“Duas palavras” de Marcolino Moco sobre William Tonet

“Já não sei precisar há quanto tempo oiço falar e conheço o William Tonet. Terá sido, certamente, depois de decorridos alguns anos sobre a independência de Angola, andava eu nos meus trinta e ele ainda nos vinte anos de idade. Acabava eu de sair das neófitas fileiras juvenis do MPLA, a que aderi, formalmente, depois do 25 de Abril, e William Tonet vinha já de uma longa jornada de nacionalismo vivido ao lado de seu pai, antigo prisioneiro político por sua luta anti-colonial, o Tonet-pai, que viria a ser meu…

Leia mais

Resistir é (sempre) preciso

O activista angolano Luaty Beirão, cujo diário da prisão foi apresentado na quarta-feira à noite em Lisboa, mereceu elogios de dois relevantes opinantes da política portuguesa, Pacheco Pereira e Daniel Oliveira, que destacaram a sua “pedagogia da coragem” em “tempos de miséria ideológica”. O “cota Pacheco”, como carinhosa e respeitosamente lhe chamou Luaty, classificou a obra, intitulada “Sou Eu mais Livre, Então” e publicada em Portugal pela Tinta-da-China, como “um livro que ajuda à visibilidade e à luta dos angolanos, de gente que tem uma espécie de mal-estar” em relação…

Leia mais

“A Quinta dos Girassóis”

A escritora infanto-juvenil Cremilda de Lima apresenta dia 9 de Novembro, no Centro Cultural Português, a sua mais recente obra infantil, intitulada “A quinta dos girassóis” com ilustrações de Fernando Hugo Fernandes. A obra descreve o dia-a-dia na “Quinta dos Girassóis”, perto do Lubango, onde os proprietários Lutukuta e Mussolovela, trabalhavam com afinco, do nascer ao pôr-do-sol, no cultivo de girassóis e outras espécies agrícolas. A história vai narrando as virtudes do cultivo do girassol, que serve de alimento a homens e animais e também é utilizado como planta medicinal.…

Leia mais

Só existe a lei de quem manda

“Em ambientes autoritários o império do direito e da lei é deitado abaixo e vale única e exclusivamente a vontade de quem detém o poder, particularmente do chefe, aquele que é a vontade universal e que quer que todos se rejam com essa vontade”, afirma Domingos da Cruz, autor do livro “Angola Amordaçada: A Imprensa ao Serviço do Autoritarismo”. Este livro agora lançado em Portugal descreve vários atentados à liberdade de imprensa em Angola, acha que alguma vez o vai ver nas livrarias do seu país? Esta é uma incerteza,…

Leia mais

“Angola é uma ditadura”

Domingos da Cruz, autor da obra que esteve na origem da prisão de 17 activistas angolanos, não arrisca medir o impacto do caso, mas reconhece que “deixou a nu a imagem do regime” do Presidente José Eduardo dos Santos. Em Lisboa para lançar o livro “Angola amordaçada – a imprensa ao serviço do autoritarismo”, editado pela Guerra e Paz, o jornalista e académico observou, em entrevista à Lusa, que não é possível “ter uma ideia clara e efectiva sobre a consequência da prisão, das greves e de todos os factos…

Leia mais

A carteira de Luísa Dylon e (muito) mais

O romancista angolano Roderick Nehone apresenta a 6 de Outubro no auditório Pepetela do Centro Cultural Português, a sua mais recente obra literária, intitulada “A carteira Luísa Dylon e outros contos” uma incursão ao universo folclorístico angolano. Nesta sua obra mais recente, “A CARTEIRA LUÍSA DYLON e Outros Contos”, RODERICK NEHONE reúne 14 histórias, narradas num estilo coloquial e fluido, talhadas com o gume afiado da ironia, que é um dos traços marcantes da sua escrita, considerada pela crítica literária “uma das mais fulgurantes revelações da ficção narrativa angolana”. Em…

Leia mais

Os transparentes num país magnífico e miserável

No seu livro “Os transparentes”, Ondjaki aborda as peculiaridades dos habitantes de Luanda, apenas de Luanda, demonstrando o comportamento dos endinheirados, governantes e seus súbditos, ao mesmo tempo dos pobres, desenrascados e transparentes. Por Sedrick de Carvalho Na Luanda de hoje é comum ouvirmos os miseráveis dizer: “quem me dera ser ministro ou um chefe da polícia, só o meu carrão!”. Este discurso reflecte uma personagem trazida por Ondjaki no livro citado – JoãoDevagar. Este é um indivíduo que só pensa conseguir dinheiro de alguma forma, daí que abre cinema…

Leia mais

Livro sobre Marinho e Pinto: fiasco editorial ou algo mais?

Orlando Castro (jornalista e director-adjunto do Folha 8) é o autor do livro “António Marinho e Pinto – Mudar Portugal”, publicado em 2015 pela editora portuguesa “Verso de Kapa”. Um ano depois a editora informou o autor que tinham sido vendidos apenas 85 exemplares. Perante a incredulidade quanto a estes números, a Verso de Kapa corrigiu os valores e passou a falar de 230 exemplares vendidos. Por Norberto Hossi Recordando que foi “expressamente convidado pela Verso de Kapa, através de Maria João Mergulhão, para escrever o livro”, Orlando Castro relata…

Leia mais

“A Espada e a Azagaia”

O escritor moçambicano Mia Couto lançou hoje em Maputo o segundo volume da trilogia dedicada ao reinado de Gungunhana, uma história que retrata a paixão entre um sargento português e uma jovem nativa durante a resistência à ocupação colonial. “É um livro que lembra com saudade o nome de Gungunhana”, disse à imprensa Mia Couto, à margem do lançamento da obra, intitulada “A Espada e a Azagaia”, acrescentando que se trata de mais um contributo para a dignificação da história de Moçambique. Recuando aos últimos dias do antigo Estado de…

Leia mais

O estertor do MPLA

O bureau político do MPLA (partido que “só” está no poder em Angola desde 1975) criticou hoje duramente o lançamento em Portugal de um livro sobre aquele partido e o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, queixando-se de uma nova “campanha de desinformação”. Depois de estrebuchar chegou a fase do estertor. Por Orlando Castro Em causa está o livro “Agostinho Neto – O Perfil de um Ditador – A História do MPLA em Carne Viva”, do historiador luso-angolano Carlos Pacheco, lançado publicamente em Lisboa a 5 de Julho, visado no comunicado…

Leia mais