Vitória da fraude anunciada

O país está em ebulição com o período eleitoral. Poderia (deveria, até) ser uma festa, mas infelizmente, não é. Está-se perante uma competição importante pois decidirá o futuro de milhões e, futebolisticamente falando, onde uma das equipas tem do seu lado a federação (CNE) o árbitro (Tribunal Constitucional), os fiscais de linha (Polícia e Forças Armadas), tendo por isso rejeitado, categórica e arrogantemente, o vídeo árbitro (órgão eleitoral independente, apartidário e imparcial), como recomenda o art.º 107.º da própria “constituição jessiana”. Por William Tonet Mas, ainda assim, os demais actores…

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Dos Santos e a porta
do cavalo (moribundo)

O Presidente da República, líder absoluto do MPLA, Titular do Poder Executivo, Comandante em Chefe das Forças Armadas, José Eduardo dos Santos tinha tudo para, ao fim de 38 anos de poder absoluto e absolutista (despotismo, tirania, autocracia) sair menos beliscado ou até, com alguma ousadia e mestria, ganhar na recta final o que não conseguiu ao longo de décadas: o epíteto de estadista patriota. Por William Tonet Mas não. Se o poder corrompe, o poder selvático corrompe selvaticamente. E foi esta a opção de José Eduardo dos Santos. Embevecido…

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Votar em consciência sem esquecer promessas de 2012

O cidadão angolano, no dia 23 de Agosto de 2017, vai lançar âncora ao estipulado no art.º 3.º da CRA: “A soberania, una e indivisível, pertence ao povo, que a exerce através do sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas estabelecidas pela Constituição, nomeadamente para a escolha dos seus representantes”. Por William Tonet E é nas eleições gerais, como as que ocorrerão, que os cidadãos autóctones escrutinarão (ou deverão escrutinar) o desempenho daqueles que antes elegeram, para a mais alta magistratura do País,…

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Da bajulação jessiana
à imérita justificativa

Os arautos da bajulação têm-se desdobrado em maratonas justificativas e explicativas, na media governamental e afins, quanto a mais uma violação da CRA (Constituição da República de Angola), no caso, dos artigos 120.º, 129.º, 130.º, 131.º, 132.º, por parte do Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos elevado, partidocrata e legislativamente, a imérito, perdão quiseram que fora emérito. Por William Tonet Uma ou outra não careciam, face aos danos causados à imagem do próprio bajulado. O imerismo é um adjectivo abjecto, originário do latim “immeritus”, que servia para rotular…

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País saqueado pode resvalar para nova guerra

Não sei se acredito. Mas não duvido. Não sei se escrevo. Mas escrevo! Não sei o que é ser, em Angola, político do Povo. Mas sei, que os políticos, principalmente os da oposição, atiraram a toalha ao chão, ante o desvario a que estamos votados, por uma gestão económica irresponsável e de, no mínimo, cariz criminosa. Por William Tonet A oposição cala-se. Não vai à rua. Não se mobiliza. Não protesta. Esconde-se… Reclama e reivindica, em “soft”, regra geral, no conforto das poltronas dos gabinetes com ares condicionados ou refastelados…

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A mentira e o roubo têm endereço bem conhecido

O nome antes de nobreza, erguido pelos nobres povos, com muito suor, lágrimas, ética, moral e honestidade, navega hoje, num fedorento lamaçal face à desmedida ambição de uma clique instalada no poder, pela força das armas, quando a democracia deveria ser, em 1975, a primeira bandeira de um novo regime em Angola. Por William Tonet Hoje, infelizmente, para vergonha colectiva dos angolanos honestos, onde se inclui a maioria que sofre e engrossa os 20 milhões de pobres, o governo do Titular do Poder Executivo, está associado à corrupção, à roubalheira…

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A bestial lei do Presidente emérito

Definitivamente estou abalado. Incrédulo. Abismado. Sem porquê… Simplesmente, por, o quê, do por, desatrelar-se na esquina da lógica racional do politicamente correcto. Os neurónios da tribo política maioritária, de tanta opacidade bajuladora, não tem outro norte, anão ser o voluntário apontar da guilhotina. Por William Tonet Uma guilhotina, célebre por ter, no passado século XVIII, decapitado, o pai do absolutismo francês e mundial Luís XIV, autor da frase: “L’état c’est moi” (O Estado sou eu). Hoje, século XXI, pese a distância temporal, quando a cegueira de uns poucos políticos do…

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É o desvario total

A experiência de vida, de trabalho suado, honrado e honesto, levaria qualquer comerciante avisado (por ser diferente do empresário do regime, que tem dinheiro sem suor), a traçar linhas programáticas para contornar o actual estado económico, que endivida o país, cada vez mais, em obras dispensáveis de betão, como pontes aéreas e trevos, quando as populações das redondezas, carecem de água, luz, cadeiras, cadernos escolares, aspirinas, seringas e luvas nos hospitais públicos. É o desvario total. Por William Tonet O comerciante avisado, o empreendedor comprometido, abandonaria a política dos paliativos,…

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Luxúria dos príncipes
e miséria dos plebeus!

O país está sem pontas, o cidadão desesperado, as empresas a fechar diariamente, o desemprego em alta (como nunca, desde 1975), a economia não despenca, o empreendedor e o empresário não vislumbram uma estratégia de gestão económica, capaz de projectar, com pragmatismo um enfrentar da crise. Por William Tonet O regime do MPLA parece estar a criar condições objectivas para uma grande convulsão social ou o deflagrar de uma nova guerra urbana e ou de guerrilha, com os actos de ostentação de riqueza de muitos dos seus membros e ou…

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Como Neto superou Hitler

Alguém disse que quem está sempre a falar do passado deve perder um olho. Será esse o destino de quem, como eu, não se cansa de falar de um passado que, nesta circunstância, tem 40 anos? É possível que sim. Por William Tonet Conforta-me, contudo, o facto de que esse mesmo alguém terá acrescentado que quem se esquecer do passado deve perder os dois olhos. As vítimas dos massacres do 27 de Maio de 1977 merecem que, se necessário, eu perca os dois olhos e até mesmo a vida como,…

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