O activista Luaty Beirão confessa ter ficado surpreendido pelo impacto internacional da greve de fome de 36 dias que fez há um ano, admitindo que chegou a recear morrer e ironizando que só faltou o Vaticano pronunciar-se. “F “Fiquei completamente estupefacto com o nível quase pornográfico que essa coisa [greve de fome] tomou. Só faltava o Vaticano pronunciar-se. Chegou às Nações Unidas, à Secretaria de Estado do Governo do Obama. Chegou a um ponto tal que já não faltava mais nada, a não ser o Governo [angolano] ceder”, recordou o…
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Os 17 activistas angolanos condenados a penas de prisão por – entre outras farsas – suposta e nunca provada rebelião realizam na quarta-feira uma conferência de imprensa para explicarem o “encarceramento bárbaro” que viveram e que, como se sabe, faz parte do ADN do regime de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos. Por Orlando Castro O evento vai acontecer no mesmo dia em que arranca o congresso do MPLA para reeleição de José Eduardo dos Santos. É, aliás, uma justa homenagem ao “querido líder”, ao “escolhido de Deus”…
Leia maisOito anos de prisão preventiva por ter o “nome sujo”
Dissengomoka William “Strong”, de 27 anos, completa amanhã, 23 de Julho, oito anos em prisão preventiva. Está detido desde 2008, porque, segundo os agentes policiais que o detiveram, “tem o nome sujo”. Por Rafael Marques de Morais Há dias, o Controlo Penal do Estabelecimento Prisional de Viana, onde se encontra, informou-o de que o seu processo “desapareceu”. Strong é aquilo que nos meios policiais se considera como o “preso privado” de alguém poderoso, que paga, ou da Polícia Nacional. Faz-se “desaparecer” o processo para prolongar a detenção, porque até mesmo…
Leia mais“Dos Santos já não faz nada de positivo para Angola”
Entrevista com Sedrick de Carvalho. Desde a Independência, proclamada 11 de Novembro de 1975, que o regime que lidera a República de Angola desde então usa o pretexto de “tentativa de golpe de Estado” sempre que pretende livrar-se física ou politicamente de um opositor, seja este do interior ou exterior ao partido MPLA. Por Antunes Zongo Foi assim em 1977, na chamada “Purga de 27 de Maio”, e sequencialmente surgiram outros casos, até chegarmos ao célebre processo do chefe do SIE, Fernando Garcia Miala, que igualmente foi acusado de tentativa…
Leia maisA luta continua.
A vitória é certa
Os 17 activistas angolanos condenados a penas de prisão por suposta e nunca provada rebelião e libertados por decisão do Tribunal Supremo realizam quarta-feira, em Luanda, uma conferência de imprensa para, dizem, explicar o “encarceramento bárbaro” que viveram no último ano. Os activistas, detidos a 20 de Junho de 2015, foram condenados em 28 de Março último a penas entre 2 anos e 3 meses e os 8 anos e meio de prisão, também por suposta associação de malfeitores, tendo sido libertados a 29 de Junho, na sequência de um…
Leia maisVoo por cima de um ninho de revús
O Folha 8 inicia hoje uma série de entrevistas sobre o que pensam os Revús. E, para começar, eis a opinião de Nuno Dala, por muitos considerado “a arma secreta do grupo”. Por António Setas À semelhança do que se passou com a selecção de Portugal no decorrer do Euro 2016 de Futebol, em que o herói dos vencedores lusos foi um negro da Guiné-Bissau, o Eder, por assim dizer desconhecido do público em geral e apelidado “patinho feio” entre os seus camarada da selecção, o Folha 8 escolheu o…
Leia maisAo Estado o que é do Estado e ao Povo o que é do Povo
As mães de 17 activistas angolanos, condenados por suposta e nunca provada rebelião e libertados provisoriamente na quarta-feira, iniciaram uma campanha internacional de recolha de fundos exclusivamente para pagar os uniformes prisionais dos filhos, agora acusados da sua destruição. Em causa estão frases de contestação ao Presidente (nunca nominalmente eleito e no poder desde 1979) José Eduardo dos Santos, ao sistema judiciário e à governação o país (a mesma desde 1975), que os 15 activistas (duas jovens só foram conduzidas à cadeia após a condenação) escreveram nos uniformes dos serviços…
Leia maisE a carta desapareceu (só podia!) em combate
O director dos Serviços Penitenciários do regime de Angola, António Fortunato, disse hoje desconhecer a carta em que 12 activistas angolanos solicitam transporte para o Tribunal Supremo, caso o ‘habeas corpus’ para a libertação não seja entretanto decidido, não se comprometendo com essa pretensão. António Fortunato falava à agência Lusa depois de conhecido publicamente o teor desta carta, na qual 12 dos 17 activistas, detidos no Hospital-Prisão de São Paulo (HPSP), anunciam a intenção de ir ao Tribunal Supremo, em Luanda, a 5 de Julho, questionar sobre o ‘habeas corpus’…
Leia maisRegime espanca mulheres Revús
As duas únicas mulheres do caso dos 15+2 jovens activistas que o regime angolano primeiramente acusou de tentativa de golpe de Estado e atentado contra o presidente José Eduardo dos Santos, e posteriormente condenou por actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores, foram espancadas por dezenas de reclusas no domingo, 8 de Maio, sob a cumplicidade a agitação das guardas prisionais. As duas activistas, Rosa Kussu Conde e Laurinda Manuel Gouveia, vítimas de um julgamento político, estão encarceradas na cadeia feminina da Comarca de Viana, cuja directora é Filomena…
Leia maisPrisão de activistas é sinal de fraqueza
O autor do livro, cuja leitura adaptada levou à condenação de 17 activistas angolanos por uma vasta panóplia de supostos crimes, considera que o “regime angolano está enfraquecido”, como indicia a “prisão de adolescentes”. Olivro “From Dictatorship to Democracy” foi publicado em 1993 para o Movimento Democrático da Birmânia após a detenção de Aung San Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz, tornando-se no trabalho mais traduzido e divulgado de Gene Sharp, a nível mundial. A mensagem central do livro indica que o poder das ditaduras baseia-se na “obediência voluntária” das…
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