Cidadania é crime

As autoridades angolanas (leia-se do MPLA há 45 anos) “devem garantir os direitos dos manifestantes de exercerem a liberdade de expressão e de reunião pacífica”, protegidos pela Constituição angolana (um documento que é usado como muito bem quiser o Governo, o MPLA e o Presidente), sublinhou hoje a Amnistia Internacional, em vésperas de várias manifestações convocadas em Angola e em que só foram autorizadas as de apoio ao MPLA. Estão agendadas para esta quarta-feira, dia 11 de Novembro, data da independência e do 45.º aniversário de Angola, várias manifestações em…

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O MPLA é Angola, Angola é (d)o MPLA

O Bureau Político do MPLA, partido no poder em Angla há 45 anos, apelou hoje a todos os angolanos (de primeira, os únicos autorizados a manifestarem-se) a participarem “de forma patriótica” (ou seja, curvados e com trela) nas actividades comemorativas dos 45 anos da independência do país, esta quarta-feira. Numa declaração alusiva ao 45º aniversário da independência nacional, o Bureau Político do MPLA enalteceu as conquistas alcançadas ao longo do percurso histórico de Angola, tudo graças ao MPLA. Reconheça-se que a história do MPLA começa há centenas de anos, já…

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Os deuses do reino

O Presidente angolano criticou hoje quem está a tirar proveito político da actual situação mundial, “que não foi criada pela boa ou má actuação dos governos”, lembrando que as medidas adoptadas se destinam a salvar vidas. Afinal o que tem feito João Lourenço a não ser aproveitar politicamente a pandemia para justificar a incompetência governativa? Por Orlando Castro (*) João Lourenço expressou a posição numa mensagem à nação, durante uma cerimónia que serviu igualmente para homenagear categorias profissionais que se têm destacado na luta contra a pandemia de Covid-19. O…

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Esburacar o… buraco

A analista da Capital Economics, Virág Fórizs, que segue a economia angolana considera que apesar das tentativas do Governo (o mesmo desde há 45 anos) para reduzir a dependência económica do sector petrolífero “é difícil ver como Angola vai conseguir sair do buraco”. A questão é que o MPLA em vez de tentar sair… aposta tudo em tornar o buraco ainda mais fundo. “O s preços baixos do petróleo vão não apenas impedir os cofres do Governo de se encherem, o fluxo de investimentos estrangeiros pode também secar, já houve…

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Feriado é sinónimo de dia útil

O Governo Provincial de Luanda (GPL), sob a superior orientação da dupla JL (Joana Lina e João Lourenço), rejeitou a realização da manifestação agendada para quarta-feira, feriado em que Angola celebra o Dia da Independência, alegando que o horário não é permitido, fazendo uma emblemática referência aos dias úteis, entre outros motivos. Na segunda-feira, Dito Dali, um dos organizadores da marcha que pretende exigir coisas que se enquadram, segundo o MPLA, numa tentativa de golpe de estado e atentado à segurança nacional: melhores condições de vida e eleições autárquicas em…

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Cheira a estado de guerra

O director da consultora EXX Africa disse hoje à Lusa que as reformas em Angola poderão ser adiadas devido à crise económica e aos protestos violentos das últimas semanas, o que afecta as relações com o Fundo Monetário Internacional. Juntando a isso a pandemia de Covid-19, eis que o MPLA fica com luz verde para inventar a necessidade de declarar o estado de guerra. Vejamos o que diz o Artigo 58.º da Constituição de Angola (Limitação ou suspensão dos direitos, liberdades e garantias): 1. O exercício dos direitos, liberdades e…

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Olha que não!

O activista Luaty Beirão disse hoje que a proibição da marcha prevista para quarta-feira, Dia da Independência de Angola, carece de fundamento legal e sublinhou que o governo também é obrigado a cumprir as leis. “Olha que não, olha que não”. Isso de o governo ter de cumprir a leis é só nas democracias, nos Estados de Direito. “N enhum dos argumentos apresentados pelo governo provincial [de Luanda] serve de justificação para impedir a manifestação, para além de que teriam 24 horas para o fazer”, disse à Lusa Luaty Beirão,…

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Só se for do… MPLA

O Governo Provincial de Luanda, sob as ordens superiores de Joana Lina, proibiu a manifestação prevista para quarta-feira, organizada por jovens activistas, que mantêm a intenção de sair à rua para protestar contra o elevado do custo de vida e pedir eleições autárquicas em 2021. E se fosse para apoiar as medidas do Governo? Aí seria diferente. Em declarações à agência Lusa, Benedito (Dito) Dalí, um dos promotores da marcha, prevista para quarta-feira, dia em que se assinalam os 45 anos de independência de Angola, disse que a proibição foi…

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Honra não permite fugir ao desafio e à provocação

Nos últimos dias temos sido confrontados com uma série de questionamentos e provocações, vindos de pessoas “politicamente maldosas”, com pitadas de gindungo de kaombo, acusando-nos de parcialidade, “pois nuns casos estás sempre a condenar o combate do Presidente da República, aos crimes de corrupção, a brilhante actuação da PGR, o desempenho do Tribunal Constitucional, as acções sociais da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, o enfraquecimento do director do gabinete do presidente, Edeltrudes Costa, mas, noutros casos proteges o teu amigo Abel Chivukuvuku e os jovens arruaceiros, das manifestações”, atira a pedra…

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Milhões com pouco,
poucos com milhões

O gestor António Costa e Silva, o angolano (nasceu em Nova Sintra – Catabola, Bié) que o primeiro-ministro português (António Costa) chamou para desenhar a estratégia económica de Portugal para a década, afirma que Angola caiu numa “armadilha” e, dos biliões das receitas petrolíferas “nada ficou para os angolanos”, 45 anos depois da independência. E quem governou nestes 45 anos? Apenas e só o MPLA. Para António Costa e Silva, a centralização do poder, a que a guerra obrigou, combinada com “um boom de receitas do petróleo” logo a seguir…

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