Angola continua a ser (re)construída à imagem e semelhança do MPLA, como se fosse um regime de partido único. E, de facto – que não de jure –, é isso mesmo. Por Orlando Castro Se o MPLA é Angola e Angola é o MPLA, herói nacional há só um, Agostinho Neto e mais nenhum. Quando o MPLA for apenas um dos partidos do país e Angola for um verdadeiro Estado de Direito, então haverá outros heróis. Até lá, os angolanos continuarão sujeitos à lavagem do cérebro de modo a que…
Leia maisEtiqueta: Agostinho Neto
Eugénia Neto reedita técnicas estalinistas
A Fundação Agostinho Neto, presidida por Maria Eugénia Neto, viúva do primeiro presidente de Angola, anunciou que vai instaurar um processo-crime contra o historiador luso-angolano Carlos Pacheco por ter escrito o livro “Agostinho Neto – O perfil de um ditador. A história do MPLA em carne viva”. Há uns anos fez o mesmo com autora do livro “Purga em Angola”, Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus. Por Orlando Castro e Sedrick de Carvalho No comunicado, publicado no site da organização, lê-se: “vamos accionar a justiça e defender a honra e…
Leia maisO estertor do MPLA
O bureau político do MPLA (partido que “só” está no poder em Angola desde 1975) criticou hoje duramente o lançamento em Portugal de um livro sobre aquele partido e o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, queixando-se de uma nova “campanha de desinformação”. Depois de estrebuchar chegou a fase do estertor. Por Orlando Castro Em causa está o livro “Agostinho Neto – O Perfil de um Ditador – A História do MPLA em Carne Viva”, do historiador luso-angolano Carlos Pacheco, lançado publicamente em Lisboa a 5 de Julho, visado no comunicado…
Leia maisArruaça do MPLA em Lisboa
A intolerância política e o desrespeito pelas opiniões contrárias ao regime angolano levou um grupo de mais de uma dezena de militantes do MPLA em Lisboa, Portugal, a boicotarem o lançamento de um livro crítico ao presidente Agostinho Neto. Por Pedrowski Teca O incidente ocorreu a partir das 18 horas, na terça-feira, 5 de Julho, no Auditório da Torre do Tombo, na Alameda da Universidade, em Lisboa, onde o historiador luso-angolano, Carlos Pacheco, divulgou a sua obra intitulada: “Agostinho Neto – o perfil de um ditador: A história do MPLA…
Leia maisOcultar a verdade é crime
A viúva de António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, lamentou hoje que ainda ocorram no país detenções por se pensar diferente. Como vão longe os tempos do 27 de Maio de 1977, não é Maria Eugénia Neto? Maria Eugénia Neto falava à imprensa, em Portugal, à margem do lançamento do livro “Cartas de Maria Eugénia a Agostinho Neto”, obra em que estão transcritas 184 cartas trocadas pelo casal, entre 1955 e 1957, altura em que se encontrava detido. Segundo Maria Eugénia Neto, a obra traz essencialmente “o apoio que…
Leia maisAs crises que nos levaram ao fraccionismo de Neto
O golpe de Estado do 25 de Abril de 1974 em Portugal que pôs fim a mais de 40 anos de ditadura salazarista, a chamada “Revolução dos Cravos”, salvou o MPLA de uma gravíssima crise (na qual já estava encalhado), que teria sem dúvida alguma desembocado num fraccionismo devastador e irreversível. Fraccionismo houve, mas só devastador, não foi irreversível. Logo a seguir a esse importante acontecimento da Dipanda (independência), recebido e sentido em Angola como luz ténue, mas sublime, no fim dum tenebroso túnel, passada a euforia que o sentimento…
Leia maisA história do fraccionismo
A história da fundação, presidência, e liderança do MPLA após a chegada de Agostinho Neto a Leopoldville, sempre foi conturbada. Este médico a quem os seus companheiros fundadores, acreditaram, ingenuamente, que seria um factor de esperança, unidade e liderança ímpar, mostrou-se “ab initium”, egocentrista, complexado e divisionista. Por William Tonet Foi um dos maiores focos de instabilidade interna, chegando, desde o início a ser acusado de assassinar e expulsar todos quantos não comungassem as suas ideias, mesmo que estas se mostrassem perniciosas à luta de libertação. O que temos tentado…
Leia maisPaís mudo não muda
Não sei bem como manifestar o meu sentimento de pesar pela falência patente do nosso tão amado país. Como foi possível ter este regime chegado tão baixo; no fundo do poço; no precipício, arrastando consigo a esmagadora maioria dos autóctones angolanos. Por William Tonet Mesmo depois de tantos assassinatos, onde a palavra de ordem foi e é: “não vamos perder tempo com julgamentos”, a incompetência não conseguiu mais do que sitiar, pela força de um poder periclitante e pela vaidade de um chefe megalómano, na cloaca das Nações, os diferentes…
Leia maisA cobardia que assassinou milhares de inocentes
Neste mês de Maio sempre nos recordamos de momentos marcantes, protagonizados pela direcção do então, nosso, MPLA, quanta ingenuidade era a nossa, ante um líder carismático, ante a maldade, capaz de uma atroz invenção, de fraccionismo e golpe de Estado, por medo do debate de ideias, da diferença de opiniões e da livre expressão no seio do próprio partido, então protagonizada por uma nova elite. Por William Tonet Em Maio de 1977, não houve pioneirismo, pelo contrário, não tendo Neto conseguido massacrar a humilhação passada no Congresso de Lusaka, o…
Leia maisMorreu Lúcio Lara
O nacionalista angolano e membro fundador do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) Lúcio Lara morreu ontem, em Luanda, vítima de doença prolongada. Lúcio Lara, filho de pai português e mãe angolana, tinha 86 anos. Natural da província do Huambo, o nacionalista angolano fez os seus estudos em Portugal. A sua militância no partido maioritário iniciou-se na década de 1950, em Angola e entre angolanos no exílio, tendo sido eleito secretário da organização e dos quadros do partido na primeira conferência nacional do MPLA, em Dezembro de 1962. Posteriormente,…
Leia mais