Entre Ulika Paixão Franco
e João Gonçalves Lourenço

Propomos aos leitores do Folha 8 que analisem estes dois textos. Falam de coisas diferentes mas, do nosso ponto de vista, revelam duas posturas relevantes para a angolanidade. Além disso, as palavras voam mas os escritos são eternos e estes poderão, um dia (quando Angola for o que ainda não é – um Estado de Direito), ajudar a escrever a História de todos nós e não apenas, como agora, a história de alguns de nós. Ulika Paixão Franco: “Aos jornalistas que me conhecem ao ponto de não me entenderem como…

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Os democratas da Vigésima Quinta Hora

A Polícia do Huambo, Bié, Lunda Sul… diz que a criminalidade está a aumentar. O Manuel Rui Monteiro diz que em Angola vive-se em segurança e que até viajou, durante a noite, para uma província do Norte sem qualquer incidente. Por Domingos Kambunji 1- Viajar durante a noite é a melhor maneira para evitar ver os enormes buracos que existem na estrada da demagogia e da violação dos direitos humanos, construída pelo MPLA em Angola, durante demasiadas décadas. O Manuel Rui Monteiro, de facto, está muito habituado a viajar durante…

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Infame cobardia de quem
se julga dono de Angola!

A conferência de imprensa, em Lisboa, do Presidente João Lourenço, foi hoje interrompida por uma órfã dos massacres, ou genocídio, do 27 de Maio de 1977, que tentava recitar um poema em memória dos pais, vítima da repressão ordenada por Agostinho Neto, presidente do MPLA. Por Orlando Castro (*) O Presidente angolano, João Lourenço, permitiu a intervenção, mas não autorizou que declamasse o poema, considerando, pouco depois, questionado pelos jornalistas, que o caso de 27 de maio de 1977 é “um dossiê delicado” que ainda apresenta “feridas profundas” na sociedade.…

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A luta continua!

O advogado Miguel Francisco, “Michel”, sobrevivente do massacre de 27 de Maio de 1977 levado a cabo pelo MPLA de Agostinho Neto e em que foram mortos muitos milhares de angolanos, disse hoje que o Estado deve admitir que a repressão foi uma “barbaridade” e não apenas “excessos”, como admitiu no fim-de-semana o ministro da Justiça. Em declarações à agência Lusa, em Luanda, o autor do livro “Reflexão: Racismo como cerne da Tragédia do 27 de Maio” referiu que este reconhecimento, por parte do Governo angolano, deveria já ter surgido…

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Reconciliação nacional

Acabámos de ler um artigo onde é citado o investigador angolano Eugénio Costa Almeida, defendendo uma comissão de reconciliação nacional sobre os fuzilamentos do 27 de Maio. Apoiamos a sugestão mas consideramos que ela peca por defeito. Por Domingos Kambunji Algo de muito importante já se iniciou em Angola no sentido de reconhecer o mérito para a independência nacional de verdadeiros heróis da nossa terra, nas homenagens do dia 11 de Novembro deste ano. Todavia pensamos ser hipocrisia a ideia de colocar esses heróis num patamar igual ou inferior ao…

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Histórias há muitas,
verdades há só uma

O Governo angolano, que desde 1975 sempre foi do MPLA, admite agora “excessos”, com “execuções e detenções sumárias” em 1977, por ocasião dos massacres de milhares e milhares de angolanos no genocídio do 27 de Maio. Excessos. Não mais do que excessos. Certamente de pequena monta. O MPLA pode, e assim tem feito, contar várias versões da História. Quanto à verdade, que só tem uma versão, ainda não a consegue assumir. Lá chegaremos quando Angola for o que ainda não é, um Estado Democrático de Direito. O Governo do MPLA…

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“Sabes quantos morrem no
27 de Maio?”, perguntou um dirigente do MPLA a Tchizé

Américo Kuononoka, líder do grupo parlamentar do MPLA, partido no poder em Angola desde 1975, rejeitou hoje qualquer “problema de fricção” entre os seus membros, referindo que todos os militantes estão com a direcção neste “momento histórico” que o país vive. Fazem bem. É que, todos os anos, em Maio, existe o dia 27. E já recordam esta data a Tchizé dos Santos que, diz, sofreu “intimidações em plena reunião plenária” da Assembleia Nacional. Américo Kuononoka falava em conferência de imprensa, em que anunciou a realização das II jornadas parlamentares…

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Porco com lábios pintados continua a ser um… porco

Uma das principais funções do jornal da Angola do MPLA é a de papel higiénico da escatologia imposta pelo MPLA durante demasiadas décadas. A entrevista a Irene Neto, tentando humanizar Agostinho Neto, é uma dessas actividades escatológicas. Por Domingos Kambunji Antes de desenvolvermos este tema, queremos relembrar a todos os angolanos de que da lista de mais de centena e meia de angolanos que morreram recentemente de fome no Bié não faz parte nenhum familiar de Agostinho Neto ou da sua filha Irene Neto. Agora vamos directamente ao assunto que…

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Luther King, Mandela, Gandhi? Não. Apenas Neto

A necessidade de maior divulgação da vida e obra de Agostinho Neto, para merecer o devido reconhecimento da juventude, foi defendida, em Luanda, pelo chefe da Educação Patriótica do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Baltazar Diogo. Tem toda a razão. Importa não esquecer, pelo contrário, o papel de Neto nos massacres de 27 de Maio de 1977. O oficial falava durante uma visita ao Memorial António Agostinho Neto, enquadrada na jornada do 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional do MPLA, levada a cabo pelo Estado Maior…

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Processos de Vicente e do
27 de Maio ficarão juntos

O chefe do Estado do MPLA disse que Luanda ainda aguarda o envio do processo judicial envolvendo, na altura dos factos, o Presidente da Sonangol, Manuel Vicente, por Portugal, mas assume aguardar a visita do primeiro-ministro. Por Orlando Castro João Lourenço espera, por isso, que António Costa aproveite para devolver também todos os processos que envolvem personalidades angolanas. Abre, contudo, uma excepção: se houver processos que envolvam figuras que não sejam do MPLA, então esses podem ser julgados em Lisboa. Bem que o governo português poderia, com extrema facilidade, fazer…

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