“Mesmo que tenha de apodrecer na prisão, não
vou aceitar ser escravo”

Este texto foi publicado no dia 26 de Janeiro de 2010: “O padre Casimiro Congo, defensor da autodeterminação daquilo a que o regime angolano do MPLA chama de província, Cabinda, disse hoje em Bruxelas que vai regressar a Angola, mesmo correndo o risco de ser preso (tal como todos aqueles que contestam as teses do MPLA, porque não aceita “exílios forçados” e quer prosseguir a luta “lá dentro”. Por Norberto Hossi O padre Jorge Casimiro Congo, que tem previsto regressar em breve a Luanda após uma passagem pela Europa, falava…

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Padre Jorge Congo entre quixotismo e pragmatismo

Na fogueira da vida, o sentido é definido por duas forças caracterizadoras: o fumo (sprint), significando o imediatismo, que se esvai no espaço e, a cinza (fundista), retida no chão é portadora da prudência e letalidade, capaz de curar e sujar. Por William Tonet A história do enclave de Cabinda confunde-se com a das reivindicativas elites políticas e intelectuais: mbindas e iombes, umas moderadas, outras radicais, face ao sonho de autonomia ou independência, a conceder ou reconhecer, por parte do governo central. Na falta de diálogo, entre as partes beligerantes,…

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Livre de barriga vazia? Não.
Escravo com ela cheia? Sim.

“Não fui comprado”. É assim que Jorge Casimiro Congo reagiu em declarações à DW e às críticas à sua entrada no Governo de Cabinda. A decisão deixou de boca aberta muitos dos seus companheiros da luta pela independência do enclave angolano. Por Orlando Castro Jorge Congo esquece-se que não basta ser sério. Passou-se para o lado do inimigo de sempre, o MPLA. Se não foi comprado isso significa que se ofereceu, que desertou, que se rendeu, que foi subornado. Independente do qualificativo, certo é que traiu a causa dos Cabindas…

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Assim se vê a força do MPLA
e a fraqueza dos cabindas!

A diferença de Cabinda em relação a Timor-Leste “é o petróleo”. Isto é: “Ambos temos petróleo, mas o nosso já foi distribuído pelos grandes”. “Diante de Deus, de joelhos; diante dos homens, de pé”. “Portugal é o ultimo a falar, não deve ser o primeiro a falar. Portugal é que é o culpado do que acontece em Cabinda. Não nos aceitou, traiu-nos”. Quem disse isto? São afirmações de Jorge Casimiro Congo. Questionado, numa altura em que ainda era Cabinda, sobre se esperava que o problema de Cabinda fosse resolvido de…

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Cabinda. MPLA comprou
Jorge Casimiro Congo

Jorge Casimiro Congo, que foi um emblemático e não menos polémico padre da diocese de Cabinda, foi hoje nomeado e empossado como Secretário da Educação pelo Governador de Cabinda, General Eugénio César Laborinho. Por Franckie Raskal Os Secretários provinciais são os responsáveis locais dos ministérios (designados nas demais províncias como directores provinciais), e esta especificidade constitui a essência do famigerado estatuto especial de Cabinda, cujo hábil arquitecto é Eduardo dos Santos, coadjuvado pelo seu fiel, obsequioso e voluntarioso pedreiro António Bento Bembe. Recorda-se que Jorge Casimiro Congo foi ordenado sacerdote…

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Saharaui, Angola, Cabinda

O ministro dos Negócios Estrangeiros da República Árabe Saharaui Democrática, Ould Salek (foto), solicitou, em Adis Abeba, Etiópia, apoio de Angola na resolução do diferendo que opõe o seu país e o Reino de Marrocos. A experiência angolana é, de facto, relevante. Veja-se o caso de… Cabinda. Por Orlando Castro Em declarações à imprensa, à margem da 32ª Sessão Ordinária da Comissão Executiva da União Africana (UA), Ould Salek disse que Angola tem boas relações com os Estados membros da UA e pode jogar um papel determinante na resolução do…

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Mais tropas em Cabinda só
por causa dos congoleses

O ministro da Defesa de Angola, Salviano Sequeira, disse hoje que a província de Cabinda, do ponto de vista estratégico, precisa do “máximo de atenção” e tropas suficientes para aquela parcela do território angolano. Tudo por culpa dos congoleses já que, tanto quanto parece na óptica de Luanda, a resistência da FLEC não existe. Salviano Sequeira respondia, em Luanda, a questões levantadas por deputados na discussão na especialidade da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, cuja votação final e mais do que óbvia aprovação pelo…

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Nada mudou. Detidos 29 activistas em… Cabinda

Vinte e nove activistas foram detidos, hoje, em Cabinda, quando se mobilizavam para iniciar uma manifestação contra a violação dos direitos humanos, assassinato de civis, corrupção e degradação social. Não, embora pareça, o Presidente de Angola não é José Eduardo dos Santos. É João Lourenço. A diferença parece ser só essa… Ao contrário do que pensava José Eduardo dos Santos e agora pensa João Lourenço, o Povo de Cabinda, embora habituado a sofrer cargas policiais, prisões, agressões, e violações dos seus mais básicos direitos, continua a recusar-se a estar de…

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Cabinda, caso particular ou caso perdido?

A recente visita (7-8/11/2017) do Presidente João Lourenço a Cabinda não pode deixar de suscitar algumas reflexões pertinentes sobretudo para quem procura de forma honesta e objectiva entender o problema de Cabinda. Neste sentido, houve várias reacções na imprensa, nas redes sociais, nos colóquios entre amigos ou companheiros. Por Raul Tati Tive o ensejo de ler e ouvir algumas matérias que praticamente se cingiram ao ineditismo dessa iniciativa presidencial e aos seus aspectos formais e circunstanciais. Há exactamente um mês de distância, vou desfolhear aqui alguns aspectos bem mais profundos…

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E agora deputado Raul Tati?

“É preciso assumir a luta e ir para a frente como foi dito pelo presidente da UNITA, a luta democrática é dentro e fora, por isso estamos prontos a ir para o Parlamento”, afirmou Raul Tati, eleito deputado independente pela UNITA. Se o Povo com fome não escolhe – obedece, já os políticos da oposição escolhem e obedecem. Entre a lagosta no Parlamento de Angola e a mandioca junto do Povo que os elegeu… O antigo vigário-geral da diocese de Cabinda, Raul Tati, liderou com êxito a campanha eleitoral da…

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