Rei mandata os sipaios

Paralelamente ao facto de, como fez a troika, a Europa ter decidido, e bem, acabar com os intermediários, o que a leva a debater com Isabel dos Santos a resolução dos problemas de Portugal, os ministros lusos vêm regularmente a despacho (“resolução de autoridade superior sobre pretensões ou negócios”) com sua majestade o rei José de Eduardo dos Santos. Por Orlando Castro Foi isso que o sipaio servil e bajulador ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, veio fazer a Angola. E, sem meias palavras, o perito dos peritos…

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Culto à medida da Barrica

Os diplomatas da missão angolana em Portugal reconheceram hoje os esforços, sagacidade e perspicácia do embaixador José Marcos Barrica, que se revelaram fundamentais para contornar o ano difícil de 2016. Quem conta a anedota é a Angop. Por Orlando Castro Coisa estranha, não é? Então os funcionários da Embaixada elogiaram o seu chefe? É obra. De há muito que Marcos Barrica, na senda das ordens e exemplos superiores, exige que à sua medida os seus colaboradores o venerem tal como ele faz em relação ao patrão e patrono José Eduardo…

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O legado de (João) Soares

O MPLA, partido no poder desde 1975 e que, para esse efeito, contou com o apoio decisivo do Mário Soares, recordou hoje o ex-presidente da República de Portugal, ontem falecido, como uma “insigne figura da vida política portuguesa”. Fê-lo, certamente, a muito custo porque com o tempo Mário Soares reconheceu que o MPLA não passava de mais um partido totalitário, ditatorial e cleptómano. Por Orlando Castro A posição do regime angolano está expressa numa curta nota de condolências do Bureau Político do Comité Central do MPLA, liderado pelo também (nunca…

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Memória para quê?

Será a memória uma arma importante para os jornalistas manterem viva a força da razão, derrotando a cada vez mais poderosa razão da força? É. Mas, também é verdade, há cada vez mais gente a tentar apagá-la. Está a ser uma sobrevivência complicada. Por Orlando Castro E se é assim nos países que são, de facto e de jure, Estados de Direito Democráticos, o que se poderá dizer dos que são, como Angola, um feudo esclavagista apaparicado por todos aqueles que entendem que há terroristas bons e maus, e não…

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Luvualu a presidente, já!

O desastre – para os acólitos da ditadura de José Eduardo dos Santos – dos debates entre o Embaixador Itinerante, António Luvualu de Carvalho, José Eduardo Agualusa e João Soares, embora tivessem como objecto fulcral a política, são interpretados na óptica vesga, quase sempre cega, daquilo a que o sipaio Jomo Fortunato chama, no Pravda, “valorização positiva dos aspectos civilizacionais da cultura angolana e portuguesa”. Por Orlando Castro Assim, Jomo Luvualu Fortunato de Carvalho, avança na itinerante interpretação da “alma dos dois povos”, procurando demonstrar que sabe contar até 12…

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“Reinografia” (im)perfeita

No seu discurso que marcou o arranque de mais um ano legislativo, o Presidente da República (no poder há 37 anos e nunca nominalmente eleito), José Eduardo dos Santos, fez uma radiografia perfeita sobre aquilo que é o actual estado do seu reino. Quanto à Nação Angolana, passou ao lado. Por Óscar Cabinda Um reino que é, como o Presidente teve ocasião de bem sublinhar, marcado por uma conjuntura económica adversa, fruto de um contexto internacional desfavorável para quem tem alergia mortal à democracia e ao Estado de Direito. Não…

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A seita dos 99,6%

O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, reconduzido no cargo com 99,6% dos votos, reiterou hoje no encerramento do VII congresso do seu partido o pedido de disciplina aos militantes do partido no poder em Angola desde 1975 para o cumprimento do programa de governação. Por Orlando Castro “E continuarmos a ser coerentes e levarmos à prática aquilo que prometemos: sermos responsáveis e sempre honestos no cumprimento dos compromissos que assumimos diante do povo angolano”, disse José Eduardo dos Santos numa anedota que, como sempre, foi aplaudida por uma…

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O estertor do MPLA

O bureau político do MPLA (partido que “só” está no poder em Angola desde 1975) criticou hoje duramente o lançamento em Portugal de um livro sobre aquele partido e o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, queixando-se de uma nova “campanha de desinformação”. Depois de estrebuchar chegou a fase do estertor. Por Orlando Castro Em causa está o livro “Agostinho Neto – O Perfil de um Ditador – A História do MPLA em Carne Viva”, do historiador luso-angolano Carlos Pacheco, lançado publicamente em Lisboa a 5 de Julho, visado no comunicado…

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Luvualus sem açaime

Foi notória a forma ligeira e pretensiosa como alguma imprensa estatal, cujo profissionalismo está bem patente nas lixeiras de Luanda, useira e vezeira em desejar desgraça em casa alheia, saiu à rua para lançar louvaminhas à volta de um programa de resgate económico monitorado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), organização de que Angola é membro de pleno direito. Por Orlando Castro Cá dentro, a imprensa canina de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos foi desmentida com o anúncio de que persistir nos erros típicos do regime pode originar…

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De Rosa Casaco a José Ribeiro, do 27 de Maio a Jonas Savimbi

José Ribeiro

Em tempos a Comissão Política da UNITA resolveu pôr não um dedo mas todos os dedos nessa ferida, que já é uma autêntica cratera putrefacta, que dá pelo nome de “Jornal de Angola”, também conhecido por Pravda ou Boletim Oficial do regime. Por Orlando Castro E, sem meias palavras acusou este órgão de propaganda de “incitação à intolerância absoluta e à violência”. Acrescentando que a subserviência e sabujice é de tal ordem que atenta “contra a reconciliação nacional e a paz”. Vai daí, os líderes do regime mandaram os sipaios…

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