A corrupção em Angola está (o Jornal de Angola diz “estava”) instalada nos órgãos da Administração Central do Estado, no aparelho judicial, governos provinciais, administrações locais e órgãos de defesa e segurança, tendo, ao longo do tempo, criado ramificações e estrutura própria, com hierarquia e voz de comando. A constatação está expressa num relatório que serviu de base ao debate, deste mês, no Parlamento, de iniciativa do grupo parlamentar do MPLA e cujo tema foi “O combate à impunidade como factor para a boa governação”. A título complementar, recorde-se que…
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Cão abandonado em Valongo
No dia 29 de Setembro (de 2020) encontrei um cão esquelético (só tinha pele e ossos), faminto, a vaguear numa rua de Koudougou no Burkina Faso. Na verdade encontrei-o na Rua Almada Negreiros, na cidade de Valongo, distrito do Porto (Portugal). Afinal, também nas terras lusas, até para ser cão é preciso ter sorte. Não foi o caso. A civilidade humana e, já agora, os direitos dos animais não fazem parte das prioridades dos detentores do poder autárquico em Valongo. Por Orlando Castro Eis o que se passou. No dia…
Leia maisImpunidade imune,
imunidade impune!
A vergonha, o despreparo e o infantilismo jurídico, infelizmente não deixam de ser uma constante quase identitária de uma república feita à medida do MPLA, nas entranhas do poder judiciário angolano. Faça chuva ou faça sol, na aurora que não é nova, mas a continuidade da anterior e que, pela prolongada aragem, parece tender a ser bem… pior. Os autóctones e a comunidade internacional foram surpreendidos, continuam a ser, com o amadorismo e a politização boçal de processos, em fase de instrução preparatória, por parte de um procurador-adjunto da República,…
Leia maisNota (mais) ofensiva às vítimas do navio 270577
Uma decisão. Uma vontade. Um eterno unanimismo. Uma nota. Uma (mais uma) megalomania responsável por despesa financeira desnecessária, quando se deveria atender ao tsunami da fome e miséria que assolam 20 milhões de pobres e cerca de 2,5 milhões de desempregados. Por William Tonet Estimado Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço: Com o respeito que lhe tenho, por amor a Angola e aos autóctones angolanos, depois de ver as milionárias notas “netoianas” fiquei com a nítida sensação de haver uma espécie de covil de “víboras” venenosas, no seu gabinete.…
Leia maisComo é vontade do MPLA,
no seu reino tudo é coxo
A Polícia do MPLA (que deveria ser nacional e, portanto, de todos) reconheceu esta sexta-feira que o seu sistema de segurança pública “é defeituoso”, e que apesar de acções de prevenção e combate à criminalidade, o mesmo deve ter como suportes a reacção e prevenção primária. Se o governo que tem sido desde 1975 do mesmo partido, o MPLA, é ele próprio “defeituoso”, como é que a Polícia não o seria também? “O problema está exactamente por nós termos um sistema de segurança pública coxo, porque o sistema devia assentar…
Leia maisEx-ministra Victória Neto “acusada” de corrupção
Um consórcio de jornalistas de investigação avançou hoje que a antiga ministra das Pescas de Angola, Victória de Barros Neto, e o seu filho, João de Barros, beneficiaram de proveitos ilegais decorrentes do acordo de pescas entre Angola e Namíbia. Recorde-se que no dia 8 de Outubro o Folha 8 escreveu: «As autoridades anticorrupção da Namíbia estão a investigar um acordo de doação de quotas de pesca da Namíbia a Angola no valor de 9 milhões de euros, alegadamente capturadas por políticos namibianos e (como não poderia deixar de ser…
Leia maisAngola é o MPLA e os
generais são o MPLA!
O Supremo Tribunal Militar de Angola considerou que 200 antigos membros da 23ª Companhia de Comandos foram transferidos ilegalmente para uma empresa de segurança privada “Teleservice” na “Região Leste” por ordem de generais envolvidos em operações mineiras. Novidade? Nenhuma. Se Angola é o MPLA e o MPLA é Angola… está tudo dito. Recordemos, até porque nos honramos de fazer jornalismo com memória, o que aqui escreveu o nosso colega Sedrick de Carvalho, no dia 13 de Julho de 2018, sob o título «Criminosa segurança dos diamantes dos generais»: «A empresa…
Leia maisVender o que foi… doado
As autoridades anticorrupção da Namíbia estão a investigar um acordo de doação de quotas de pesca da Namíbia a Angola no valor de 9 milhões de euros, alegadamente capturadas por políticos namibianos e (como não poderia deixar de ser para honrar o ADN de quem manda no nosso país) angolanos. Vários políticos e respectivos amigos, parentes e parceiros comerciais têm vindo a revender quotas de pesca originalmente doadas pela Namíbia a Angola em 2014 a empresas internacionais a preços de mercado, de acordo com uma investigação da Comissão Anticorrupção da…
Leia maisA transparência opaca do “paladino” João Lourenço
Uma investigação jornal português Expresso, assinada pelo jornalista Nelson Francisco Sul, revela que a participação de 5,42% do Presidente angolano, João Lourenço (suposto paladino da luta contra a corrupção, a impunidade e o nepotismo) no Banco Sol foi colocada em funcionários de ex-assessor de Eduardo dos Santos. Com a devida vénia transcrevemos o referido artigo. «F altavam quatro meses para as eleições gerais de 2017 em Angola, já com indicadores de que a transparência e o fim da promiscuidade na relação gestores públicos e privados estariam em foco na campanha…
Leia maisGenerais e… generais!
O Governo angolano formalizou a abertura de um novo concurso internacional para adjudicar a concessão do terminal multiusos do Porto de Luanda, segundo um despacho presidencial publicado no Diário da República. O dossier fica agora nas mãos do Ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu. De acordo com o despacho assinado por João Lourenço, o Governo decidiu abrir novo concurso, aberto a empresas estrangeiras, “por ter sido operada rescisão unilateral pela concedente” do contrato de concessão para exploração daquele terminal, em regime de serviço público. O despacho delega competência para a…
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