Divagações sobre tratados e não só

O artigo do Carlos Pacheco recentemente publicado neste jornal sobre a morte anunciada do MPLA e a problemática do lixo na cidade de Luanda, podem parecer assuntos díspares, mas efectivamente são a constatação empírica da incapacidade congénita do MPLA em ter uma atitude governativa digna e civilizada. Por Carlos Pinho (*) As considerações de Carlos Pacheco, e de outros autores noutras publicações jornalísticas têm, não só, mas principalmente por base os acontecimentos de Cafunfo e muito em concreto, a postura violenta e criminosa da Polícia Nacional de Angola. Recuando no…

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Acção de propaganda da PGR

Para tentar aliviar as críticas, sobretudo internacionais, o procurador-geral da República de Angola, general Hélder Pitta Gróz, anunciou uma manobra de diversão consubstanciada com a divulgação de que foi instaurado um processo-crime para apurar responsabilidades das mortes nos incidentes do passado dia 30 de Janeiro na vila mineira de Cafunfo. Segundo o Jornal de Angola (órgão oficial do MPLA), o anúncio foi feito na quinta-feira, no Lubango (Huíla), à margem do encerramento da primeira reunião anual de balanço das actividades desenvolvidas pela Procuradoria-Geral da República na Região Judiciária Sul. O…

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(Ab)usar e deitar fora

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, exonerou hoje três administradores executivos da petrolífera estatal Sonangol e um não-executivo, o ex-primeiro-ministro, Marcolino Moco, segundo uma nota da Casa Civil do Presidente. Além de Marcolino Moco, nomeado em Janeiro de 2018 por João Lourenço, estão de saída os administradores executivos Josina Baião, Luís Maria e Osvaldo Macaia. Serão substituídos pelos administradores executivos Olga Lukocheka da Silva Sabalo Miranda, Kátia Mariana Siliveli Epalanga Lutucuta e Osvaldo Inácio, e pela administradora não-executiva Bernarda Gonçalves Martins. A administração da Sonangol é presidida por…

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Isabéis “unidas” contra o MPLA

A deputada socialista portuguesa no Parlamento Europeu, Isabel Santos, questionou a posição de Bruxelas sobre a defesa dos direitos humanos em Angola, perante “actos recentes” (assassinatos em Cafunfo), em questões enviadas ao Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell. Está a tardar a posição do Bureau Político do MPLA que, pela vez de Hidulika Kambami (nome indígena de Albino Carlos) virá apontar a empresária Isabel dos Santos (que tanto foi idolatrada pelos novos senhores do Poder) e “círculos portugueses indiciados nos crimes de corrupção em Angola” como principais promotores dessa…

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Afinal quem é o estrangeiro?

O João Melo é um cómico fracassado, muitas vezes demasiado macabro e subserviente aos dogmas de um partido, que variam como o estado do tempo ou as modas do oportunismo que facilita o parasitismo. Ele diz que “há momentos na vida das nações em que o posicionamento individual de cada um, mais do que político e/ou partidário, deve ser ético e moral”. Por Domingos Kambunji Nós, que não temos filiação política e/ou partidária nem disciplina para a militância subserviente, acreditamos que a ética e a moral devem estar presentes em…

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Hidulika Kambami, a voz da porta do MPLA

O MPLA, como lhe compete já que está em causa a sua vida (ou morte), disse não haver qualquer investigação nos EUA à volta do Presidente João Lourenço e acusou “sectores portugueses e angolanos” de estarem na origem de uma “campanha para ofuscar a cruzada contra a corrupção e desacreditar as instituições angolanas”. Fica por saber se o previsível Prémio Nobel da Paz, proposto pelos angolanos de… Cafunfo, estará em perigo. Os portugueses estão em todas. Se calhar até mesmo nos recentes massacres de Cafunfo, tal como estiveram no genocídio…

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UNITA, PRA-JA e BD dão xeque (quase mate) ao MPLA

Os líderes da UNITA (Adalberto da Costa Júnior), do PRA-JA SERVIR ANGOLA (Abel Epalanga Chivukuvuku) e do BLOCO DEMOCRÁTICO (Justino Pinto de Andrade) radiografaram hoje, em conferência de Imprensa, o estado da nação (do MPLA), afirmando que “acompanham com preocupação a tendência do Partido no Poder de mergulhar o país num caos, comprometendo as conquistas políticas, sociais e económicas”. Eis a minuciosa análise conjunta dos três partidos que, desde logo, poderá significar um marco decisivo na evolução do país, pondo o detentor do poder há 45 anos, o MPLA, em…

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Partir e repartir e… ficar com tudo

O líder da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, o maior partido da oposição que o MPLA ainda permite (não se sabe por quanto tempo) em Angola, disse hoje que ainda não foi contactado para debater a questão do gradualismo, o principal impasse para aprovação da proposta de lei que institucionaliza as autarquias locais. A discussão na especialidade da proposta de lei que institucionalizará um dia (quando o MPLA quiser) as autarquias locais sofreu “um interregno” para consulta das lideranças, como admitiu hoje o líder do grupo parlamentar do MPLA, Américo…

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A morte anunciada do MPLA

Os gérmens de decadência no MPLA são perceptíveis. Cafunfo é um sintoma claro da incapacidade de este partido se renovar e democratizar. É hora de os angolanos começarem a chamar as coisas pelos seus próprios nomes. Por Carlos Pacheco Historiador angolano (*) Abala-me olhar para o grande espelho chamado Angola e ver nele novos crimes atrozes apontados ao coração da cidadania e da sociabilidade política. Quando se pensava que as velhas práticas de ilegalidade contra a vida humana no regime do MPLA se tinham moderado depois das fatídicas manifestações de…

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Máscara está (prestes) a cair

Um relatório da consultora Pangea Risk diz que vários dirigentes do MPLA (coisa estranha, não é?), incluindo o seu Presidente (também Presidente da República), João Lourenço, estão a ser investigados nos Estados Unidos da América, o que pode comprometer o financiamento multilateral e restruturação da dívida do país. O documento citado pelo jornal português “Expresso”, datado de 15 de Fevereiro, indica que o novo Presidente dos EUA, Joe Biden, vai dar novo fôlego às investigações, que envolvem João Lourenço, a mulher, Ana Dias Lourenço, e vários parceiros de negócios e…

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