Na quarta-feira, durante o debate que antecedeu a aprovação sobre a Lei de Repatriamento de Capitais, o advogado e fundador da associação Mãos Livres, David Mendes, deputado independente eleito nas listas da UNITA, resolveu fazer um bombástico e selectivo ataque aos portugueses. Não foi a alguns portugueses, não foi a alguns empresários portugueses, foi aos portugueses (“Estou farto dos portugueses em Angola”). Por Orlando Castro As declarações de David Mendes devem ser bem analisadas, porque desde logo não é um pé-descalço. É advogado e deputado. As suas declarações são iguais…
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O espelho (e os telhados)
Racismo de David Mendes fez mais pela destruição da UNITA do que o MPLA
A Direcção da UNITA demarcou-se hoje das declarações do deputado David Mendes, eleito pelo partido, que afirmou, na Assembleia Nacional, estar “farto dos portugueses em Angola”, classificando a afirmação como um “deslize”. Deslize? Ou será, antes, que a UNITA – lá bem no seu íntimo – concorda com estas declarações? “Acompanhámo-las [as declarações de David Mendes] e nós próprios ficamos muito surpreendidos com esta saída, que, naturalmente, não nos pode vincular, até porque não temos essa posição sobre Portugal ou sobre outra qualquer presença estrangeira em Angola. Creio que acabou…
Leia maisPortugueses europeus e portugueses africanos
Na véspera do início da visita de dois dias do primeiro-ministro português, António Costa, a Angola, o coordenador do Observatório da Emigração em Portugal recorda a necessidade de se facilitar a circulação de pessoas entre os países lusófonos. “A cho que, no âmbito de reformulação da política imigratória portuguesa, é importante ter sistemas que facilitem a circulação entre os países lusófonos, ou, pelo menos, entre a maioria”, afirmou Rui Pena Pires em declarações à Lusa, recordando que esta foi uma promessa de campanha do PS. “Também não vale a pena…
Leia maisJoão uma vez, João sempre!
O ministro da Defesa de Angola, general João Lourenço, recusou no dia 17 de Setembro de 2015 as acusações sobre violação dos direitos humanos no país, recordando – e muito bem – que os angolanos sentiram essas violações durante 500 anos de colonialismo português. Não precisava de ir tão longe. Bastava-lhe recordar o 27 de Maio de… 1977. Sim. É o mesmo João Lourenço que hoje é Presidente da República e, dentro de dias, Presidente do MPLA. Por Veríssimo Kambiote O então ministro discursava em Ondjiva, capital da província do…
Leia maisServos de qualquer patrão
Nos últimos meses, angolanos e portugueses assistem, uns mais cépticos, outros indiferentes e quase todos conformados à contínua e acelerada peregrinação de políticos portugueses a Angola, nomeadamente ao MPLA. É um exaustivo, mas consciente, exercício de bajulação ao poder. Mas nem todos se conformam. Há sempre quem resista, quem ainda tenha capacidade para se indignar. O Folha 8 publica hoje a opinião de Paulo de Morais, Presidente da Frente Cívica. Em pouco meses de presidência em Angola, João Lourenço já conseguiu a subserviência da quase totalidade dos políticos portugueses. João…
Leia maisLuanda terá mais encanto
ao som de Gilbert Bécaud!
O governador provincial de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, solicitou uma intervenção urgente na requalificação das vias secundarias e terciárias da cidade, a um grupo de empresários franceses que termina sexta-feira uma visita de quatro dias a Angola, realizada em resposta a um convite ao investimento formulado em Paris pelo Presidente da República do MPLA, João Lourenço, há pouco mais de uma semana. Por Orlando Castro Adriano Mendes de Carvalho apontou, segundo o jornal da Angola do MPLA, a necessidade de operações sobre as redes de saneamento básico, bem como…
Leia maisCFB reinicia transporte
de minério da RD Congo
O reinício, amanhã, do transporte de minérios da RD Congo (RDC) para o porto do Lobito, através do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), é uma vantagem para Angola, a julgar que os valores a arrecadar que podem contribuir para o desenvolvimento desta região, disse hoje, domingo, no Luau, a administradora adjunta local, Nora Mahongo. Em declarações à Angop, a responsável considerou de mais-valia a reactivação da operação paralisada há muitos anos, por constituir uma das formas de contribuir na diversificação da económica angolana. “Com a circulação do minério nessa via, o…
Leia maisA chuva não é do MPLA
e deve ser… exonerada
A chuva continua a mostrar, sobretudo em Luanda, que os governos do país (de uma forma geral) e da Província (de forma particular) continuam – como tem sido hábito e regra ao longos de décadas – a julgar que o corredor de fundo e o fundo do corredor são a mesma coisa. A incompetência é de tal ordem que até se desculpam com os erros do tempo colonial… Mortos, desalojados, casas destruídas, inundação de escolas, de centros de saúde e de uma igreja fazem parte do balanço, ainda provisório, destas…
Leia maisColonialismo derrotado
foi substituído por outro
O MPLA, partido que “só” está no poder em Angola desde 1975, assinalou hoje a passagem de mais um aniversário do ataque de nacionalistas às cadeias de Luanda defendendo aquilo que não fez durante quase 43 anos: “mais disciplina” e “controlo” nos gastos nacionais para acabar com as “sequelas do colonialismo”. Por Orlando Castro Aliás, devem ser essas “sequelas do colonialismo” que fizeram com que o clã, “lato sensu”, de José Eduardo dos Santos (presidente nunca nominalmente eleito e que esteve 38 anos no poder) represente quase 100% do Produto…
Leia maisCrise rebenta (também) com a vida dos portugueses
Para milhares de portugueses, a desvalorização em curso no kwanza significa, por estes dias, a machadada final no que alguns chegaram a apelidar de “El Dorado” angolano. Para muitos, o regresso a casa nunca esteve tão próximo. Só em 15 dias de Janeiro, a desvalorização superior a 25% do kwanza, face ao euro, representa menos 700 euros por mês num salário médio, em Luanda, de 650.000 kwanzas (3.000 euros), recebido em moeda angolana por um trabalhador expatriado. Sónia Silva, gerente de uma agência de viagens angolana com sede em Luanda,…
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