Tenho verificado nos últimos meses que em Angola cada vez mais se pronuncia o “a” sobretudo na condição de artigo definido feminino, como “Á” e que não raras vezes é grafado como: “à”, “á” ou “há” e até “ah” no lamaçal das redes sociais, que parecendo que não, podem ser uma plataforma bem mais interessante do que o que possa parecer. No fundo algo como um tubo de ensaio e barómetro sócio-cultural. Por Brandão de Pinho Todavia se a oralidade é uma coisa, a escrita é algo de muito diferente…
Leia maisEtiqueta: passado
Oposição paleolítica
É muito mais fácil fazer uma análise à oposição quando se tem em conta o factor tempo. Quanto mais tarda e vai decorrendo, tanto melhor, e, mais fácil será fazê-la de forma criteriosa e imparcial dentro das limitações humanas. Em Angola cometeram-se, cometem-se e infelizmente cometer-se-ão equívocos e desacertos, sobretudo político-partidários, que constituem um ataque cerrado à sua débil democracia e é por isso – e se há ciência que parecendo supérflua tem uma importância desmedida – que a História é tão essencial. Por Brandão de Pinho João Lourenço é…
Leia maisA Portugal bastará ser protectorado de Angola?
Portugal parece ter descoberto, ontem e hoje, em Luanda, que em matéria africana vai nu. Mas vai nu há já muito tempo. Há mais de dez anos que nós, aqui no Folha 8, afirmamos isso mesmo. No entanto, honra lhe seja feita, foi preciso João Lourenço ir à Europa sem incluir Portugal, para que os políticos de Lisboa acordassem. Se é que acordaram mesmo. Por Orlando Castro “O problema é que durante muito tempo Portugal olhou só para a Europa e o Brasil olhou para o mundo inteiro”, disse em…
Leia maisSonangol está doente mas,
em breve, “venderá” saúde!
O Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, petrolífera estatal angolana, denunciou hoje em Luanda a realização de uma transferência de 38 milhões de dólares (31,1 milhões de euros), pela administração cessante, após a sua exoneração. Carlos Saturnino, que falava hoje em conferência de imprensa, no âmbito dos 42 anos de existência da petrolífera, deixou a gravata no gabinete, mostrou que quer ser o homem certo no lugar certo, pôs os jornalistas à-vontade, não se furtou a responder e a sua postura foi, se comparada com a da sua antecessora,…
Leia maisA arte da vida
e a vida na arte
A mais bela forma de expressar pensamentos, sentimentos e emoções que o ser humano encontrou para exteriorizar aquilo que sente, pensa e vive. Desde pintura a encenação, música a dança, fotografia a literatura, procuramos sempre diversas formas de exprimir o que nos rodeia e cada uma delas é única. Por Ricardo Ramos Considerada um património da humanidade, ela é parte essencial da vida de todo o ser humano. A impressão digital da cultura de um povo. Desde um poema escrito que retrata um amor proibido, ou as memórias de um…
Leia maisNosso tempo
Viro a ampulheta, resta uma hora de vida. Uma hora para o segredo do tempo. Cada grão, uma atitude. Cada acto, uma deidade. Em 60 minutos é impossível mudar o mundo, mas é possível fazer muito. Por Gabriel Bocorny Guidotti Jornalista e escritor Porto Alegre – Brasil V ocê pode se ajudar lutando para fazer o melhor. O melhor em direcção ao futuro. Voltar é impossível e tudo que aconteceu, aconteceu. O passado congelou para nunca mais retornar ao seu estado líquido. O tempo é implacável. Ele conspurca, deteriora, castiga,…
Leia maisEntre 2014 e… 2015
Pela sua mente aberta para o contraditório, acredito que Lopo do Nascimento estará disponível para participar no debate despartidarizado que se impõe em Angola e África, duas entidades que ele tão bem conhece e que, por sua vez, o conhecem. Por Marcolino Moco (*) N o meu próximo livro com o título “Angola: estado-nação ou estado etnia-política?” apresento a tese, baseada na minha experiência pessoal e política e numa longa reflexão, de que as dificuldades do estado típico africano assentam, essencialmente, na disfunção entre a sua estrutura, criada, formalmente, à…
Leia maisO 27 de Maio está a repetir-se
Se fizermos uma digressão por Angola adentro, se revisitarmos o nosso passado histórico, entenderemos esta Angola actual, embrutecida pelos conflitos que se negam a dar lugar à paz e que ainda sanciona quem pensa diferente. Por Marzebólio Lendário V ejamos: os maus-tratos, a exclusão e a perpetuação da ignorância, instrumentos usados pelo sistema colonial, foram a causa da Revolução. Hoje, porém, a história repete-se: os jovens perceberam que a morte de milhares de angolanos não significou nada para a efectivação da verdadeira paz, que levou muitos ao martírio patriótico, tudo…
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