Da História dos PALOP ao Angosat

O chefe da diplomacia angolana, Téte António, disse hoje, em Luanda, que o contributo que Angola (um milhão de euros) vai dar para elaborar a História sobre a Luta de Libertação dos Países Africanos de Língua Oficial portuguesa (PALOP) vai ser distribuído por três anos. Enquanto isso, o Angosat-2 deverá entrar em órbita em 2022, a tempo de (se houver eleições) anunciar a vitória do MPLA mesmo antes da votação. Téte António, que falava à margem da 4.ª sessão plenária ordinária de Conselho de Ministros, esclarecia as dúvidas e críticas…

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Até parece um Estado de Direito

João Lourenço, Presidente angolano (não nominalmente eleito, recorde-se), Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo enalteceu hoje, em Luanda, o empenho da Procuradoria-Geral da República (PGR), nos últimos anos, no combate ao crime no geral, em particular “na luta contra o chamado crime de colarinho branco”. Além disso, (re)anunciou um milhão de euros para contar história da luta de libertação dos PALOP. Os mais de 20 milhões de pobres do país ficaram satisfeitos… João Lourenço, que falava na cerimónia de tomada de posse de 12 Procuradores-gerais adjuntos, nomeados na…

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É hora da verdade

A verdade quando, conscientemente, aniquilada, confere à mentira um pedestal institucional e aos seus autores um carácter narcisista. O Presidente da República de Moçambique, faltou com a verdade quando, na qualidade de presidente da SADC, considerou ter havido uma vitória militar do exército angolano/FAPLA/MPLA, na batalha do Kuito Kwanavale, considerando por via disso o dia 23 de Março como de libertação da África Austral. Por William Tonet PRIMEIRA MENTIRA: Se fosse de libertação da África Austral, Moçambique teria parado a guerra em 23 de Março d 1988, mas a Frelimo/governo…

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A memorável e individual memória

A 15 de Março de 1961 começou, em Angola, a guerra contra a dominação colonial portuguesa. Entre muitas obras já escritas, recordamos a “Guerra Colonial – A História na Primeira Pessoa”, 16 volumes publicados em 2011 e de que são autores dois jornalistas angolanos, Orlando Castro (hoje director-adjunto do Folha 8) e Paulo F. Silva (já falecido). “Para Angola depressa e em força”, anunciou António de Oliveira Salazar no rescaldo da insurreição angolana em 1961. Entre as plantações de algodão e café, as intervenções militares portuguesas começavam a ser uma…

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MPLA, pontapés na História e um tiro nos pés

Na ânsia de querer apagar tudo anterior a 2017, o presidente João Lourenço, formado em História, transformou-se num revisionista. Por Emídio Fernando (*) Director da Rádio Essencial O historiador João Lourenço está a permitir que o MPLA dê verdadeiros pontapés na história do partido, que ele lidera. E assim vai permitindo que Angola entre por caminhos de discussão ideológica, a roçar as estratégias da extrema-direita europeia. Nos últimos tempos, Angola tem assistido – melhor, uma certa Angola que se preocupa com assuntos políticos e medra nas redes sociais – a…

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Ter memória e lembrar os (heróis) que fazem

“Portugal em Linha” comemora este ano 25 anos de existência (e resistência) ao serviço da Comunidade Lusófona. Sem subvenções nem isenções (seria, talvez, diferente se fosse “Portugal Online…). Foi mesmo só – para o bem e para o mal – teimosia, coragem e verticalidade de um (como outros) angolano que Angola escorraçou, escorraça e não reconhece, mas que a História sublima. Há uns anos, 26 no caso, isto antes da chegada ao poder em Portugal de carradas de políticos “nescafé” (mistura-se água e… já está), quando se abria o portal…

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A verdade dói mas liberta-nos da mentira

Ninguém pode mentir a um povo por todo o tempo. É hora dos políticos no poder serem ponderados, humildes e sinceros, em relação a história do país e não de tentarem impor aos demais as suas estórias, muitas da carochinha, como sendo marcos da história nacionalista. Por William Tonet Senão vejamos, o slogan: INÍCIO DA LUTA ARMADA PELO MPLA. É bom esclarecer, que num dia como o de hoje: 04.02.61, não teve início a luta armada, mas a segunda insurreição, nas cidades, para criar impacto mediático, depois da Baixa de…

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Está visto que não adianta chorar

Ontem, 14 de Janeiro, o Novo Jornal apresentou aquilo que a meu ver é um texto magnífico, escrito por Mário Afonso d’Almeida “Kassessa”, e intitulado “As minhas elucubrações: Tinha de ser assim?”. Por Carlos Pinho (*) Caro Mário Afonso d’Almeida “Kassessa”, acredito piamente que o senhor tenha escrito aquele texto do fundo do seu coração. Repito ainda, eu acredito piamente que o senhor acredita piamente naquilo que escreveu. Aliás, quem sou eu, um simples desconhecido, que apesar de ter nascido em Angola, trago para os genuínos o anátema da minha…

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Histórias da revolta de Cassange

A revolta da Baixa do Cassange. Assinala-se hoje, em Angola, este trágico acontecimento que ocorreu (até quanto à data não há certezas) no dia 4 ou 6 de Janeiro de 1961 e que na sua essência resultou da sublevação dos trabalhadores da cultura do algodão. Por Orlando Castro O tenente-coronel António Lopes Pires Nunes, no livro “Angola 61 – Da Baixa de Cassange a Nambuangongo” (Editora Prefácio) conta que “durante as operações de pacificação da Baixa do Cassange, o major Rebocho Vaz, comandante do Batalhão Eventual constituído para o efeito,…

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No meu antigamente na vida

Naquele tempo, lá na primeira metade da década de 1960, lá na cidade de São Paulo de Assunção de Luanda, sim já naquele tempo Luanda se escrevia com “u”, pois que o tempo em que Loanda se escrevia com “o” ainda era mais lá no antigamente na vida e eu ainda não tinha existência. Por Carlos Pinho Pois nesse meu antigamente na vida, em que eu era monandengue, ia lutar de espadachim lá nas Barrocas dos Coqueiros, eu e os meus kambas colegas de bairro, todos nós candengues, nós, a…

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