Os resultados das últimas eleições em Angola para eleger um “novo” Presidente da República e deputados, no passado dia 23 de Agosto, deixaram um gosto amargo nas hostes do MPLA, partido que desgoverna o país há 42 anos. O caso não é para menos. Por Paulo Queirós Carapinha Durante a campanha eleitoral, líderes e simpatizantes do MPLA apregoaram, até à exaustão, a “presumível” transparência eleitoral em favor dos concorrente que, apesar da fraude, mostraram que os angolanos começam, embora lentamente, a pensar pela própria cabeça. Até agora, para além dos…
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Sipaios portugueses estão
sempre a bajular o… MPLA
O Parlamento português, um autêntico prostíbulo quando a questão é prestar vassalagem à ditadura do MPLA, chumbou hoje um voto de condenação, apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE), da “repressão de activistas” em luta “pela democracia em Angola” numa manifestação em Abril no Cacuaco, na periferia de Luanda. Mais uma palhaçada lusa, sem culpa dos palhaços propriamente ditos. Por Orlando Castro O texto mereceu votos a favor do BE, do deputado do PAN e de 12 deputados do PS, incluindo João Soares, Isabel Moreira, Pedro Bacelar Vasconcelos ou Paulo Trigo Pereira,…
Leia maisRei mandata os sipaios
Paralelamente ao facto de, como fez a troika, a Europa ter decidido, e bem, acabar com os intermediários, o que a leva a debater com Isabel dos Santos a resolução dos problemas de Portugal, os ministros lusos vêm regularmente a despacho (“resolução de autoridade superior sobre pretensões ou negócios”) com sua majestade o rei José de Eduardo dos Santos. Por Orlando Castro Foi isso que o sipaio servil e bajulador ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, veio fazer a Angola. E, sem meias palavras, o perito dos peritos…
Leia maisCulto à medida da Barrica
Os diplomatas da missão angolana em Portugal reconheceram hoje os esforços, sagacidade e perspicácia do embaixador José Marcos Barrica, que se revelaram fundamentais para contornar o ano difícil de 2016. Quem conta a anedota é a Angop. Por Orlando Castro Coisa estranha, não é? Então os funcionários da Embaixada elogiaram o seu chefe? É obra. De há muito que Marcos Barrica, na senda das ordens e exemplos superiores, exige que à sua medida os seus colaboradores o venerem tal como ele faz em relação ao patrão e patrono José Eduardo…
Leia maisO legado de (João) Soares
O MPLA, partido no poder desde 1975 e que, para esse efeito, contou com o apoio decisivo do Mário Soares, recordou hoje o ex-presidente da República de Portugal, ontem falecido, como uma “insigne figura da vida política portuguesa”. Fê-lo, certamente, a muito custo porque com o tempo Mário Soares reconheceu que o MPLA não passava de mais um partido totalitário, ditatorial e cleptómano. Por Orlando Castro A posição do regime angolano está expressa numa curta nota de condolências do Bureau Político do Comité Central do MPLA, liderado pelo também (nunca…
Leia maisMemória para quê?
Será a memória uma arma importante para os jornalistas manterem viva a força da razão, derrotando a cada vez mais poderosa razão da força? É. Mas, também é verdade, há cada vez mais gente a tentar apagá-la. Está a ser uma sobrevivência complicada. Por Orlando Castro E se é assim nos países que são, de facto e de jure, Estados de Direito Democráticos, o que se poderá dizer dos que são, como Angola, um feudo esclavagista apaparicado por todos aqueles que entendem que há terroristas bons e maus, e não…
Leia maisLuvualu a presidente, já!
O desastre – para os acólitos da ditadura de José Eduardo dos Santos – dos debates entre o Embaixador Itinerante, António Luvualu de Carvalho, José Eduardo Agualusa e João Soares, embora tivessem como objecto fulcral a política, são interpretados na óptica vesga, quase sempre cega, daquilo a que o sipaio Jomo Fortunato chama, no Pravda, “valorização positiva dos aspectos civilizacionais da cultura angolana e portuguesa”. Por Orlando Castro Assim, Jomo Luvualu Fortunato de Carvalho, avança na itinerante interpretação da “alma dos dois povos”, procurando demonstrar que sabe contar até 12…
Leia mais“Reinografia” (im)perfeita
No seu discurso que marcou o arranque de mais um ano legislativo, o Presidente da República (no poder há 37 anos e nunca nominalmente eleito), José Eduardo dos Santos, fez uma radiografia perfeita sobre aquilo que é o actual estado do seu reino. Quanto à Nação Angolana, passou ao lado. Por Óscar Cabinda Um reino que é, como o Presidente teve ocasião de bem sublinhar, marcado por uma conjuntura económica adversa, fruto de um contexto internacional desfavorável para quem tem alergia mortal à democracia e ao Estado de Direito. Não…
Leia maisA seita dos 99,6%
O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, reconduzido no cargo com 99,6% dos votos, reiterou hoje no encerramento do VII congresso do seu partido o pedido de disciplina aos militantes do partido no poder em Angola desde 1975 para o cumprimento do programa de governação. Por Orlando Castro “E continuarmos a ser coerentes e levarmos à prática aquilo que prometemos: sermos responsáveis e sempre honestos no cumprimento dos compromissos que assumimos diante do povo angolano”, disse José Eduardo dos Santos numa anedota que, como sempre, foi aplaudida por uma…
Leia maisO estertor do MPLA
O bureau político do MPLA (partido que “só” está no poder em Angola desde 1975) criticou hoje duramente o lançamento em Portugal de um livro sobre aquele partido e o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, queixando-se de uma nova “campanha de desinformação”. Depois de estrebuchar chegou a fase do estertor. Por Orlando Castro Em causa está o livro “Agostinho Neto – O Perfil de um Ditador – A História do MPLA em Carne Viva”, do historiador luso-angolano Carlos Pacheco, lançado publicamente em Lisboa a 5 de Julho, visado no comunicado…
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