Em entrevista à Lusa, que o apresenta como escritor, João Melo defendeu que a contestação faz parte do processo de construção de qualquer país, e Angola não foge a essa regra. Como perito do partido que governa Angola há 49 anos, e ex-ministro escolhido por um presidente não nominalmente eleito, João Lourenço, continua a beneficiar de espaço mediático de quem informa sem fazer jornalismo. Por Orlando Castro oão Melo afirma que “os países fazem-se assim. Fazem-se de acções de contestação a essas acções de acomodamentos. Os países fazem-se assim”, salientando…
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Premiar escritores… assassinos
O escritor angolano Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos) considerou hoje que Presidente de Angola, João Lourenço, deve vencer as próximas eleições, mas com margem reduzida sobre a oposição, considerando que Abel Chivukuvuku “é um bom candidato” e uma ameaça. Se alguém que fez parte da máquina assassina que engendrou o genocídio de 80 mil angolanos, nos massacres de 27 de Maio de 1977, ordenado pelo herói nacional do MPLA, Agostinho Neto, o diz… Em entrevista à Lusa em Lisboa, o escritor (que pertenceu a uma Comissão do MPLA…
Leia mais“Mais medo dos polícias do que dos ladrões”
O escritor angolano José Eduardo Agualusa assumiu hoje ter “mais medo dos polícias [angolanos] do que dos ladrões”, frase que considerou “sintomática” e que reflecte o passado e ainda o presente em Angola. E como a esperança é a última a chegar ao fim da picada, esperemos que o futuro (mais ou menos longínquo) dê aos nossos netos outra realidade. José Eduardo Agualusa falava momentos após ter apresentado em Luanda, pela segunda vez em menos de quatro dias, o livro “A Sociedade dos Sonhadores Involuntários”, lançado em Portugal em Maio…
Leia maisE Ele foi o último a saber?
Luís Fernando, um dos secretários do Presidente de Angola, lançou agora o que chama de livro/reportagem sobre o primeiro ano de mandato de João Lourenço à frente do país, obra que – diz o autor – só foi do conhecimento do chefe de Estado angolano depois de concluída. Em Setembro do ano passado, Luís Fernando já tinha publicado “Angola: Memórias da transição política. De José Eduardo dos Santos a João Lourenço” (Volumes I e II). O livro, “que é uma espécie de reportagem”, do secretário para os Assuntos de Comunicação…
Leia maisPatissa pela porta grande
O escritor angolano Gociante Patissa vai representar Angola, a convite da união dos Escritores Angolanos e do Instituto Cultural Alemão Goethe na Feira Internacional do Livro de Frankfurt a decorrer de 17 a 23 de Outubro na Alemanha. Segundo a nota de imprensa da União dos Escritores Angolanos (UEA) enviada ao Folha 8, Angola faz parte de um conjunto de 19 países convidados para prestigiar o referenciado certame literário. Neste evento, a delegação angolana vai proceder à entrega de livros de autores angolanos a universidades federais alemãs, estreitar relações bilaterais…
Leia mais“Sou um angolano que escreve em português”
Angola. “Sou um angolano que escreve em português”. Assim se definiu José Eduardo Agualusa na sua visita aos Estados Unidos da América, na Nova Inglaterra, onde veio apresentar a tradução do seu livro Teoria Geral do Esquecimento (A General Theory of Oblivion). Por Folha 8 nos EUA José Eduardo Agualusa esteve na Boston University e na University of Massassusetts, em Lowell, nos passados dias 12 e 13 de Abril. O Folha 8 acompanhou José Eduardo Agualusa na visita à UMass Lowell, uma universidade com cerca de dezassete mil estudantes, onde…
Leia maisSalvar pela crítica ou
matar pela bajulação?
Mia Couto, escritor moçambicano e um dos maiores da Lusofonia, apelou hoje aos líderes políticos do país (mas o exemplo serve-nos a todos) para não usarem o povo como “carne para canhão”, considerando que o diálogo e a inclusão são elementos basilares para a paz em Moçambique. “N ão nos usem como carne para canhão, não servimos de meio de troca”, disse Mia Couto no seu discurso da cerimónia de atribuição do título de “Honoris Causa” em Humanidades pela Universidade A Politécnica, que lhe foi conferido hoje em Maputo. Num…
Leia maisEstado deve apoiar mais os criadores nacionais
O escritor angolano António Panguila considerou, em Luanda, que o Estado deve ter um papel preponderante nas políticas culturais para que possam surgir mais artistas. Oescritor fez estas declarações na habitual Maka à quarta-feira, na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA), onde avançou que a cultura é a referência de um país e identidade de um povo, por este motivo as autoridades devem investir na cultura para que haja mais escritores por excelência, pintores e músicos. “É necessários, cada vez mais, investir na cultura para que haja profissionais capacitados…
Leia maisLiteratura: Albino Carlos vence Prémio Nacional de Cultura e Artes
O escritor Albino Carlos venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes na categoria de Literatura, segundo anunciou hoje, quarta-feira, em Luanda, o júri do prémio. De acordo com o porta-voz do júri, António Fonseca, a atribuição do prémio é resultado da qualidade estética da sua obra “Issunje”, na qual manifesta uma profunda subtileza na transposição em narrativa de algumas das vicissitudes que determinaram a nossa história mais recente, ao mesmo tempo que manifesta um olhar penetrante na observação dos aspectos mais “tumultuosos” da vida quotidiana do povo angolano. O…
Leia maisDomingo de Angola
Para mim, domingo de Angola é paraíso. É um Céu. Colorido. É moamba de peixe ou caril de galinha de Quilengues. Domingo de Angola não tem rival no mundo. Começa na praia e acaba na sesta. Não tem Sporting-Benfica, nem linha de Sintra, não tem passeio a Vila Franca. Não tem touros, nem Cacilhas, nem caracóis no Ginjal. Domingo de Angola, para mim, é o melhor domingo do mundo que eu conheço – e que já não é nada pequeno, benza-o Deus. Por Ernesto Lara Filho (*) Moamba para mim…
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