“Filhos da Pátria” na Trienal de Luanda

“Filhos da Pátria” é título da peça da Companhia Kulonga hoje apresentada no palco da III Trienal de Luanda, no quadro das sessões de teatro às quintas-feiras. De forma artística, o grupo expõe em cena a problemática da guerra civil em que o país, Angola, mergulhou durante anos. O drama do povo angolano, o sofrimento, a dor, o desespero, a ansiedade, os sonhos e o desejo profundo de ver Angola livre e em Paz. Esses elementos são representados com uma certa dose de humor que complementa a obra. No dia…

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Chiça! Lata não lhes falta

João Lourenço, ministro da Defesa de Angola – por sinal também candidato do MPLA às eleições previstas para Agosto – disse hoje, na província do Huambo, que a paz e a reconciliação nacional permitiram ao Governo “trabalhar seriamente” para a melhoria de vida dos angolanos, contudo, “longe de satisfazer todas as necessidades”. Não tivessem estas mensagens sido previamente aprovadas por sua majestade o rei de Angola, até se era tentado a dizer que João Lourenço “Malandro” estava a passar um atestado de incompetência a José Eduardo dos Santos por, nos…

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Paz? Quinze anos.
Pobres? 20 milhões!

O MPLA, partido no poder em Angola desde 1975 e cujo presidente está no cargo há 38 anos, afirma que o processo de paz no país, que amanhã assinala 15 anos, tornou-se numa “referência” internacional, apesar das críticas justas, provadas e comprovadas de “intolerância”. Auma posição a propósito do 15º aniversário da assinatura do memorando de entendimento complementar ao protocolo de Lusaca, no Luena, entre as forças militares governamentais e da UNITA, já sem Jonas Savimbi que fora morto em combate a 22 de Fevereiro, o Bureau Político do MPLA…

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Sem tiros mas longe da paz

O Memorando do Luena, de 4 Abril de 2002, trouxe o fim formal da longa guerra civil angolana, entre o governo dominado desde 1975 pelo MPLA e a UNITA. Passados 15 anos, os poucos que tinham milhões têm mais milhões, e os muitos milhões que tinham pouco ou nada continuam a ter pouco, nada ou ainda menos. Por Orlando Castro A solução militar do conflito consubstanciada no assassinato do líder da UNITA, Jonas Savimbi, reforçou o poder do vencedor, o MPLA, e apenas permitiu até agora mascarar as raízes do…

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Sem força mas com razão
(Luena, 4 de Abril de 2002)

Até agora, apesar das muitas tentativas, nos últimos 15 anos o galo não voou. O visgo do MPLA manteve-o colado às bissapas. Os angolanos de segunda (também conhecidos por kwachas) foram apanhar café, ou coisa que o valha, às ordens dos novos senhores coloniais. É isto que o MPLA pretende que volte acontecer este ano. Por Orlando Castro O problema do visgo, garantem os mais acérrimos defensores da UNITA, foi resolvido. Mas será que este ano (se até lá o dono do reino não mudar de ideias) o galo vai voar…

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Dhlakama promete regresso a Maputo

O líder da Renamo espera que as negociações de paz em Moçambique sejam retomadas em breve, com a chegada esta semana dos mediadores, e promete regressar à vida política activa após os 60 dias de trégua por ele declarados. O MDM acusa a Frelimo e a Renamo de conspirarem contra o povo. “S e tudo correr bem e concluirmos aquilo que estamos a tratar na mesa das negociações, acredito que em Março ou Abril poderei estar em Maputo, a andar livremente, a retomar as actividades políticas”, afirmou, em declarações à…

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Assassinado dirigente da Renamo

Um dirigente da Renamo foi assassinado hoje tiro por desconhecidos na cidade de Nampula, norte de Moçambique, no segundo dia da trégua temporária declarada pelo maior partido de oposição, revelou o porta-voz da força política. António Muchanga informou que José Naitela, membro da comissão política provincial e chefe da secção de relações exteriores em Nampula da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), foi assassinado ao início da tarde no seu carro num mercado negro de venda de combustível. O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, Zacarias Nacute, confirmou…

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Nascimento, guerra e paz

A actual Angola, medianamente dirigida, nos últimos anos, pelo MPLA, nasceu como República Popular, em 11 de Novembro de 1975, dividindo os angolanos, com a instauração de um regime de viés comunista, sectário, autoritário e discriminador, orientado para eliminar todos quanto não aderissem à ideologia dominante. Por William Tonet Os slogans: “o MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA” ou de “Cabinda ao Kunene, um só povo uma só Nação”, são a emanação de uma visão umbilical parcial, exclusivista e impostora do unanimismo. Isto, por a realidade…

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Ora mato eu, ora matas tu

O chefe da bancada da Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, na Assembleia Provincial de Sofala, centro do país, Juma Ramos, foi morto a tiro por desconhecidos no domingo, informou hoje a polícia. Segundo o porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, Daniel Macuácuá, o deputado foi morto na sua “barraca”, como são chamadas no país pequenas mercearias informais que por vezes são construídas defronte das casas. “Dirigiram-se à residência da vítima e assassinaram-na. Foram desdobradas forças no terreno, no sentido de esclarecer…

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Não se nasce corrupto,
eles fazem-se dirigentes

Os partidocratas, há mais de 40 anos, não têm soluções, não têm estratégia, não têm um programa sério para combater a crise, que a sua própria incapacidade gerou. Por William Tonet Não é honesto apontar a baixa do preço do petróleo, como a exclusiva responsável pela actual situação económica e social dos angolanos, quando uns poucos se fartaram de roubar. Roubar a granel, para não falar, mafiosa e anti-patrioticamente… Honesto é reconhecer a forma depravada, como o erário público foi, e está a ser, institucionalmente, delapidado, por um grupo, cada…

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