O programa de (suposta) protecção social angolano “Kwenda” beneficiou, desde 2020, mais de 610 mil famílias em situação de extrema vulnerabilidade, permitindo-lhes “fazer face a necessidades básicas e imediatas”, divulgou o Governo. Recorde-se que, para pouco mais de 34 milhões de angolanos, existem 20 milhões de pobres. uma nota do Conselho de Ministros, durante o qual foi hoje apresentado um balanço da aplicação do Programa de Fortalecimento da Protecção Social “Kwenda”, o governo refere que “o Conselho de Ministros constatou que a recepção regular e previsível de valores monetários pelos…
Leia maisEtiqueta: sobrevivência
A NECESSIDADE AGUÇA O ENGENHO
Entre mortes, destruição e marés de lixo, as chuvas torrenciais que têm fustigado Luanda nos últimos dias estimulam também a criatividade e o empreendedorismo dos moradores da capital angolana em busca do sustento diário. luguer de botas ou sacos de plástico, serviço de lava-pés ou cobrança de “portagem” em pontes improvisadas para atravessar áreas alagadas são algumas das actividades que se vêem pela cidade onde a chuva não tem dado tréguas. Em grande parte dos bairros, a população tenta escoar a água de casas e ruas inundadas com recurso a…
Leia maisLUANDA, CAPITAL (TAMBÉM) DA PROSTITUIÇÃO
A província de Luanda continua com um elevado número de adultas e adolescentes vulneráveis, envolvidas em práticas de prostituição, muitas vezes, pagas em dinheiro, por kilapi e em espécie: sal, arroz, óleo, massa alimentar, atum, carne seca e bebidas alcoólicas. Por Elias Muhongo fenómeno tem estado a ganhar contornos preocupantes, tornando-se, a cada dia, numa prática institucional para os mais pobres e carenciados, uns filhos de desempregados, outros de desmobilizados de guerra e, também, os discriminados pelo anacrónico sistema de educação. Diferente de um passado recente, hoje esta prática tem…
Leia maisA SALVAÇÃO ESTÁ NA CESTA, NOS CONTENTORES, NAS LIXEIRAS
Os elevados preços dos produtos (este ano subiram perto de 26%, antevendo-se que no próximo ano a subida seja de pelo menos 20%) estão a afugentar clientes no Mercado do 30, em Luanda, enquanto os vendedores, que vêem os seus rendimentos reduzidos a metade, se queixam da fraca procura e pedem intervenção dessa entidade fantasma que dá pelo nome de “autoridades”. Vendedores daquele mercado abastecedor, sobretudo de produtos agrícolas, no município de Viana, em Luanda, queixam-se que diminuiu para metade a procura dos bens que comercializam e proporcionalmente os seus…
Leia maisCrianças (também) são uma espécie menor?
O número de crianças desacompanhadas ou separadas em fuga de Cabo Delgado para centros de reinstalação em Montepuez, no norte de Moçambique, aumentou 40% em Julho, segundo dados divulgados hoje pela organização não-governamental (ONG) Save the Children. Enquanto isso, os dirigentes daquela aberração chamada Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cantam, riem e olham para o lado. O aumento nos centros de reinstalação na pequena cidade de Montepuez, em Cabo Delgado, “de 395 crianças no final de Junho para 550 no final de Julho realça o impacto devastador do…
Leia maisO diagnóstico de Ana
e a amnésia de… João
A melhoria do bem-estar dos cidadãos e da qualidade de vida das famílias angolanas, a redução da pobreza e das desigualdades e a promoção do nível de desenvolvimento humano são condições essenciais para o progresso económico e social de Angola. É verdade. O diagnóstico data de 2018 e foi feito pela primeira-dama, Ana Dias Lourenço. A receita está nas mãos do marido, João Lourenço. Continua, contudo, à espera de ser aviada. Trata-se, contudo, de um diagnóstico que já tem quase 45 anos. Até agora o máximo que o MPLA conseguiu…
Leia maisE do lixo se faz arte
A luta para sobreviver em Angola, país que desde a independência foi sempre governado pelo mesmo partido, o MPLA, tem despertado os jovens angolanos para um misto de desespero, desenrascanço e preocupações ambientais, com “Samuelarte”, aos 18 anos, a conseguir um sustento mensal “relativamente desafogado” a partir do lixo, sobretudo ferro, que recicla. “D o Lixo ao Luxo” é o lema de Manuel Francisco Fabiano Samuel, cujo nome artístico, “Samuelarte”, começa a fazer “algum furor” e “escola” entre os jovens, sobretudo de uma pequena comunidade nos arredores de Luanda, que…
Leia maisUrgência de um FMI mais
sábio e mais experiente
Angola não é a Venezuela. Angola não é a Coreia do Norte. Angola não é a Grécia. Mas Angola pode aprender com o seu irmão europeu. Estamos falidos. Na bancarrota. É preciso dinheiro e mudar tudo, e que este venha do FMI e não da China, Israel, Rússia ou até dos cínicos alemães. Por Brandão de Pinho Quando um cidadão não tem dinheiro nem disciplina ou sabedoria para o vir a ganhar ou, sequer, para ter as condições mínimas de dignidade para se propor a um trabalho para receber o…
Leia maisMamãs zungueiras, nossas heroínas da sobrevivência
O Fórum de Mulheres Jornalistas para Igualdade do Género (FMJIG) em Angola considerou hoje que o mercado informal no país, envolvendo sobretudo mulheres, está “cada vez mais violento”, anunciando ciclos de formação para inclusão financeira. A constatação foi apresentada hoje pela coordenadora do FMJIG, Josefa Lamberga, no âmbito de um seminário Apoio a Projectos de Negócio de Mulheres Empreendedoras, realizado em Luanda, em parceria com o Banco Postal de Angola, garantindo a aposta neste domínio para inverter a situação. “O mundo informal é violento. Falando da nossa prática no país,…
Leia maisANATA quer pôr ordem
nos lotadores de táxis
A Direcção da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) queixa-se de constantes “actos de vandalismo” protagonizados pelos “lotadores” de táxis, em Luanda, jovens que obrigam passageiros a entrar em viaturas que os próprios escolhem. O fenómeno, que afecta este tipo de transporte público informal, é recente e ao fim de alguns meses de polémica aquela associação decidiu avançar com uma campanha de sensibilização para tentar demover estes jovens daquele tipo de comportamentos e de cobranças ilícitas. “As reclamações são não só de taxistas, mas também de passageiros. É…
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