Só toda a verdade pode curar as feridas que ainda sangram

«As associações integradas na PLATAFORMA 27 de MAIO, designadamente: a Associação 27 de Maio, a Associação M27 e o Grupo de Sobreviventes do 27 de Maio, levam ao conhecimento da opinião pública Angolana e Internacional o seguinte comunicado: 1. A PLATAFORMA 27 de MAIO tomou conhecimento da aprovação pela Assembleia Nacional, no passado dia 21 de Maio do ano em curso, da lei denominada “Regime Especial de Justificação dos Óbitos ocorridos em consequência de conflitos políticos” 2. A PLATAFORMA 27 de MAIO não pode deixar de manifestar que, embora tratando-se…

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Reflexão de um sobrevivente

Quarenta e três anos passaram, desde aquele triste, fatídico, célebre e histórico dia 27 de Maio de 1977. Como sempre, cumpre-me o dever sagrado, enquanto sobrevivente de render profunda homenagem a todos angolanos que foram friamente assassinados das mais variadas formas, fundamentalmente, os companheiros que comigo estiveram no INFERNO da Kalunda – Moxico, pela ala que dirigiu e executou o plano macabro que já havia sido previamente idealizado antes de aderir a luta de Libertação Nacional, com a intenção (dolosa) de realizar uma agenda previamente concebida, utilizando como escudo a…

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Presidente, peça desculpa

Senhor general João Lourenço, peça desculpa a bem da pacificação dos espíritos. A única porta de saída para todo este imbróglio [no caso das vítimas do 27 de Maio] é o senhor general reconhecer a hecatombe causada pela ditadura de Agostinho Neto. Por Carlos Pacheco Historiador angolano (*) S enhor Presidente, Dirijo-me à vossa pessoa na qualidade de cidadão soberano e independente que não presta vassalagem a governos e a partidos políticos. Fala-se por aí, nos círculos oficiais e nos pregões de uma certa imprensa que se agita em arroubos…

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O Estado Velho

Pelo 25 de Abril diversos comentários foram logicamente aparecendo nos jornais portugueses e angolanos, relativos à efeméride. Muito é mais do mesmo, e acabamos por olhar para os vários textos com alguma indiferença, que o passar dos anos vai acentuando, esquecendo-nos do que esteve por detrás de tal evento histórico. Por Carlos Pinho (*) Dos textos que li este ano, o que verdadeiramente me marcou foi aquele escrito pelo historiador português Rui Tavares, no jornal Público de 27 de Abril de 2020, intitulado “Portugal, utopia real”. Neste texto, o que…

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Traidores & traição
aprovam clemência

O homem (inclui, jovens e mulheres) ao longo da vida tem momentos positivos e negativos, que a memória não pode esquecer e se recusa a apagar, sem o devido e competente julgamento. O 27 de Maio de 1977, para uma grande maioria de autóctones angolanos de todas as matizes deixou marcas indeléveis difíceis de serem apagadas, rasgadas, minimizadas ou traídas, sem uma séria e honesta discussão entre as partes. Por William Tonet O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado. Incluí-lo neste capítulo é, no mínimo, falsidade…

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Certidões de óbito aliviam
mas não calam o massacre

O presidente da Fundação 27 de Maio congratulou-se com a aprovação da proposta de lei sobre a emissão de certidões de óbito para vítimas dos conflitos em Angola, dizendo que trará “alívio” para os familiares. O principal genocida de Angola, Agostinho Neto, continua a ser considerado pelo Governo (MPLA) como herói nacional. O Parlamento angolano aprovou, na segunda-feira, na generalidade, a proposta de Lei do Regime Especial de Justificação de Óbitos Ocorridos em Consequência dos Conflitos Políticos, com 188 votos a favor, sete abstenções da CASA-CE e nenhum voto contra.…

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A memória de cada um… de nós

E, agora, é chegado o segundo (horário) de cada um de nós, reconhecer a contribuição, voluntária ou involuntária, sobre o estado vegetativo em que, desgraçadamente, se encontra o país. É o minuto de assumir, se havia consciência-nacionalista do que seria a pedra de cada “eu”, no cabouco independência/1975. Por William Tonet É a hora de reconhecer se houve competência em se elaborar um verdadeiro “projecto-país”, no virar da página colonial ou, apenas, a implantação de projecto partidocrata de viés neocolonial, sob o nosso silêncio cúmplice? É, pois, chegado o momento,…

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Maio genocídio. Maio Sempre!

Em memória das vítimas do 27 de Maio de 1977, aquelas sem a sublime voz de indignação, mas com história, dignidade e exemplos de verticalidade, nacionalismo e patriotismo, recuso-me consciente e determinadamente a engrossar, mesmo no aplauso, a comissão criada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, para analisar os conflitos armados. Por William Tonet Primeiro, em se tratando da vida humana, a verdade impõe rigor, respeito e imparcialidade, ao que parece, ausente da partidocracia mental do proponente. O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado!…

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Reconciliação à medida do branqueamento do… MPLA!

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, declarou hoje, em Luanda, que o processo de reconciliação em Angola assenta na experiência “bem sucedida” do perdão e reintegração, sem se apontar culpados, vítimas, vencido ou vencedores. Claro. Bem visto. Um bom exemplo de tudo isso é considerar Agostinho Neto como o único herói nacional, ou Hoji Ya Henda como patrono da juventude angolana. Francisco Queirós discursava na cerimónia de empossamento dos membros do grupo técnico-científico da comissão para a implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas…

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Um cata-vento Itinerante

O homem tem fraca visão. Idolatra assassinos e ladrões e depois arrepende-se por sofrer de falta de visão e de desonestidade intelectuais. Uau!!!…. O poeta-sipaio do 27 de Maio agora vem dizer que o MPLA não libertou os países da África Austral e, pelo contrário, afundou Angola nesta região do planeta com tanta corrupção? Por Domingos Kambunji O Manuel Rui Monteiro já foi notificado para ir prestar declarações na Procuradoria-Geral da Re(i)pública da Angola do MPLA pela cumplicidade nos crimes praticados com os fuzilamentos do 27 de Maio de 1977?…

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