Vigilância reforçada aos pobres? Não. Esses esperam!

Um décimo dos projectos estatais de construção em curso em Angola vai ser sujeitos a vigilância reforçada devido ao seu impacto económico e social, anunciou hoje o Conselho Nacional de Obras Públicas (CNOP). “N os sectores que são membros do conselho temos cerca de 790 projectos, mas identificamos apenas 83 que são relevantes e de impacto económico e social”, disse o director-executivo do CNOP, António Resende, após uma reunião do órgão de apoio e consultivo do Presidente João Lourenço. Entre os projectos sob vigilância contam-se barragens, estradas, hospitais ou universidades,…

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Médicos querem os governantes tratados
nos nossos hospitais

Mais de cem médicos angolanos (segundo as contas do comité da especialidade do MPLA não eram mais do que dez) marcharam hoje em Luanda para exigir coisas impossíveis num país pobre como o nosso. Não é que tiveram a lata de exigir melhores condições de trabalho e de pedir aos governantes que “experimentem” fazer as consultas nos hospitais públicos de Angola. Os médicos exigiram também a colocação de 1.500 colegas que se encontram no desemprego, no meio de cartazes com frases como “governantes façam consultas nos hospitais públicos”, “exigimos boas…

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Malária e fome = MPLA
MPLA = fome e malária

Com os ensinamentos, entre outras, da “Operação Resgate”, o Governo avança agora com a “Operação Malária”, que durará seis meses em toda a extensão de Luanda e foi lançada no distrito do Rangel, que regista um elevado índice da doença. Só em 2018, contaram-se 1.179.415 casos. Por outras palavras, o Estado/MPLA/Governo (são uma e a mesma coisa) promete agora fazer o que não fez desde que está no Governo, ou seja, desde 1975. Pelo menos 1.080 pessoas morreram vítimas da malária em Luanda, em 2018, uma cifra considerada “elevada” pelas…

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A (des)organização dos candongueiros em Luanda

A desorganização do tráfego rodoviário na capital do país tem constituído, como todos sabemos, obstáculos à mobilidade e consequentemente resultado em perdas financeiras astronómicas para muitas empresas, incluindo as estatais, como, por exemplo, à Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda (TCUL), cuja circulação de autocarros é residual. Por Sedrick de Carvalho No segundo semestre do ano passado, ainda sob a gestão do governador Adriano Mendes de Carvalho, um funcionário do GPL disse publicamente que seria implementado um novo modelo de organização dos táxis que consistia em determinar áreas de operação…

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Há mais de um mês na rua. Não é no Bairro da Jamaica

Dezenas de angolanos, residentes na capital e não no bairro português da Jamaica, no Seixal, estão ao relento há mais de um mês em Luanda, depois de serem retirados de um edifício seiscentista devido às “inúmeras fissuras e risco de desabamento”, criticando o “silêncio das autoridades” quanto ao seu destino. No total são 24 famílias que, desde 7 de Janeiro, se encontram ao relento, no largo do Baleizão, distrito urbano da Ingombota, centro da cidade, depois de as autoridades terem esvaziado o edifício onde funcionou o antigo Colégio Dom João…

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30.500 é mesmo abuso!

Mais de meia centena de angolanos manifestaram-se esta segunda-feira, em Luanda, contra o aumento superior a 900% nos emolumentos para emissão de passaporte, que passaram em Janeiro a custar 30.500 kwanzas (86 euros), exigindo a “revogação urgente” do medida. A denominada “manifestação pública contra a subida de emolumentos dos actos migratórios” decorreu no Largos das Heroínas, centro da capital angolana, sob o lema “30.500 é muito”, com os manifestantes a consideram o preço, face aos anteriores 3.000 kwanzas (8,40 euros), “uma ofensa à pobre condição social” dos angolanos. O aumento,…

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A bala, depois de disparada, nunca mais volta para trás

Apesar (ou talvez por isso mesmo) de todos os apelos e de todos os métodos utilizados, com apelos ao ódio, ao racismo, à estratégia de olho por olho, dente por dente, apenas dez angolanos integraram o grupo que hoje em Luanda pediu “um protesto ao Estado português” por parte de Angola por causa dos incidentes entre polícia e moradores do bairro da Jamaica, no Seixal, alegando que “foram vítimas alguns angolanos”. Os subscritores desta “declaração de tomada de posição”, apresentada hoje publicamente em Luanda, dizem-se “indignados” com os acontecimentos do…

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Recital de poesia “Poeira de Marte”

A partir do dia 17 de Janeiro de 2019 (5ª Feira) pelas 18H30, o Auditório Pepetela do Camões/Centro Cultural Português, em Luanda, vai acolher, mensalmente, o Recital de Poesia “Poeira de Marte”. Nesta 1ª Edição, o Recital terá como Poetas Residentes, José Luís Mendonça, Amélia Dalomba, Lopito Feijóo, António Gonçalves, Cristóvão Neto e Conceição Cristóvão. Como convidados, participarão os jovens Bona Saka, músico compositor e poeta e Elizângela Rita, artista de spoken word. Segundo o promotor, escritor e poeta José Luís Mendonça, o Recital é um “projecto literário humanista e…

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CFL diz não ter dinheiro e o sindicato “decreta” greve

Os trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado, para entre várias outras reclamações reivindicar um aumento em 80 por cento do salário. Administração critica a greve e diz que não tem dinheiro. Em declarações à agência Lusa, o primeiro secretário do Sindicato de Trabalhadores do CFL, José Carlos, disse que a adesão à greve ultrapassou as expectativas, salientando que a paralisação é geral nas províncias de Luanda, Cuanza Norte e Malange, o troço que compreende o caminho ferroviário. José Carlos referiu que apesar da…

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Cemitério de governadores

Ao lermos o requiem esganiçado do Wilson Adão sobre a procissão que conduziu o Rescova para o “cemitério de governadores”, na província de Luanda, vieram-nos à memória duas estórias do nosso percurso profissional, tragicómicas. Por Domingos Kambunji O João Esperto (nome fictício de uma personalidade real) teve sempre uma enorme capacidade para obedecer aos chefes. Estudou, estudou muito e conseguiu concluir com aproveitamento três mestrados e um doutoramento. Não aceitava que o tratassem pelo nome próprio ou por senhor. Exigia que se dirigissem a ele como o Doutor. A sua…

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