar o rácio da dívida sobre o PIB para quase 60%. De acordo com a agência de notação financeira Fitch, “o Governo escolheu financiar o défice principalmente pelo aumento da dívida em vez de recorrer às almofadas orçamentais”. Só da China, dizem os analistas, “Angola recebeu 8 mil milhões de dólares, em empréstimos para projectos desde o final do ano passado, o que vai…

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Lixo (com tendência para piorar), diz a Fitch

A agência Fitch desceu o ‘rating’ da dívida soberana de Angola para ‘B’, mantendo-se abaixo da escala de investimento, ou ‘lixo’, com perspectiva de evolução “Negativa” e prevendo em 2016 o pior desempenho económico angolano em 14 anos. Na última acção de ‘rating’ sobre Angola, em Março, a Fitch tinha já descido a Perspectiva de Evolução da avaliação da dívida soberana do país para “Negativa”, antevendo-se esta reavaliação, face ao anterior ‘B+’, agora divulgada. No relatório desta avaliação, a agência recorda que Angola continua a sofrer o “severo choque petrolífero”,…

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Inflação galopante e estagnação

Mais do que a queda do preço do petróleo, Angola defronta-se com um grave problema económico: a inflação galopante, associada à estagnação. Por Rui Verde (*) Em Agosto de 2016, o nível homólogo de inflação atingiu os 38,18% na cidade de Luanda. Esta é a informação que consta da Folha de Informação Rápida N.º 8-IPC Nacional, de Agosto 2016, do Instituto Nacional de Estatística. A inflação é a subida geral dos preços para o consumidor. Os bens e serviços consumidos pelas famílias ao longo do ano são representados por um…

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Só oito das 75 empresas públicas têm contas em dia

Oito empresas do sector empresarial público tiveram hoje os processos de prestação de contas homologados e aprovados sem reservas pelo Ministério da Economia, num universo de 75 que apresentaram as contas relativamente ao exercício económico de 2015. Trata-se da Agência Angola Press (Angop), Imprensa Nacional, das Linhas Aéreas de Angola (TAAG), Edições de Novembro, da empresa de Transporte Rodoviário de Cargas (Unicargas), do Grupo ENSA das empresas portuárias do Amboim e do Namibe. De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Instituto para o Sector Empresarial Público (ISEP),…

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Temos (mesmo) de fazer (mais) alguma coisa

O texto desta edição retrata a revolta de um amigo autóctone, que, num belo dia de cacimbo, me bateu à porta, dizendo: “Porra tens de fazer mais alguma coisa, já não aguento esta merda”. Por William Tonet Referia-se ao país e ao acantonamento a que estava votado. Sem poder abrir a empresa por mais de duas horas, partilhou a frustração de não poder importar, tendo dinheiro nos bancos comerciais, não o tem livre, por o BNA não os transformar em moeda de transacção comercial, sem cunha partidocrata. “O camarada tem…

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Aprender com a Namíbia

Ensanduichada entre Angola e África do Sul, a Namíbia sofreu duramente durante o longo período de luta contra o apartheid. No entanto, desde que conquistou a independência da África do Sul em 1990, este país, com 2,4 milhões de habitantes, alcançou enormes progressos, especialmente nos últimos dois anos. Por Joseph E. Stiglitz e Anya Schiffrin (*) Uma das principais razões para o sucesso da Namíbia foi a atenção que o governo dedicou ao sector educativo. Enquanto as pessoas nos países avançados tomam por garantido o ensino primário e secundário gratuitos,…

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