Tudo nas “mãos” do petróleo

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Angola, Ricardo Velloso, disse hoje que a instituição está disponível para negociar um programa de assistência financeira com o Governo angolano, mas admite que não haja necessidade face à valorização do petróleo. A posição foi transmitida pelo economista brasileiro Ricardo Velloso, hoje, em Luanda, na conclusão de duas semanas de reuniões dos especialistas do FMI com o Governo e instituições angolanas, no âmbito das consultas regulares ao abrigo do Artigo IV. “Nós não recebemos qualquer pedido de apoio financeiro das…

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O que diz a CASA-CE sobre o OGE

“Em sentido geral, a apreciação do Grupo Parlamentar da CASA-CE é que, a proposta do Orçamento Geral do Estado, para além da tentativa da estabilização macroeconómica, não tem opções claras, que possam levar o país à saída da crise, ao crescimento económico e ao desenvolvimento social. A grande opção deste OGE é o pagamento da dívida pública, que corresponde a 52,38% das despesas”, diz a CASA-CE em comunicado que a seguir transcrevemos. “O Grupo Parlamentar da CASA-CE considera necessário que se esclareça a Assembleia Nacional e o público em geral,…

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(Fala)ciosas contas do OGE

O gabinete de estudos económicos do Standard Bank considera que o Orçamento Geral de Angola para 2018 comporta “riscos substanciais”, nomeadamente se o crescimento económico e as receitas do petróleo ficarem aquém do estimado pelo Governo. Mais uma entidade a confirmar o que o Folha 8 tem escrito. “A pesar de o orçamento para 2018 indicar a continuação do esforço de consolidação orçamental, a nossa primeira análise indica a presença de riscos orçamentais substanciais, especialmente se as ambições de crescimento não se materializarem ou se as receitas do petróleo ficarem…

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Ditador e sucessor unidos neste reino de escravatura

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, vai manter o poder e a imunidade bem para lá das eleições, por ter colocado os seus caninos apoiantes em locais estratégicos, como tribunais e forças de segurança. Quem diz? Nós aqui no Folha 8 temo-lo dito inúmeras vezes. Mas desta vez a afirmação é da agência de informação financeira Bloomberg. “J osé Eduardo dos Santos deve manter o controlo nos bastidores quando deixar de ser Presidente de Angola, este mês, depois de quase quatro décadas no poder”, escreve a agência de…

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Crise da Emirates aterrou na TAAG

A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que as dificuldades financeiras da companhia aérea Emirates foram uma das razões para a redução do número de voos para Luanda, para além dos obstáculos ao repatriamento dos lucros. “D epois de anos de expansão relativamente rápida, a Emirates está a ter de se adaptar a condições de mercado mais difíceis, reflectindo factores como a redução do poder de compra regional, por causa dos preços baixos do petróleo, e as restrições nos voos para os Estados Unidos da América”, escrevem os analistas da revista…

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Palavras, palavras, palavras

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, afirma que as próximas eleições gerais, previstas para 2017, vão decorrer num momento em que o país “atingiu o seu ponto de saturação”. Parafraseando uma velha máxima do Galo Negro, é caso para dizer que o país vai de saturação em saturação até à saturação final. “T odos sabem que a única saída é a mudança do regime. Por isso, o resultado desta eleição só pode ser a vitória da soberania nacional, a vitória da vontade nacional de mudança. Porém, nem todos estão a…

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África. Estado de Direito
está há dez anos em queda

Os progressos em governança africana alcançados na última década foram travados pela deterioração na categoria Segurança e Estado de Direito, revela a Fundação Mo Ibrahim. Quase dois terços dos cidadãos africanos vivem num país em que a dimensão Segurança e Estado de Direito se deteriorou nos últimos dez anos. O Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG) de 2016, lançado hoje pela Fundação Mo Ibrahim, revela que as mudanças na governação global em África ao longo dos últimos dez anos têm sido travadas por uma deterioração generalizada na categoria Segurança e…

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Sempre a favor dos mesmos

A Economist Intelligence Unit considerou hoje que a implementação de altas tarifas de importação e a imposição de quotas para as importações em Angola “só protege um pequeno círculo de empresários domésticos favorecidos e prejudica os consumidores”. N uma análise enviada aos investidores, comentando a recente discussão da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a segunda análise política ao país, os analistas da Economist dizem que o aumento dos impostos sobre a importação e a criação de quotas para as importações “não resolve os desafios do país, e em muitos…

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Ao gosto do patrão

O gabinete de estudos económicos e financeiros do português BPI considera que Angola tem sido rápida a reagir à crise petrolífera, mas avisa que “o impacto negativo é inevitável”, nomeadamente nas receitas e no crescimento económico. “A economia angolana encontra-se naturalmente a lidar com as consequências da queda dos preços do petróleo que se arrasta há cerca de um ano; o impacto negativo é inevitável, mas tem-se verificado um ajustamento rápido das políticas económicas ao novo contexto”, lê-se no documento enviado aos investidores. Na análise económica de 22 páginas, os…

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Os bobos animam a corte

Os bobos animam a corte - Folha 8

O Orçamento Geral do Estado, na versão rectificada, é só por si uma brilhante peça, dir-se-ia que é mesmo uma obra-prima, do anedotário internacional. Mas como é para matumbos, siga a farra que o bordel precisa de bobos que animem a corte. Por Orlando Castro P ara as despesas com os “serviços públicos gerais” os peritos do regime reservaram 15,32% do orçamento, sendo que para os “órgãos executivos” estão previstos 11,02% e para os “órgãos legislativos” a colossal cifra de 0,38%. No caso dos “serviços gerais da administração pública não…

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