Média versus direitos fundamentais

É uma honra poder estar num meio tão distinto como é este da classe jornalística para, entre nós, distantes da visão partidocrata, à qual muitas vezes nos subjugamos, valorar, discutir e aprofundar a doutrina, num dos seus habitat. Por William Tonet (*) Por isso sou impelido a recordar um dos grandes pensadores e filósofo francês (27.02.13 -20.05.2005), Paul Ricoeur: “Aquilo que se pensa ser bom é a ética. Aquilo que se impõe como obrigatório é a moral”. Perguntaram-me as razões de ter aceite participar neste debate. A resposta foi a…

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Activistas exigem liberdade para Magno

Mais de 30 activistas angolanos subscreveram um “manifesto de solidariedade” onde exigem a libertação incondicional do activista António Domingos «Magno». No referido documento, os subscritores afirmam que a situação que o activista Magno enfrenta “é mais uma prova de que a justiça angolana não é autónoma, mas sim dependente do poder político”. Classificando o activista como “mais uma vítima dos abusos da Procuradoria-Geral da República de Angola”, lê-se no manifesto enviado ao F8 que a obrigação de se apresentar de 15 em 15 dias na secretaria da Procuradoria-Geral da República…

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“Duas palavras” de Marcolino Moco sobre William Tonet

“Já não sei precisar há quanto tempo oiço falar e conheço o William Tonet. Terá sido, certamente, depois de decorridos alguns anos sobre a independência de Angola, andava eu nos meus trinta e ele ainda nos vinte anos de idade. Acabava eu de sair das neófitas fileiras juvenis do MPLA, a que aderi, formalmente, depois do 25 de Abril, e William Tonet vinha já de uma longa jornada de nacionalismo vivido ao lado de seu pai, antigo prisioneiro político por sua luta anti-colonial, o Tonet-pai, que viria a ser meu…

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Réquiem pela liberdade de Imprensa

Perante a aprovação do pacote de leis sobre a comunicação social em Angola, a Friends of Angola (FoA), organização da sociedade civil sedeada nos Estados Unidos da América, emitiu uma declaração onde lamenta a acção da Assembleia Nacional e do Executivo. A aprovação das leis é mais um passo no processo de “aprofundamento previsível da opressão”, como caracteriza a organização. Em Setembro, os “amigos de Angola” já tinham denunciado “com preocupação e apreensão” a forma como as referidas leis foram elaborada e como estava a ser conduzida a discussão das…

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Jornalistas dizem Não à mordaça

Foi tornada pública, hoje, uma declaração onde se contesta as cinco leis aprovadas recentemente que vão regular o exercício do jornalismo em Angola. No documento, subscrevido por 16 jornalistas de órgãos de imprensa diferentes, repudia-se a aprovação destas leis e afirma-se “publicamente o não acatamento das mesmas como acto de protesto pacífico”. Na “contestação pública às leis reguladoras do exercício do jornalismo” são apontados alguns factores para o “não acatamento” das leis aprovadas pela esmagadora representatividade parlamentar do MPLA, partido que, nas vestes de Executivo, elaborou as referidas leis. E…

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Estou envergonhado e indignado

Estou indignado e envergonhado. A indignação e a vergonha aumentam todos os dias. Nem o facto de todos os dias existirem motivos para estar indignado e envergonhado ajuda a diminuir o volume da minha indignação e vergonha. Pelo contrário. O nosso Povo merece que esteja indignado e envergonhado e que, com todas as letras, o assuma. E que, com todas as forças, lute para que o país mude. Por William Tonet Envergonhado, como estes senhores que juraram, formalmente, respeitar e fazer respeitar a Constituição e a lei mas que, objectivamente,…

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Dago em Liberdade

Francisco Gomes ‘Dago Nível Intelecto’, o jovem que cumpria pena de prisão desde Março, por ter gritado no tribunal de Luanda que o mediático julgamento de outros 17 activistas era o que todos sabemos que era, foi, uma “palhaçada”, foi hoje libertado, após oito meses de cadeia. “S e fosse hoje voltaria a gritar alto e bom som. E até acrescentaria outras coisas. Porque aquilo não era motivo para eu ser preso, foi um momento de liberdade de expressão”, afirmou Francisco Gomes ‘Dago Nível Intelecto’, em declarações à Lusa, em…

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Memória para quê?

Será a memória uma arma importante para os jornalistas manterem viva a força da razão, derrotando a cada vez mais poderosa razão da força? É. Mas, também é verdade, há cada vez mais gente a tentar apagá-la. Está a ser uma sobrevivência complicada. Por Orlando Castro E se é assim nos países que são, de facto e de jure, Estados de Direito Democráticos, o que se poderá dizer dos que são, como Angola, um feudo esclavagista apaparicado por todos aqueles que entendem que há terroristas bons e maus, e não…

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Jornalistas bons são jornalistas… mortos

O secretário-geral da Amnistia Internacional (AI) afirmou hoje que a organização de defesa dos Direitos Humanos “está muito preocupada” com a pressão sobre a imprensa exercida em países da CPLP como Angola, Moçambique ou Guiné Equatorial. A sério? Pressões sobre a imprensa? Por acaso perguntaram a José Eduardo dos Santos, Filipe Nyusi e Teodoro Obiang se essas informações correspondem à realidade? Vê-se logo que não perguntaram. E essa omissão significa, no caso angolano, tentativa de rebelião e um crime contra a segurança do Estado. “Estamos a monitorizar Angola muito atentamente.…

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Ministro amordaça a APIEX

Os administradores da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX) foram proibidos pelo ministro do Comércio de Angola, Fiel Domingos Constantino, de prestar declarações aos jornalistas. É uma (mais uma) prova de democracia do regime de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos. A medida, sem adiantar qualquer explicação sobre o seu teor, consta de um despacho de final de Setembro, assinado por aquele ministro, tendo já entrado em vigor. “Doravante, fica condicionado à autorização prévia e expressa do ministro da tutela, todo e qualquer…

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