Revolução de conceitos

O mundo está a viver, nos últimos tempos, uma verdadeira “Revolução de Conceitos”, que invadiu as fronteiras de Angola e já não pode ser descurada, principalmente, quando o significado de uma expressão de ontem, pode não ser linear e substantivamente igual à de hoje, ainda que a mesma bifurque num idêntico objecto ou conceito. Por William Tonet A denominação “revolução”, deriva do latim: “revolutio, ónis: acto de revolver”, ganhando corpo nos primórdios do século XV e significando mudança violenta ou rápida de um poder por outro. O filósofo Aristóteles deu-lhe…

Leia mais

Cobardia é cobardia
seja qual for o chefe

Ao que parece, os ortodoxos do MPLA – superiormente dirigidos por José Eduardo dos Santos – não conseguem deixar a todos nós angolanos algo mais do que a pura expressão da cobardia que, entre outras coisas, faz com que milhões de angolanos tenham pouco ou nada, e poucos tenham muitos milhões. Além disso, a esperança que João Lourenço nos mostrou parece esfumar-se na troca de acólitos. A cobardia terá apenas mudado de chefe? Por Orlando Castro Talvez esses génios, os de ontem e os de hoje, os de hoje que…

Leia mais

Marcelo, MPLA, BES e muita treta para enganar tolos

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou hoje a sua presença na tomada de posse do recém-eleito Presidente angolano, João Lourenço, e garantiu nunca se sentir desconfortável quando defende os interesses de Portugal. Será que vai defender o pagamento da dívida no caso BES? Entretanto não se inibe de passar atestados de menoridade intelectual aos angolanos. “N unca me sinto desconfortável quando defendo os interesses de Portugal”, frisou o Presidente português, depois de ser confrontado com acusações do vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, que, em entrevista à…

Leia mais

UNITA come bem e vai fingir
que o MPLA nunca a calará

O maior partido da (suposta) oposição em Angola, a UNITA, anunciou hoje que os seus deputados eleitos nas legislativas de Agosto assumirão os lugares no Parlamento, uma decisão tomada dias depois de o Tribunal Constitucional ter validado as eleições. Tudo normal, tudo de acordo com a vontade do… MPLA. “A ssumiremos os lugares no Parlamento para prosseguir a luta democrática dentro e fora das instituições”, afirmou o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, em conferência de imprensa. Tendo ficado em segundo lugar nas eleições legislativas, a UNITA contestou os resultados e…

Leia mais

Coerência e verticalidade? Isso é para políticos sérios

Está consumado! Como de antemão sabíamos, as eleições foram mais uma simulação onde se gastou imenso dinheiro. O país está na bancarrota, e o povo, como sempre, é quem mais sente o peso da crise criminosamente originada pelo longínquo governo. Por Sedrick de Carvalho Como dissemos no artigo “A coisificação do povo angolano”, aqui publicado em 7 de Abril, a população foi mesmo arrastada aos comícios por partidos políticos num processo de arrastamento que serve apenas interesses eleitoralistas. Um autêntico negócio eleitoral. A transumância humana terminou e quem sairá beneficiado…

Leia mais

CASA-CE rende-se e fala de desforra (talvez) em 2022

O líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, admitiu hoje, em Luanda, a possibilidade de não ser deputado, “apesar de eleito”, afirmando que vai continuar “a servir Angola, fora do parlamento”. Quanto ao resto? O esperado. Comer e calar, não vá o MPLA zangar-se… A posição foi hoje expressa por Abel Chivukuvuku no final da III reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional, na qual foi produzida uma declaração sobre as eleições gerais angolanas, onde a coligação se recusa a aceitar os resultados “ditados pela CNE (Comissão Nacional Eleitoral) em razão de os…

Leia mais

A cobardia de João Lourenço

Ao que parece, os ortodoxos do regime angolano, agora capitaneados por João Lourenço, não conseguem deixar às gerações vindouras algo mais do que a pura expressão da cobardia que, entre outras coisas, faz com que milhões de angolanos tenham pouco ou nada, e poucos tenham muitos milhões. Por Orlando Castro João Lourenço acusou, no Bié, a UNITA, e as suas forças militares, de ter sido responsável pela destruição da capacidade industrial do país durante a guerra, o que cria dificuldades adicionais na criação de emprego para os jovens. Trata-se de,…

Leia mais

Crise, dólares, voto e… Trump

Angola nunca esteve tão mal. Nem mesmo no tempo de partido único e no do pico da guerra, se assistiu a um desnorte e roubalheira descarada, por parte de uma minoria de dirigentes e governantes, ligados ao partido no poder que ocupa desde 1975. Eles, felizmente, para as contas futuras, estão politicamente localizados no mesmo endereço: MPLA, partido no poder, nº 1, largo dos ministérios, Luanda. Por William Tonet Os poucos dirigentes honestos, no seu seio, imunes ao roubo e ao dinheiro da corrupção, são uma espécie em vias de…

Leia mais

O legado de (João) Soares

O MPLA, partido no poder desde 1975 e que, para esse efeito, contou com o apoio decisivo do Mário Soares, recordou hoje o ex-presidente da República de Portugal, ontem falecido, como uma “insigne figura da vida política portuguesa”. Fê-lo, certamente, a muito custo porque com o tempo Mário Soares reconheceu que o MPLA não passava de mais um partido totalitário, ditatorial e cleptómano. Por Orlando Castro A posição do regime angolano está expressa numa curta nota de condolências do Bureau Político do Comité Central do MPLA, liderado pelo também (nunca…

Leia mais

Abel e Isaías, Março de 2012

A UNITA prefere ser salva pela crítica ou assassinada pelo elogio? É a ética que deve dirigir a política? As batalhas ganham-se ou perdem-se por causa dos generais ou por causa dos soldados? Fiz estas perguntas em 8 de Março de 2012. Eis o texto então publicado sob o título “Filhos e enteados da (actual) UNITA”. Por Orlando Castro Os resultados das últimas eleições (e tudo leva a crer que nas próximas será ainda pior) não revelaram propriamente uma derrota da UNITA. Foram, importa que todos o reconheçam, uma humilhação…

Leia mais