Os independentistas da FLEC-FAC apelaram hoje, em comunicado, à “paralisação total” no enclave de Cabinda nas eleições gerais de 23 de Agosto, em Angola, afirmando que “cada cabinda que colocar um voto” assume “que é angolano”. O apelo consta de um comunicado disponibilizado hoje e assinado pelo seu porta-voz, Jean Claude Nzita, no qual a direcção político-militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas Cabindenses (FLEC-FAC) afirma que as eleições de 23 de Agosto são do “país ocupante”. “Votar em Cabinda nas eleições de Angola de…
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Do federalismo do PRS
às novas capitais da APN
Enquanto o cabeça-de-lista do Partido de Renovação Social (PRS) às eleições gerais angolanas de 23 de Agosto, Benedito Daniel, promete, em caso de vitória, realizar um referendo para consultar os angolanos sobre a instituição de um modelo federal no país, o seu homólogo da Aliança Patriótica Nacional (APN), Quintino Moreira, afirma liderar o partido que mais cresce em Angola, tendo angariado 650 mil membros em ano e meio de actividade. Falando à margem de uma acção de campanha em Luanda, o candidato e líder do PRS apontou esta solução federal…
Leia maisOdebrecht e MPLA?
Corrupção, é claro
O Governo angolano vai entregar a operação e manutenção de três barragens aos brasileiros da Odebrecht, por mais de 830 milhões de euros, conforme despacho do Presidente, José Eduardo do Santos, de 1 de Agosto. E se, no dia 23, a Oposição ganhar? Pois é. Terá, teria, de cumprir rigorosamente o que sua majestade assinou, vinculando o Estado. Segundo o documento, o contrato com a construtora brasileira prevê a “operação e manutenção” das centrais hidroeléctricas de Cambambe e de Laúca – que a Odebrecht construiu este ano -, bem como…
Leia maisVenezuela, Angola e a lata “bolivariana” de Portugal
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, diz que a Venezuela tem de regressar à “normalidade constitucional” e ao “respeito pelos direitos humanos e pela separação de poderes”. Se não fosse o drama dos venezuelanos, seria caso para condecorar Augusto Santos Silva. Por Óscar Cabinda Porque será que Portugal exige a “normalidade constitucional” e o “respeito pelos direitos humanos e pela separação de poderes” na Venezuela e, com uma criminosa lata e desfaçatez bolivariana, não diz o mesmo sobre Angola, o reino seu amigo José Eduardo dos Santos, onde a…
Leia maisGarantida a vitória, MPLA soma negócios e promessas
O Governo angolano, que deveria estar em gestão corrente dado o período eleitoral e a eventualidade (obviamente apenas académica) de o MPLA deixar de ser governo ao fim de 42 anos de poder absoluto, atribuiu nos últimos dias a construção de milhares de habitações em novas centralidades a distribuir por três províncias, num negócio global (incluindo contribuições para a corrupção) de mais de 100 milhões de dólares (cerca de 88 milhões de euros). Em causa estão três despachos presidenciais autorizando a contratação dos projectos e construção destas verdadeiras cidades edificadas…
Leia maisVitória da fraude anunciada
O país está em ebulição com o período eleitoral. Poderia (deveria, até) ser uma festa, mas infelizmente, não é. Está-se perante uma competição importante pois decidirá o futuro de milhões e, futebolisticamente falando, onde uma das equipas tem do seu lado a federação (CNE) o árbitro (Tribunal Constitucional), os fiscais de linha (Polícia e Forças Armadas), tendo por isso rejeitado, categórica e arrogantemente, o vídeo árbitro (órgão eleitoral independente, apartidário e imparcial), como recomenda o art.º 107.º da própria “constituição jessiana”. Por William Tonet Mas, ainda assim, os demais actores…
Leia maisEleições de Agosto de 2017 foram livres e exemplares
A União Europeia não vai enviar a missão de observadores às eleições (isto é como quem diz) gerais angolanas, tal como aconteceu no acto eleitoral de 2012. Deverá enviar apenas uma pequena (e inútil) missão de peritos. Ou seja, a UE nem… nem sai de cima. Assim, com uns tantos “peritos”, não se compromete e joga em vários tabuleiros. Diz a UE que não chegou a acordo com o Governo para o envio dos observadores. É natural. O Governo de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos temia que,…
Leia maisFraude de cebolada
O saco de truques com que o MPLA alcançará a vitória nas próximas eleições tem muitas camadas, como a cebola. Primeira camada (a óbvia): o MPLA capturou o Estado. Não é só a Comissão Nacional Eleitoral e toda a organização da votação que está nas mãos do Governo, é toda a poderosa máquina do Estado com a sua capacidade de mobilização (e pressão) que é colocada ao serviço de uma campanha amplamente servida de meios públicos. Por João Paulo Batalha (*) Na verdade, no terreno, Angola não é uma democracia…
Leia maisO diabo esteja convosco
– Ele está no meio de nós!
A associação cívica angolana Handeka informou hoje que está a monitorizar o tempo de antena dado pelos media às candidaturas às eleições gerais de 23 de Agosto, denunciando o óbvio e esperado favorecimento do MPLA no arranque da campanha eleitoral. Se assim não fosse seria sinal de que Angola era o que nunca foi nos seus 42 anos de independência: uma democracia e um Estado de Direito. Segundo o activista Luaty Beirão, daquela associação, esse acompanhamento está a ser feito pelo projecto “Jiku”, com voluntários em todo o país, e…
Leia maisSeis razões para os cabindas não votarem
São, em resumo, seis razões que devem motivar o povo de Cabinda a abster-se nas eleições angolanas de 23 de Agosto. A única maneira de construir o nosso futuro é de permanecermos nós mesmos em todas as circunstâncias, afirmar sempre o que somos, com a nossa história, cultura e identidade. Por Osvaldo Franque Buela (*) 1.Ao longo dos 42 anos de ocupação, de integração forçada e brutal de Cabinda em Angola, realçando a uma longa guerra de resistência que os angolana nos impõem desde 1975, não é a primeira vez…
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