O Presidente angolano, João Lourenço, felicitou hoje as mulheres africanas, em particular as angolanas, o “baluarte da educação e sustento das famílias”, destacando o seu papel na luta contra a Covid-19. Poderia acrescentar o papel das nossas Mulheres que, nos últimos 45 anos, são mães de crianças geradas com fome, que nascem com fome e que morrem pouco depois com… fome. Numa mensagem alusiva ao Dia da Mulher Africana, que hoje se assinala, João Lourenço lembrou que o 31 de Julho encontra África mergulhada “num combate difícil contra o avanço…
Leia maisEtiqueta: respeito
Só toda a verdade pode curar as feridas que ainda sangram
«As associações integradas na PLATAFORMA 27 de MAIO, designadamente: a Associação 27 de Maio, a Associação M27 e o Grupo de Sobreviventes do 27 de Maio, levam ao conhecimento da opinião pública Angolana e Internacional o seguinte comunicado: 1. A PLATAFORMA 27 de MAIO tomou conhecimento da aprovação pela Assembleia Nacional, no passado dia 21 de Maio do ano em curso, da lei denominada “Regime Especial de Justificação dos Óbitos ocorridos em consequência de conflitos políticos” 2. A PLATAFORMA 27 de MAIO não pode deixar de manifestar que, embora tratando-se…
Leia maisA nossa identidade
Uma das componentes da doutrina colonial, para além da ocupação militar, a pilhagem da terra e dos homens, o colonialismo tinha também a missão de “civilizar os indígenas” e transformá-los em gente “bem educada”, dócil, obediente e assimilada, capaz de comportar-se como o próprio colono, capaz de falar bem a língua do colono, vestir-se como o colono com a gravata como símbolo da “civilização ocidental”, comer com a ajuda de garfo e faca, abandonar os usos, costumes, língua tradições autóctones. Por Lukamba Gato Fomos todos, uns mais do que os…
Leia maisDecepção!
O Presidente da República, na sua magistratura, conseguiu decepcionar-me, profundamente, com a mais recente rotação (remodelação) ministerial, num momento em que o país vive, um momento sensível. O senhor Presidente tem ou tinha a obrigação, como historiador, de saber, só existir um só povo e uma só nação, no complexado e assimilado conceito do MPLA. Por William Tonet No país plural, somos, orgulhosamente, vários povos e micro-nações (Ovimbundi; Bakongo), que harmoniosamente, coabitam o mesmo espaço geográfico, como casa comum. Nem os colonos portugueses, alguma vez, ousaram, repetidamente, utilizar um refrão…
Leia maisMaio genocídio. Maio Sempre!
Em memória das vítimas do 27 de Maio de 1977, aquelas sem a sublime voz de indignação, mas com história, dignidade e exemplos de verticalidade, nacionalismo e patriotismo, recuso-me consciente e determinadamente a engrossar, mesmo no aplauso, a comissão criada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, para analisar os conflitos armados. Por William Tonet Primeiro, em se tratando da vida humana, a verdade impõe rigor, respeito e imparcialidade, ao que parece, ausente da partidocracia mental do proponente. O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado!…
Leia maisPrivatizar um Estado que
deve ser de todos é crime
A toponímia do actual governo não difere da do anterior, pelo contrário, curou de repristinar o que este tinha de pior, aumentando a dose de raiva, ódio, assassinatos de carácter moral e físico e julgamentos selectivos, contra os adversários internos e externos, para gáudio de uma justiça partidocrata, superiormente capitaneada. Por William Tonet Nessa óptica, o executivo parece fadado em vender o país ao capital estrangeiro, numa cumplicidade com o caos, a fome, o desemprego, a inflação, a alta taxa do câmbio, num apologético crime contra a economia e a…
Leia maisO 11 do 11 nos milhões
de “eu(s)” autóctones
Em cada 11 de Novembro, principalmente depois de 1977, fora ou dentro de Angola, retiro-me, em oração. Converto-me ao budismo, à reflexão, ao isolamento, ao silêncio, para não afastar da mente, o mesmo ódio, dos algozes, que assassinaram, aos milhares (cerca de 80 mil), os meus e nossos camaradas, fisicamente, a mando de António Agostinho Neto, feito herói, exclusivo de Angola, quando “genocidamente” disse: “Não vamos perder tempo com julgamentos”. Elegeu a barbárie como filosofia de Estado, infelizmente. Por William Tonet Com esta abjecta sentença, a partir daquele fatídico dia:…
Leia maisOs intocáveis e tocáveis (“Operação Marimbondo”)
Tal como dito no meu texto anterior (com este mesmo título), os crimes de corrupção, num país que se queira sério, devem ser vistos como ilícitos no futuro, servindo o passado de referência, para o estabelecimento, no presente, de uma linha divisória, que institucionalize: o BASTA! Por William Tonet Neste ínterim, o primeiro procedimento é a organização de um conclave multipartidário, uma espécie de mini-Assembleia Constituinte, onde as ideias de todos, sem exclusão, nem maiorias, lancem mãos visando uma verdadeira reforma da Constituição, da Lei dos Crimes de Corrupção, da…
Leia maisElucubrações dos detractores e o regresso de Montesquieu e Kelsen
Os detractores, quais paladinos da lábia-bajulatória, acusam-me de agir com um manto de maledicência contra o Titular do Poder Executivo. Ledo engano. Uma gota, não faz um oceano. Logo, não sendo ingénuo, tenho noção sobre a minha pequenez neste burilado processo, onde vigora o “lambebotismo”. Por William Tonet Fui um dos mais fervorosos combatentes contra a má gestão do regime do MPLA, capitaneado durante 38 anos por José Eduardo dos Santos e, talvez por isso, os novos bajuladores do templo, esperavam que eu, tendo sido despojado de todos os títulos…
Leia maisQuando se é estrangeiro, ser escravo é o fim da linha
A associação cívica angolana Omunga defendeu hoje “melhor integração” dos imigrantes no país referindo que muitas comunidades, sobretudo africanas, estão privadas do exercício dos seus direitos por “falta de documentos” e com isso “aumenta o número de apátridas”. “É uma situação muito preocupante, a questão da mobilidade, da integração em si dessas comunidades que enfrentam vários problemas […] desde a questão do ensino, da saúde, e muitas vezes eles não conseguem essa integração por falta de documentos”, afirmou hoje o coordenador da Omunga, João Malavindele. Segundo o líder da organização…
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