De Beers volta a Angola

A empresa sul-africana De Beers, que mantém desde 2014 uma presença residual em Angola, está a considerar investir novamente no país, intenção que surgiu após as recentes alterações na legislação do sector diamantífero angolano. A intenção foi expressa na terça-feira pelo presidente do gigante diamantífero sul-africano, Bruce Cleaver, num encontro com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, estando em cima da mesa em geral, assuntos ligados ao sector. Após o encontro, Bruce Cleaver adiantou que a reunião decorreu de forma “construtiva e acertada” e mostrou-se “satisfeito” com a recente…

Leia mais

João uma vez, João sempre!

O ministro da Defesa de Angola, general João Lourenço, recusou no dia 17 de Setembro de 2015 as acusações sobre violação dos direitos humanos no país, recordando – e muito bem – que os angolanos sentiram essas violações durante 500 anos de colonialismo português. Não precisava de ir tão longe. Bastava-lhe recordar o 27 de Maio de… 1977. Sim. É o mesmo João Lourenço que hoje é Presidente da República e, dentro de dias, Presidente do MPLA. Por Veríssimo Kambiote O então ministro discursava em Ondjiva, capital da província do…

Leia mais

Dono de milhões de pobres
vai ao Parlamento Europeu

O Presidente de Angola, João Lourenço, vai discursar no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, na próxima quarta-feira, tornando-se o primeiro chefe de Estado angolano a efectuar uma visita oficial ao hemiciclo europeu. Numa altura em que Angola exerce a presidência do órgão de cooperação nos domínios político, de defesa e segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), João Lourenço deverá abordar temas como as relações e a cooperação entre União Europeia e Angola em vários domínios, o desenvolvimento, as migrações e a promoção da estabilidade e da paz…

Leia mais

Um ministro que vale,
pelo menos, por 15+2!

Os efectivos do Ministério do Interior são chamados a dar um combate cerrado à criminalidade, mormente à violenta, organizada, transfronteiriça e internacional, afirmou o titular da pasta, Ângelo Veiga Tavares. E afirmou muito bem. Repetiu agora a sua tese relativa aos 15+2 jovens activistas que colocou na cadeia. Recordam-se? O ministro apontou igualmente o combate à corrupção, o branqueamento de capitais, o cibercrime e todos os actos lesivos da ordem e tranquilidade públicas, dando as mais firmes respostas que em cada momento se mostrarem mais ajustadas e consentâneas com a…

Leia mais

Luta contra os criminosos (delinquentes ou polícias)

Algumas dezenas de angolanos marcharam hoje, em Luanda, contra a violência e a “banalização da criminalidade” no país, pedindo medidas para inverter uma situação que consideram como “arrepiante, inconcebível e inadmissível”. Isto, é claro, à luz de algo que o país (ainda) não é: um Estado de Direito. A marcha, “pacífica e silenciosa”, foi organizada pelo Observatório para Coesão Social e Justiça de Angola e decorreu a partir do início da tarde, na marginal de Luanda, sob o olhar atento e acompanhamento dos efectivos da Polícia Nacional. É que, como…

Leia mais

Para quê prender se é fácil
e (muito) lucrativo matar?

Privação da vida e tortura pelas forças de segurança ou prisões arbitrárias continuam a ser violações detectadas aos Direitos Humanos em Angola, tal como a corrupção e a impunidade. Quem o diz é o Departamento de Estado dos EUA. Vai o MPLA/Estado acabar com qualquer tipo de cooperação com os norte-americanos? Não. João Lourenço é forte com os fracos e fraco com os fortes. Por Norberto Hossi No relatório sobre a situação dos Direitos Humanos em 2017 (em 2018 já tem muitos contributos para essa análise), o Departamento de Estado…

Leia mais

Diamantes são de todos
mas beneficiam só alguns

Angola exportou mais de três milhões de quilates de diamantes nos primeiros quatro meses de 2018, vendas que representaram um encaixe em receitas fiscais, para o Estado angolano, de mais de 18 milhões de euros. Segundo o último relatório mensal do Ministério das Finanças de Angola sobre a arrecadação de receitas fiscais diamantíferas, as vendas globais atingiram entre Janeiro e Abril os 380 milhões de dólares (325 milhões de euros), com cada quilate a ser vendido a um preço médio de 128,32 dólares. Só no mês de Abril, Angola exportou…

Leia mais

Governo aceita que falhou nos direitos humanos? Hum

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, Manuel Domingos Augusto, reconheceu finalmente hoje o que acontece há décadas. Ou seja, que o país “ainda tem um longo caminho a percorrer para garantir o bem-estar e os direitos fundamentais a todos os cidadãos”. Haja Deus! Será que agora, perante este reconhecimento do ministro dos Negócios Estrangeiros, o MPLA vai pedir desculpas aos que – como é repetidamente o caso do Folha 8 – têm dito o mesmo ao longo dos anos e que foram acusados de alarmismo e de ataques ao…

Leia mais

Mudou o rei, não o reino

Expropriações de terrenos para projectos agro-industriais e repressão de opositores e jornalistas marcaram o ambiente social e político em Angola em 2017, com a crise económica em pano de fundo, refere o relatório anual da Amnistia Internacional (AI). Publicado hoje, o documento refere que a crise económica levou o governo angolano a adoptar um “modelo de desenvolvimento para mega projectos agro-pecuários, aquisição de terras em grande escala e expropriação de comunidades rurais, que colocam em risco os meios de subsistência das comunidades”. Vários problemas foram registados nas províncias do Cunene…

Leia mais

Joalharias sabem o que
são direitos humanos?

A Human Rights Watch quer que as multinacionais de joalharia dêem passos para garantir que adquirem ouro e diamantes a fornecedores que respeitem os direitos humanos, sendo que nenhuma das empresas que analisou cumpre totalmente os critérios da organização. O que terá Angola a ver com isso? A organização de direitos humanos solicitou a 13 multinacionais do sector da joalharia informação detalhada sobre as suas práticas de verificação de fornecedores, nomeadamente se respeitam os direitos humanos nos locais de mineração, informação que reuniu num relatório agora divulgado. “As 13 companhias…

Leia mais