Primeira preta ministra
da Justiça em Portugal

O trilho da dignidade, da persistência, do comprometimento com a academia em detrimento de cegas ideologias partidocratas é capaz de vencer, mesmo em campos adversos. Por William Tonet P ortugal, país secular, com marcas de colonização em África (séculos XIX e XX-Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde) mas com inúmeros fantasmas preconceituosos, quanto à ascensão de pretos na sua estrutura política, acaba de derrubar mais uma barreira, na luta contra a discriminação racial. O primeiro-ministro, António Costa, derrubou tabus e fronteiras, inaugurando um novo ciclo, para os…

Leia mais

A Angola deles e a nossa

O MPLA, reconheça-se, continua a querer transformar Angola deles num país desenvolvido e de referência em África e no Mundo. Estão no poder há 40 anos, mas isso é muito pouco. Por Orlando Castro F azendo nossas as ideias do secretário-geral do partido, Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, devidamente autenticadas pelo “escolhido de Deus”, precisa de mais uns 40. Numa primeira fase, é claro. Ficam, contudo, algumas dúvidas. Se a Angola (deles) é, por força da impoluta governação do MPLA que já dura desde 1975, uma referência em todo o…

Leia mais

Internacional sócios-à-lista

O secretário-geral do MPLA, Julião Mateus Paulo “Dino Matrosse”, disse hoje, em entrevista/recado à agência Lusa, esperar que o novo Governo socialista português “mantenha relações boas” entre os dois estados. Por Orlando Castro O dirigente angolano falava à margem da segunda reunião anual da Internacional Socialista, em Luanda, encontro em que a comitiva portuguesa do PS foi aplaudida pelos restantes representantes pela posse do novo Governo de Portugal, na quinta-feira. “As nossas relações entre povos, estados, não podem ser perturbadas, seja qual for a situação. Seja quem vier, quem estiver…

Leia mais

“Frelimo quer para Dhlakama o que o MPLA fez a Savimbi”

A Renamo, principal partido de oposição de Moçambique, acusou hoje o Governo da Frelimo (no poder desde a independência) de pretender “imitar a solução angolana”, por tencionar eliminar o líder do movimento, Afonso Dhlakama, tal como aconteceu com Jonas Savimbi, presidente da UNITA. “M anter a paz será através da imitação do modelo angolano, como o [Presidente moçambicano] Filipe Nyusi fez saber, quando manifestou a sua admiração pela solução angolana?”, questionou José Cruz, deputado e relator da bancada da Renamo, numa pergunta do seu grupo parlamentar ao Governo. Recorde-se que…

Leia mais

E o culpado é o… colono!

O inquérito para apurar causas do desabamento, em 2008, do edifício da investigação criminal, em Luanda, está em curso, mas a responsabilidade recairá na administração colonial portuguesa, por ter permitido a construção sobre um lençol de água. Brilhante. Por Orlando Castro S e a moda pega, e parece que o regime está mobilizado para que pegue, a administração colonial portuguesa (mesmo que em abstracto) ainda vai parar ao Tribunal Penal Internacional. Desde logo por ser responsável pelos dirigentes do regime que nasceram no tempo colonial. Talvez até o massacre do…

Leia mais

Urge derrotar o MPLA, o partido-Estado

Isaías Samakuva, um dos três candidatos à liderança da UNITA. afirmou hoje,em Luanda, que o partido, o maior da oposição, está em condições de governar Angola e responder às “necessidades de mudança” no país. I saías Samakuva, presidente da UNITA há 12 anos, vi disputar o lugar no XII congresso ordinário, entre os dias 3 e 5 de Dezembro. “Os angolanos devem unir-se, precisam de facto de ver mudanças significativas do país. E aqui nós queremos contar com todos, inclusive com aqueles angolanos que estejam no MPLA, mas que saibam…

Leia mais

O socialismo da re(i)pública

O regime angolano prevê gastar 5,8 mil milhões de euros com a área da Defesa em 2016. Ou seja, 13% toda a despesa pública. Isto é, quase mesmo montante que os sectores da educação e da saúde juntos. E assim vai o reino do “querido líder”. Por Orlando Castro O MPLA (partido que governa Angola desde 1975) diz que – e pela proposta de Orçamento Geral do Estado que hoje começa a ser “analisada” na Assembleia Nacional não há dúvidas – a sua aposta é no “socialismo democrático”. A tradução…

Leia mais

Sentido de Estado? – Não
Sentido de partido? – Sim

O MPLA gastou rios de dinheiro, nas comemorações do 40º aniversário da Independência nacional celebrada aos 11 de Novembro de 2015, pese a crise que assola o país, fruto das más políticas económicas adoptadas, do nepotismo, do peculato, mas principalmente, da corrupção institucional, que campeia. P or tudo isso se esperava que o discurso do Presidente da “República do MPLA”, José Eduardo dos Santos, fizesse uma retrospectiva realista e apontasse perspectivas para o futuro, próximo. Para nossa desgraça colectiva, ouviu-se um discurso vazio, sem garra, sem orientação, sem rumo e…

Leia mais

É obrigatório que o regime não esqueça Kim Jong-il

O “querido líder” da Coreia do Norte, Kim Jong-il, morreu há quase quatro anos (17 de Dezembro de 2011), aos 69 anos, de ataque cardíaco. Esperemos que o regime do outro “querido líder” lhe preste a homenagem merecida. Por Orlando Castro A pesar da aparente calma dos donos de Angola, José Eduardo dos Santos faz contas à vida, até porque o seu regime compra tudo, mas até agora ainda não conseguiu adquirir a vida eterna. O fim natural (tem 73 anos) estará próximo. Fim que, do ponto de vista institucional…

Leia mais

Europeus que se cuidem!

Apenas, como esperado, com os votos do MPLA, a Assembleia Nacional manifestou hoje “profunda preocupação” com as entidades europeias que, afirma, pretendem denegrir a “imagem e o bom-nome” de Angola, matérias que qualifica como “crime público pela legislação angolana”. T alvez fosse altura de o regime apresentar queixa internacional contra o Parlamento Europeu e, no caso de algum dos seus membros entrar no país, detê-lo pelo tal “crime público”. Seria uma forma de mostrar aos europeus que essa coisa da liberdade de expressão e de informação não se aplica a…

Leia mais