Artigo de Eugénio Costa Almeida, Investigador Doutorado do CEI-IUL, do ISCTE-IUL. O jornal Folha 8 solicitou-me, enquanto académico e investigador angolano, uma análise – um balanço – aos quase 38 anos de tripla presidência de José Eduardo dos Santos, como mais Alto Magistrado da Nação, como Titular do Poder Executivo e como Presidente do partido maioritário e que desde a independência, em 11 de Novembro de 1975, governa os destinos e algumas insânias da nossa grande Nação angolana. Por Eugénio Costa Almeida Investigador Doutorado do CEI-IUL, do ISCTE-IUL José Eduardo dos…
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Sem o FMI mas com o… FMI
O recurso a financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) “não faz parte da agenda” de Angola, garante o ministro das Finanças, Archer Mangueira (foto). “Não faz parte da nossa agenda. O nosso plano de endividamento foi aprovado, divulgado e é público”, disse o ministro. Até Março, Angola já tinha angariado 1.000 milhões de euros em dívida pública emitida em 2017, com juros de 24% a um ano. Recorrer a financiamento do FMI permitiria ter acesso a taxas de juro mais baixas, mas implicaria um maior controlo do organismo internacional sobre…
Leia maisO erro da China em Angola
Quando as linhas de crédito chinesas começaram a surgir em Angola, foram consideradas uma benesse para o país e para o continente africano. Politicamente, os chineses não se imiscuíam nos assuntos internos, e economicamente a sua aproximação era muito competitiva. Uma lufada de ar fresco depois das múltiplas explorações das potências coloniais e ocidentais. Por Rui Verde (*) A intervenção chinesa obedecia àquilo a que se chamou o “Modelo Angolano”. Este modelo começava com um empréstimo de vários biliões de dólares a taxas de juro muito baixas, concedido ao governo…
Leia maisPara trás, parados, devagar, devagarinho
Os dois principais produtores lusófonos (isto é como quem diz!) de petróleo em África, Angola e Guiné Equatorial, são os únicos dois países da África subsaariana que crescem abaixo da média da região, de acordo com o World Economic Outlook, hoje divulgado em Washington. Poucos com milhões, milhões com pouco ou… nada. “N a África subsaariana, prevemos uma recuperação modesta em 2017; o crescimento deverá aumentar para 2,6% em 2017 e 3,5% em 2018, principalmente alimentado por factores específicos das maiores economias, que enfrentaram condições macroeconómicas desafiantes em 2016″, lê-se…
Leia maisDesvalorizar o kwanza e facilitar acesso ao dólar
A consultora BMI Research considerou hoje que o Banco Nacional de Angola deverá desvalorizar a moeda nacional de forma faseada no final deste ano e alargar o acesso à taxa de câmbio oficial. “E m Angola, acreditamos que o banco central vai fazer uma série de pequenas desvalorizações do kwanza mais no final deste ano, mas a recuperação dos preços do petróleo vai fazer com que os ajustamentos sejam relativamente limitados no seu âmbito”, lê-se numa nota de análise à política monetária do maior produtor de petróleo da África subsaariana.…
Leia maisNem barragens escapam às garras do clã Dos Santos
Isabel dos Santos é a principal beneficiária do acordo de financiamento, no valor de quatro biliões e meio de dólares, assinado em Novembro passado na China pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, para a construção da Barragem Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, na província do Kwanza-Norte. Por Rafael Marques de Morais (*) O acordo, assinado com o Banco Industrial e Comercial da China, servirá para pagar os serviços do consórcio que construirá a barragem e, mais uma vez, comprova que o presidente José Eduardo dos Santos usa sistematicamente os seus decretos…
Leia maisUma sociedade pobre
com alguns bem ricos
O número de Terminais de Pagamento Automático (TPA) em Angola diminuiu seis por cento de Dezembro a Janeiro, para menos de 64.000 equipamentos em todo o país, a primeira quebra registada nos dados da empresa gestora da rede interbancária. Em apenas um mês, a informação da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), que gere o multicaixa angolano, a rede interbancária do país, refere a diminuição de 4.011 TPA activos. São equipamentos utilizados tradicionalmente para pagamento electrónico no comércio, restauração e outros estabelecimentos comerciais, mas também por vendedores de rua, no mercado…
Leia maisImportar gado? Uma história velhinha
Angola está a estudar comprar à Namíbia uma parte das 10.500 cabeças de gado que necessita para repovoar o planalto de Camabatela, para com isso reduzir o avultado volume de importações de carne que ainda tem de fazer. Para esse efeito, e de acordo com informação disponibilizada à Lusa pelo Ministério da Agricultura de Angola, o secretário de Estado para o Sector Empresarial Agrícola, Alberto Jaime Pinto, realiza a partir de hoje e até sexta-feira uma visita de trabalho à vizinha Namíbia, para discutir com as autoridades daquele país a…
Leia maisNas mãos do petróleo
A agência de notação financeira Fitch considerou hoje que Angola precisa que o preço do petróleo suba para 82 dólares para ter o orçamento equilibrado, salientando que o aumento da despesa pública elevou este valor. “O s preços necessários para um ‘break-even’ orçamental desceram para a maioria dos países cujo ‘rating’ soberano é analisado”, citando as medidas tomadas pelos governos na Europa, Médio Oriente e África, escrevem os analistas, mas no caso da Nigéria, Angola e Gabão, o cenário é o inverso. “Estes ajustamentos atrasaram-se face à queda do preço…
Leia maisTurbulência no reino
O analista de risco político Klisman Murati, da consultora Global Risk Insights, prevê que Angola pague as suas dívidas, mas considerou que os investidores estão “a suar” devido às dificuldades económicas e financeiras mas também à eventual turbulência política do país. “A ngola passou por uma turbulência política e económica, revelando várias ‘linhas vermelhas’ que preocupam os investidores”, escreveu o analista, numa nota publicada no site desta consultora especializada no risco que os países apresentam para os investidores e instituições económicas internacionais, e que conclui que Angola deve honrar os…
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