Senhor general João Lourenço, peça desculpa a bem da pacificação dos espíritos. A única porta de saída para todo este imbróglio [no caso das vítimas do 27 de Maio] é o senhor general reconhecer a hecatombe causada pela ditadura de Agostinho Neto. Por Carlos Pacheco Historiador angolano (*) S enhor Presidente, Dirijo-me à vossa pessoa na qualidade de cidadão soberano e independente que não presta vassalagem a governos e a partidos políticos. Fala-se por aí, nos círculos oficiais e nos pregões de uma certa imprensa que se agita em arroubos…
Leia maisEtiqueta: 27 de maio
O Estado Velho
Pelo 25 de Abril diversos comentários foram logicamente aparecendo nos jornais portugueses e angolanos, relativos à efeméride. Muito é mais do mesmo, e acabamos por olhar para os vários textos com alguma indiferença, que o passar dos anos vai acentuando, esquecendo-nos do que esteve por detrás de tal evento histórico. Por Carlos Pinho (*) Dos textos que li este ano, o que verdadeiramente me marcou foi aquele escrito pelo historiador português Rui Tavares, no jornal Público de 27 de Abril de 2020, intitulado “Portugal, utopia real”. Neste texto, o que…
Leia maisTraidores & traição
aprovam clemência
O homem (inclui, jovens e mulheres) ao longo da vida tem momentos positivos e negativos, que a memória não pode esquecer e se recusa a apagar, sem o devido e competente julgamento. O 27 de Maio de 1977, para uma grande maioria de autóctones angolanos de todas as matizes deixou marcas indeléveis difíceis de serem apagadas, rasgadas, minimizadas ou traídas, sem uma séria e honesta discussão entre as partes. Por William Tonet O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado. Incluí-lo neste capítulo é, no mínimo, falsidade…
Leia maisCertidões de óbito aliviam
mas não calam o massacre
O presidente da Fundação 27 de Maio congratulou-se com a aprovação da proposta de lei sobre a emissão de certidões de óbito para vítimas dos conflitos em Angola, dizendo que trará “alívio” para os familiares. O principal genocida de Angola, Agostinho Neto, continua a ser considerado pelo Governo (MPLA) como herói nacional. O Parlamento angolano aprovou, na segunda-feira, na generalidade, a proposta de Lei do Regime Especial de Justificação de Óbitos Ocorridos em Consequência dos Conflitos Políticos, com 188 votos a favor, sete abstenções da CASA-CE e nenhum voto contra.…
Leia maisA memória de cada um… de nós
E, agora, é chegado o segundo (horário) de cada um de nós, reconhecer a contribuição, voluntária ou involuntária, sobre o estado vegetativo em que, desgraçadamente, se encontra o país. É o minuto de assumir, se havia consciência-nacionalista do que seria a pedra de cada “eu”, no cabouco independência/1975. Por William Tonet É a hora de reconhecer se houve competência em se elaborar um verdadeiro “projecto-país”, no virar da página colonial ou, apenas, a implantação de projecto partidocrata de viés neocolonial, sob o nosso silêncio cúmplice? É, pois, chegado o momento,…
Leia maisMaio genocídio. Maio Sempre!
Em memória das vítimas do 27 de Maio de 1977, aquelas sem a sublime voz de indignação, mas com história, dignidade e exemplos de verticalidade, nacionalismo e patriotismo, recuso-me consciente e determinadamente a engrossar, mesmo no aplauso, a comissão criada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, para analisar os conflitos armados. Por William Tonet Primeiro, em se tratando da vida humana, a verdade impõe rigor, respeito e imparcialidade, ao que parece, ausente da partidocracia mental do proponente. O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado!…
Leia maisReconciliação à medida do branqueamento do… MPLA!
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, declarou hoje, em Luanda, que o processo de reconciliação em Angola assenta na experiência “bem sucedida” do perdão e reintegração, sem se apontar culpados, vítimas, vencido ou vencedores. Claro. Bem visto. Um bom exemplo de tudo isso é considerar Agostinho Neto como o único herói nacional, ou Hoji Ya Henda como patrono da juventude angolana. Francisco Queirós discursava na cerimónia de empossamento dos membros do grupo técnico-científico da comissão para a implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas…
Leia maisUm cata-vento Itinerante
O homem tem fraca visão. Idolatra assassinos e ladrões e depois arrepende-se por sofrer de falta de visão e de desonestidade intelectuais. Uau!!!…. O poeta-sipaio do 27 de Maio agora vem dizer que o MPLA não libertou os países da África Austral e, pelo contrário, afundou Angola nesta região do planeta com tanta corrupção? Por Domingos Kambunji O Manuel Rui Monteiro já foi notificado para ir prestar declarações na Procuradoria-Geral da Re(i)pública da Angola do MPLA pela cumplicidade nos crimes praticados com os fuzilamentos do 27 de Maio de 1977?…
Leia mais27 de Maio é sempre
que o MPLA… quiser
Três associações de sobreviventes e órfãos dos massacres de 27 de Maio de 1977, que vitimaram milhares e milhares de angolanos por ordem de Agostinho Neto (entretanto considerado pelo MPLA como herói nacional), criaram a Plataforma 27 de Maio para exigirem uma “verdadeira investigação” e uma “efectiva reparação” com a homenagem às vítimas, foi hoje anunciado. Em comunicado, o Grupo de Sobreviventes do 27 de Maio, a M27 (associação de órfãos) e a Associação 27 de Maio, que reúne sobreviventes e familiares das vítimas, consideram que só com as suas…
Leia maisUm genocida deve ser abraçado e perdoado?
A comissão liderada pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola para homenagear as vítimas do conflito político entre 1975 e 2002 aprovou hoje dois projectos de despacho e decreto presidencial, para emitir certidões de óbito. A informação foi avançada no final do sexto encontro da Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos, no qual participou também o ministro da Comunicação Social, João Melo, e representantes dos partidos UNITA, FNLA, PRS e MPLA e organizações da sociedade civil. Segundo o porta-voz…
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