Machismo gera violência

A responsável do combate à violência doméstica do Serviço de Investigação Criminal angolano, Conceição Nhanga, considerou hoje que ainda prevalece em Angola uma cultura “machista e patriarcal”, defendendo a necessidade de uma mudança de mentalidade do homem angolano para contrariar o fenómeno. “O homem angolano precisa de estar mais consciencializado para esta problemática e de uma mudança de mentalidade, que conta com uma cultura machista e patriarcal e isso são alguns dos factores que também contribuem para que seja ele o grande perpetrador da violência doméstica em Angola”, sublinhou hoje…

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Da UNITA para JES, de JES
para JLo, de JLo para…

A economista angolana Fátima Roque, ex-quadro da UNITA, afirmou, em declarações à Lusa, que o Presidente de Angola, João Lourenço, no cargo desde 2017, vai “mudar” o país, necessitando apenas de tempo para o fazer. Já em Setembro de 2008 ela apareceu de boné e cachecol do MPLA num comício de José Eduardo dos Santos. Em entrevista à Lusa, a propósito do lançamento, hoje, do seu livro “Uma Década de África”, Fátima Roque, uma das figuras mais influentes da UNITA na liderança de Jonas Savimbi, afirma acreditar no trabalho que…

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E Ele foi o último a saber?

Luís Fernando, um dos secretários do Presidente de Angola, lançou agora o que chama de livro/reportagem sobre o primeiro ano de mandato de João Lourenço à frente do país, obra que – diz o autor – só foi do conhecimento do chefe de Estado angolano depois de concluída. Em Setembro do ano passado, Luís Fernando já tinha publicado “Angola: Memórias da transição política. De José Eduardo dos Santos a João Lourenço” (Volumes I e II). O livro, “que é uma espécie de reportagem”, do secretário para os Assuntos de Comunicação…

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Não chega ser sério

O antigo primeiro-ministro angolano (hoje quadro superior da Sonangol por escolha pessoal do Presidente João Lourenço) Marcolino Moco acredita que os conflitos em África poderiam ser resolvidos com uma maior representatividade das diversas etnias e regiões nos governos, o que não acontece devido à herança dos Estados europeus. Marcolino Moco, que apresentou hoje em Lisboa um resumo em inglês do seu livro de 2015 “Angola: Estado-nação ou Estado etnia política?” (“Angola in Africa: Nation-state or political-ethnicity”), explicou que o seu livro apresenta uma “teoria para explicar a razão dos conflitos…

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O renascimento de Hijras
por Arundhati Roy

Anjum é a personagem principal no livro «O ministério da felicidade suprema», publicado em 2017 pela escritora indiana Arundhati Roy, vencedora do Booker Prize em 1997 com «O Deus das pequenas coisas». Nascida hermafrodita, Anjum foi declarada menino pela parteira que não viu o sexo feminino. A mãe e pai de Anjum, que há seis anos aguardavam pelo nascimento de um rapaz, depois de três raparigas, chamaram-lhe logo pelo nome que prepararam: Aftab. Por Sedrick de Carvalho Na manhã seguinte ao nascimento, Jahanara Begum, a mãe, inspeccionou a criança como…

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Patrão manda, PCP cumpre. “Não é do MPLA não entra!”

A editora Bárbara Bulhosa, da Tinta-da-China, disse hoje que um livro de Luaty Beirão foi excluído da feira do livro da Festa do “Avante!”, mas o PCP rejeita a acusação e lamenta “o mais primário anticomunismo”. Bem que Jerónimo de Sousa poderia ir pregar para países onde, segundo o PCP, não há anticomunismo primário, como a Coreia do Norte ou a Guiné Equatorial. Na rede social Facebook, Bárbara Bulhosa afirmou que “Sou eu mais livre, então – Diário de um preso político angolano”, de Luaty Beirão, foi excluído da lista…

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Primeira noite na kuzuera

Dormi profundamente. Estava mesmo exausto. Não me lembro de ter acordado de madrugada. As últimas semanas antes da detenção foram de muito trabalho. Em Maio lançara, com o Eduardo Micoli Gito, amigo e colega de profissão, o site de informação futebolística denominado O Golo Portal, e, como necessário em todos os projectos na fase inicial, me dedicava afincadamente nele. Por Sedrick de Carvalho Estava também de regresso ao jornal Folha 8, depois de sair do semanário Novo Jornal em Janeiro do mesmo ano, pelo que tinha de repartir os esforços.…

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Todos dizem que fazem, poucos são os que fazem

Eugénio Costa Almeida acaba de publicar o livro “África Colonial no Centenário da Guerra 1914-1918”, especialmente vocacionado para a análise da participação de Angola e Moçambique neste conflito. É uma obra de leitura obrigatória, não só pelo exímio conhecimento deste autor angolano como pela necessidade pedagógica de explicar aos mais novos o papel dos africanos no contexto mundial. Por Orlando Castro De uma forma geral e desde sempre os africanos foram (em alguns casos continuam a ser) instrumentos descartáveis nas mãos dos colonizadores. Ontem uns, hoje outros. Entre escravos, carne…

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O MPLA chacinou um
quarto dos “Flechas”

Cerca de 25% dos mais de 2.000 “Flechas” angolanos, que lutaram ao lado de Portugal, foram “chacinados” pelo MPLA nos primeiros sete meses após o fim da guerra colonial portuguesa em Angola, indicou hoje um historiador norte-americano. John P. Cann, entrevistado pela agência Lusa a propósito do seu mais recente livro “Os Flechas – Os Caçadores Guerreiros do Leste de Angola – 1965/74”, publicado pela editora Tribuna da História, indicou que só numa operação, realizada em Mavinga, na província de Cuando-Cubango (sudeste), as forças do MPLA abateram 130 bosquímanos. Os…

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E finalmente o parto

O brilhante “criador de palavras” Mia Couto diz, em «Jesusalém», que seria mais acertado dizer «partida» e não «parto», pois é um momento em que se dá a partida de algo que nos pertenceu. Ao dar a luz, a mulher deixa de ter a criança como parte do seu corpo. Daí o parto é a partida duma parte. Por Sedrick de Carvalho Essa partida é dolorosa, pois separar-se de parte do corpo é um processo de vida e morte, e nem preciso falar do índice de mortalidade materno-infantil no nosso…

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