Depois que o sistema de saúde do Brasil entrou em colapso, virou um verdadeiro naufrágio colectivo viver por aqui. Faltaram médicos com especialização em UTI, e por conta disso, foram convidados anestesistas, cardiologistas e pneumologistas para trabalharem nesse ambiente complexo. As equipes médicas se transformaram em pacientes e ficaram extenuadas. Por Raul Tartarotti Os hospitais ofereceram gratuitamente psicoterapias para ajudar a vida dessa gente sofrida. Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou um aumento de 90,5% nos casos de depressão entre os brasileiros desde…
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Zunga é o único sustento
Estávamos em Novembro de 2017. A Associação dos Vendedores Ambulantes de Luanda (AVAL), que reúne quase 4.000 ‘zungueiras’, alertava que a actividade, que está a ser travada pelo governo provincial, era (e continua a ser) o único sustento de milhares de famílias, que necessitam de “soluções de emprego”. “A nossa associação não concorda que se possa acabar com a venda ambulante porque o país não tem emprego e o que cria a venda ambulante é o problema do desemprego no país”, começou por explicar, em entrevista à Lusa, o presidente…
Leia maisChineses vão dar à luz
Angola vai receber este ano sete centrais híbridas para produzir electricidade a partir de gasóleo e da luz solar, num total de 35 MegaWatts (MW), contratando para o efeito um grupo chinês, por 225 milhões de euros. O contrato, autorizado por despacho de 13 de Abril do Presidente angolano, envolve a empresa estatal chinesa Dongfang Electric Corporation (DEC) e prevê a instalação de sete centrais híbridas, de 3MW a gasóleo e 2MW solar. O projecto envolve, entre outras, as cidades de Sanza Pombo, Sumbe, Cubal ou Bailundo, em várias províncias…
Leia maisMenos cerveja, menos carros
A cerveja estrangeira foi das mais afectadas pela crise em Angola e, no terceiro trimestre de 2016, praticamente deixou de ser importada, não figurando entre os produtos mais comprados ao exterior. Também a importação de veículos foi de 17 por dia, em média, no terceiro trimestre do ano passado, contra os 351 que comprou diariamente no mesmo período de 2014. Segundo o mais recente relatório do Conselho Nacional de Carregadores (CNC) – tutelado pelo Ministério dos Transportes e que coordena as operações de comércio e transporte marítimo internacionais -, entre…
Leia maisPão nosso (já não é) de cada dia
Há um ano, o pão constituía-se como o elemento principal da cesta básica dos cidadãos angolanos, até que a crise económica e financeira no país, atingiu o mercado de fornecimento da farinha de trigo, que está a resultar na subida vertiginosa do preço do pão, e consequentemente a ausência deste produto inigualável ao pequeno-almoço nas mesas de milhares de famílias. Por Pedrowski Teca Ao pequeno-almoço, vulgo “mata-bicho”, o cada vez mais elevado preço do pão obrigou várias famílias a inovarem, substituindo assim o “precioso” pão com o prato de arroz…
Leia maisO mesmo, ou pior, ramerrame
Mais de metade das 140 mil empresas registadas em Angola em 2015 estavam na província de Luanda, mas só 30% tinham iniciado actividade, segundo um relatório anual do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano. De acordo com o Ficheiro de Unidades Empresariais do INE, com data de Julho, Angola tinha em actividade no final de 2015 um total de 41.507 empresas, das quais 22.930 a operarem em Luanda. Angola é o maior produtor de petróleo de África, com 1,7 milhões de barris por dia, mas desde o final de 2014…
Leia maisMeu papiro ao Senhor Presidente
Eu acredito, pela primeira vez, no anúncio do presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos de se retirar da vida política activa, em 2018. Por William Tonet Etudo por esta manifestação de vontade umbilical assentar na filosofia de “sair ficando”, encerrando, com um condão maquiavélico, capaz de catapultar um ajustamento estatutário, com a nomeação de um “presidente executivo”, qual marioneta do líder (tal como acontece com o vice-presidente da República, imposto, contra a vontade geral do próprio MPLA), que continuará no leme a manietar a máquina. Dos Santos circunscreveu, na…
Leia maisÀ procura de novas fontes de financiamento
O Governo angolano está agora a dizer que vai fazer o que devia ter feito há muitos anos. Ou seja, diz que vai avaliar novas fontes de financiamento a infra-estruturas, nomeadamente o recurso a fundos de investimento, mercado de capitais e parcerias com privados. Numa intervenção de abertura da conferência sobre o tema das infra-estruturas na África Subsaariana realizada pelo Instituto Real de Relações Internacionais/Chatham House que se realiza em Londres, o ministro das Fianças, Armando Manuel, reconheceu ser necessário “alargar a janela de soluções criativas”. No Ministério da Economia,…
Leia maisReceita da CASA-CE para debelar a crise
O Conselho Presidencial da CASA-CE, considerando a crise económica (entre muitas outras) que assola Angola, propõe diversas medidas. “D escentralização política e desconcentração administrativa visando a libertação das iniciativas e criatividade dos cidadãos. Diminuição do papel do Estado na economia, particularmente nos sectores do comércio, serviços financeiros, seguros e indústria. Democratização e liberação das oportunidades. Acabar com a partidarização e exclusão nas oportunidades de financiamento das iniciativas e projectos económicos dos cidadãos. Combate sério e determinado contra a corrupção, o clientelismo, o nepotismo e o desperdício. Correcção progressiva das assimetrias…
Leia maisAsfixia petrolífera
Analistas consideram que Angola precisa de aumentar o peso da parte da economia que não depende do petróleo, para não ficar vulnerável às variações de preço, quando, actualmente, vale cerca de 50% do PIB e garante um fluxo directo de receitas. Aprodução de petróleo foi multiplicada por dez na última década e Angola consegue hoje bombear quase 1,8 milhões de barris por dia, o que garante uma receita fiscal que, no ano passado, representou mais ou menos três quartos do total. O petróleo é, simultaneamente, uma enorme vantagem para o…
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