No fundo… nada muda

O regabofe vai no adro, com a companhia em enredo novo, mas sem mudar a indumentária, na vã tentativa de hipnotizar a plateia, mostrando um carneiro no lugar de lobo. Por William Tonet No fundo nada muda, quando a mudança atrapalha a mente de quem devia fazer mais pelo cidadão mas, antipatrioticamente, concentra a geografia no seu umbigo, roubando os milhões de dólares dos milhões de pobres, que sobrevivem com menos de 2 dólares/dia. É uma porra, quando, uma elite corrupta, insensível, no comando do país, goza permanentemente com os…

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Estou envergonhado e indignado

Estou indignado e envergonhado. A indignação e a vergonha aumentam todos os dias. Nem o facto de todos os dias existirem motivos para estar indignado e envergonhado ajuda a diminuir o volume da minha indignação e vergonha. Pelo contrário. O nosso Povo merece que esteja indignado e envergonhado e que, com todas as letras, o assuma. E que, com todas as forças, lute para que o país mude. Por William Tonet Envergonhado, como estes senhores que juraram, formalmente, respeitar e fazer respeitar a Constituição e a lei mas que, objectivamente,…

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Mentira do regime

O país continua a viver de mentiras partidocratas e vigarices inconstitucionais, capitaneadas por uma clique de bajuladores, que tem como bússola, os seus caprichos umbilicais, que só sabem conjugar o verbo bajular: eu bajulo, tu bajulas, nós bajulamos. Por William Tonet E, regra geral, bajulam mais do que o bajulado, muitas vezes, necessita, ao ponto de o ridicularizarem, como no caso da nomeação da engenheira Isabel dos Santos (filha), pelo seu pai, titular do poder executivo, engenheiro José Eduardo dos Santos. Vamos aos factos. MENTIRA: poder o titular do poder executivo…

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Falta-nos um Mandela

As comemorações do dia da independência nacional, 11 de Novembro, continuarão privatizadas pelo MPLA, que se arvora ser o único representante dos angolanos, desde 1975. Por William Tonet O percurso desta gestão teve aspectos positivos, poucos, mas honra seja feita, muitos negativos, ao longo destes 41 anos, onde nem mesmo Agostinho Neto, apresentado como fundador da nação do MPLA, teve a latitude mental de, em função das especificidades dos vários povos, que habitam o território, elaborar um “projecto – país”, capaz de reunir as várias sensibilidades culturais, tradicionais e linguísticas…

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Nascimento, guerra e paz

A actual Angola, medianamente dirigida, nos últimos anos, pelo MPLA, nasceu como República Popular, em 11 de Novembro de 1975, dividindo os angolanos, com a instauração de um regime de viés comunista, sectário, autoritário e discriminador, orientado para eliminar todos quanto não aderissem à ideologia dominante. Por William Tonet Os slogans: “o MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA” ou de “Cabinda ao Kunene, um só povo uma só Nação”, são a emanação de uma visão umbilical parcial, exclusivista e impostora do unanimismo. Isto, por a realidade…

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Gravidade (política) invertida (II)

Comparações fúteis e, de falsidade em falsidade, surge a pérola de que “Angola está a lidar com a crise melhor do que outros países. Exemplos disso são a baixa progressiva dos preços dos bens essenciais, da inflação e da taxa de juros; a recuperação da actividade das empresas e dos níveis de emprego”. Por William Tonet Haja coração, para tanto desencontro com o país real, onde os preços dos bens essenciais aumentam todos os dias, a taxa de juros está em espiral e não existe recuperação das empresas e do…

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Gravidade (política) invertida

Poxa! O ambiente nunca esteve tão crispado depois do dis(curso) de José Eduardo dos Santos, considerado dos piores do seu longevo consulado, por descontextualizado da realidade. Dizem, os mais próximos, ter sido eloquente mensagem à nação. Qual nação? Por William Tonet Talvez confundam a umbilical naçãozinha do MPLA, circunscrita a obtusa partidocracia governante, analfabeta quanto ao verdadeiro significado de tão nobre conceito, cujas lianas mentais ultrapassam os limites físicos de um território. A nação é um conceito mais sociológico, linguístico, cultural, andarilho (navegante), se melhor o quisermos identificar, com as…

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Não se nasce corrupto,
eles fazem-se dirigentes

Os partidocratas, há mais de 40 anos, não têm soluções, não têm estratégia, não têm um programa sério para combater a crise, que a sua própria incapacidade gerou. Por William Tonet Não é honesto apontar a baixa do preço do petróleo, como a exclusiva responsável pela actual situação económica e social dos angolanos, quando uns poucos se fartaram de roubar. Roubar a granel, para não falar, mafiosa e anti-patrioticamente… Honesto é reconhecer a forma depravada, como o erário público foi, e está a ser, institucionalmente, delapidado, por um grupo, cada…

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Nada muda sem ousadia

O tempo, infelizmente, corre contra os sonhos e aspirações da maioria autóctone, primeiro por falta de ousadia patriótica de quem dirige, segundo, pela persistência casmurra em políticas sócio-económicas erradas. Por William Tonet Os auto-denominados revolucionários que, unilateralmente, proclamaram a independência nacional, em 1975, converteram-se de proletários em proprietários, mais vorazes que os próprios capitalistas que diziam combater. Nunca o fizeram! Daí que de 1991 a esta parte, pese a adopção da economia de mercado e democracia multipartidária, o regime não se desprendeu da lógica do controlo absoluto da sociedade e…

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Enterremos o passado sanguinário

Os três maiores partidos políticos angolanos: UNITA, MPLA, CASA-CE, realizaram os respectivos congressos, visando afinar a máquina para 2017, mas todos têm ciência de pairar no ar o clima da suspeição e desconfiança, inspirado na tese comunista de monopólio da sociedade. Por William Tonet Estes actores, infelizmente, cada um ao seu nível, não acreditam na lisura do processo preparatório, conduzido pelo MAT (Ministério da Administração do Território), em flagrante violação a Constituição, que delega o registo oficioso à Comissão Nacional Eleitoral, enquanto órgão independente. Feliz, ou infelizmente, este MPLA, descaracterizado,…

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